Back to Real Life

Voltei a vida real (normal), não estava ansiosa ou receosa somente preguiçosa para retomar velhos hábitos (velhos com duas semanas de pausa..eheheheh). Foram duas semanas de verdadeiras férias, cansei-me à brava mas não houve um dia que desgostasse, aliás foram as melhores férias (no verdadeiro sentido da palavra e tempo), dos últimos dez anos, estive sempre calma, tranquila e incrivelmente não stressei com nada...o mundo podia desabar que eu continuava a caminhar no "meu mundo". Hoje estou satisfeita com este retorno, apesar do primeiro dia de faina ter sido no "centro do inferno", as chamas não estavam assim tão quentes e eu sentia-me perspicaz e fluída. talvez ainda sejam resquícios da fase Zen, talvez eu tenha mudado mesmo, talvez já não seja quem era à um mês, talvez...talvez...talvez...

Para haver uma mudança/transformação real e eficaz em nós, o primeiro passo é querer, o segundo identificar o que nos faz sentir menos bem e em terceiro não ter medo de largar o que não nos faz mais falta. É um processo longo e moroso. A perda de velhos conceitos, a renovação de velhos ideais e a aquisição de novas ideias é um processo, que no seu decurso causa algum desconforto e sensação de vazio e solidão. Nesse espaço, é necessária uma verdadeira introspecção, assimilar os novos acontecimentos e acomoda-los de forma concisa e duradoura, mas para que esta tarefa seja levada a cabo é necessário alterarem-se os esquemas mentais, largar portos seguros e arriscar um pouco, apesar de não devermos perder a precaução, ou seja, é necessário recorrer ao risco calculado. As mudanças são vagarosas, lentas e outras nem nos conseguimos aperceber que decorrem, com isso a nossa ansiedade aumenta e a intranquilidade também, logo a visão, percepção são enviesadas e o desanimo instala-se rapidamente dando origem a um caos emocional, social e profissional. O segredo em obter as maiores contrapartidas de todas as transformações lentas da nossa vida é ter paciência e perseverança, viver cada dia como ele é: único. De nada vale ser ansioso, os problemas não se desvanecem só porque pensamos neles segundo a segundo. As pessoas desprendidas parecem-nos sempre mais felizes e são, porque não se atormentam com coisas como a planificação disto e daquilo nos próximos 50 anos. Recentemente, (muito recentemente mesmo), aprendi que as "cadelas apressadas, parem cães cegos"...nada que não soubesse de cor há anos mas os meus esquemas mentais, não mo permitiam vivênciar. Descontraí, relaxei (espero manter-me assim bastante tempo, porque estou a gostar), e aguardo a junção de todos os pormenores que constituíram a minha mudança/ transformação, seja o que for que o Universo me dê, será doce e saberei aproveitar e desfrutar como se de um néctar raro se trata-se: irei saborear cada pedaço, cada sentimento, cada momento, cada oportunidade, cada ser...Waiting for the sun.