domingo, 11 de janeiro de 2009

Satisfação ???

Hoje sinto-me estranha, baralhada é o termo correcto. Falta-me qualquer coisa que ainda não consegui identificar. Estou novamente a ser invadida por aquela sensação de insatisfação que me é tão característica. Sinto-me novamente num apeadeiro e a ver o inter-cidades passar na estação principal...não estou a perceber qual o comboio que não apanhei, mais grave não estou a perceber qual o comboio que quero apanhar...estou parada há demasiado tempo. Não sei se me apetece voltar à faculdade, tirar uma pós-graduação, uma formação, qualquer coisa que me faça sentir viva novamente. Merda!! Nem sei se me apetece continuar na mesma área ou tirar outra licenciatura (mestrado integrado), noutra merda qualquer diferente da minha. Mais grave, neste momento nem me apetece estar comigo. Apetecia-me sair de quem sou e ver-me de fora, perceber o que preciso de fazer para me sentir menos baralhada. O que mais me chateia é que este ano esta insatisfação está-me a atacar já em Janeiro (costuma ser mais para Março). Bem retiro-me para mais uns momentos comigo mesma. Como queria ter uma resposta, breve e concisa sobre mim.

10 comentários:

Anónimo,  12 de janeiro de 2009 às 01:31  

Uiii.... junta-te ao clube!

Tirando a parte do curso, mas que facilmente altero por qualquer uma de outras 3 ou 4 coisas, é isso tudo, exactamente assim!

Perfeito, sem tirar nem pôr, finalmente consigo ler exactamente aquilo que ando a sentir de há uns dias para cá, obrigado! Agora resta-me encontrar também a dita resposta, breve e concisa sobre mim.

Damn humans!! :P

L. K. 12 de janeiro de 2009 às 01:38  

People are strange
when you a stranger
faces look ugly
when you're alone
women seem wicked
streets are uneven
when you're down


Esta satisfação de insatisfação que me acompanha deve (tem) de ter uma solução razoavél e obvia (que ainda não achei), ninguém pode viver assim para sempre, mas por outro lado penso: no dia que não a tiver é porque desisti de mim e isso está fora de questão.

Anónimo,  12 de janeiro de 2009 às 02:21  

Falando da experiência que tenho, comigo, sempre me conheci assim, e confesso, mal ou bem, sempre fui sabendo lidar com isso e levar a minha vida de uma forma que me satisfazia.

Ao que parece deixei-me mudar, em relação a isso, e deixei que outras pedras basilares do meu ser mudassem também, e isso tem gerado alguma confusão interior. Porque não conseguirei nunca ter a mesma cor 80% do dias, e muito menos se essa cor for o cinzento. Mas não estou a conseguir naturalmente ter uma cor diferente todos os dias...

A verdade é que estou muito mais habituado e sinto-me muito mais confortável, sendo uma metamorfose ambulante! ;)

Desistirmos de nós próprios está sempre fora de questão, somos o mais importante para nós, tem que ser, para estarmos suficiente bem e podermos mostrar devidamente aos outros a real importância que eles têm para nós!

Eu prefiro ser, essa metmorfose ambulante
Eu prefiro ser, essa metmorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

L. K. 12 de janeiro de 2009 às 02:27  

Concordo plenamente. Só podemos estar bem com os outros e com o mundo quando estamos bem com nós próprios.
Metamorfose acho que não sou, sou mais para o esquisofrénico...eheheh...é que não sei viver no cinzento (é o ponto em que discordo de ti), nem estar cinzenta, ando sempre a tocar nos extremos: ou estou mesmo negra ou rosa choque, no maximo rosa choque com pintas verde alface...cinzento não, não gosto de indefinições ou meios termos. As precauções verbais são sempre setas para o negativo.

L. K. 12 de janeiro de 2009 às 02:33  

Não te deixas-te mudar, evoluis-te porque algo fez com tomassses essa decisão (consciente ou inconscientemente), são as adaptações que temos de fazer para "viver", mas ter a capacidade de olhar e ver que não se gosta da imagem é o primeiro passo para se conseguir limar e ajustar o que achamos que deve ser mudado ou recuperado. Continua a não ser simples e é um processo que levado até ao fim acarreta uma enorme solidão e mudar esquemas mentais é tarefa ardua...mas possivel...ando a aplicar a mim mesma há 6 meses...vamos ver :)

Anónimo,  12 de janeiro de 2009 às 02:42  

Era isso que tentava dizer, não o terei feito da melhor maneira para ser entendido, mas a verdade é que ando a passear muito pelos cinzentos nos últimos tempos, e demasiado estável com poucas flutuações, e por nunca ter sido estável, e também não conseguir estar no cinzento, isso não é o normal, pelo menos para mim, e não sei lidar com isso.

Percebo o porquê dessas mudanças, mas vou ter que ter uma conversa comigo e entendermo-nos ;)

Eu também não gosto de meios termos, ou é ou não é... não sei lidar bem com esses espaços temporais de "é mais ou menos não sei o quê" :P

L. K. 12 de janeiro de 2009 às 02:47  

Se gostares de ler e lembrei-me por causa da cena dos meios termos, lê "Rio Das Flores" de Miguel Sousa Tavares. Até hoje foi na personagem "Pedro" que vi a melhor descrição do que não querer e não gostar de "cinzentos"...Deixo-te um excerto:"..para mim as coisas são simples: gosto ou não gosto, amo ou não amo. Não tenho dúvidas, nem contradições, nem estados de espirito, nem outra vida para viver onde ela não caiba...para mim o amor é sobretudo a ausência de perguntas, de dúvidas, de incertezas. É paz, segurança, eternidade".

Anónimo,  12 de janeiro de 2009 às 02:58  

Interessante, vou ter que ler então sobre o "Pedro"! Curioso, muito curioso... ;)

S. G. 12 de janeiro de 2009 às 09:39  

somos assim como na música do variações, estou bem onde não estou, e só quero ir onde não vou.

boa semana de trabalho

L. K. 12 de janeiro de 2009 às 11:13  

Oi S.G.
nada mais apropriado, porque no fundo é mesmo isso: "não consigo compreender esta insatisfação, a pressa de partir ao chegar..."

Obrigado e para ti também
bjx

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