quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Oscilo


Oscilo entre estados de humor antagónicos: da euforia, à melancolia sem fases ou estádios intermédios.
Se existem alturas em que tenho plena consciência do Eu, outras há que não consigo sequer falar com ele...porque não o encontro. Estou numa dessas fases, de não o encontrar e não perceber porquê. Se o sol brilha no exterior, no interior as cores são adequadas...ou sinto-as como tal. Nada tenho a preocupar-me, nada busco e os objectivos são um dia de cada vez.
Começo a ficar chateada com esta insatisfação que me caracteriza há anos, algo me falta ou terei em excesso??

Sinto que necessitava de uma busca espiritual, de um encontro espiritual onde pudesse despir todo o meu racionalismo...mas ainda não encontrei esse caminho e cada vez mais, sinto que procuro nos sitios errados. Se existem dias que consigo ofuscar e não sentir tamanho vazio, outros há que sou invadida por ele e quase me esmaga. Não se trata de estar só ou em companhia, porque em ambas as situações sentia-o da mesma forma: periodos maniacos, equitativamente, alternados com periodos de melancolia. Não são periodos de tristeza, porque nem isso sinto, é apenas um vazio avassalador, um frio que me gela a pele e a alma.
Será normal sentir tudo como uma rotina?
Rotinas que me sufocam, o que é hilariante, sendo profissional de uma area em que me posso queixar de tudo, menos de rotina.

Não sei se existe um padrão, nunca fiz um gráfico dos meus estados de humor, talvez haja...ou talvez o ponto comum seja apenas eu. Não sei.
O que sei: não posso viver assim para sempre...não quero viver assim para sempre.
Hoje estou em dismorfofobia de alma e corpo...mais de alma.
Os pensamentos, são dispersos, incoerentes mas o dia foi muito bom: tranquilo e com sucesso.

Estou tranquila, em paz...seja o que for há-de vir até mim...encher-me, preencher-me e aí saberei o que é.

7 comentários:

Anónimo,  26 de fevereiro de 2009 às 17:57  

Encontro-me em bastantes desses lugares, noutros não tanto...

Ando não raras vezes algures entre o desconforto da constante inconstância de humor e a insatisfação pelo irritante e angustiante cinzentismo ou rotina. Entre o encontrar o que sinto não precisar e ao qual não vou ao encontro e o não encontrar o que sinto precisar e vou ao encontro. Algures no limite da mais sublime satisfação e a mais sentida e profunda frustração.

Verdade seja dita, não são sentimentos ou territórios estranhos para mim, muito pelo contrário, são onde, acho, sempre vivi, e às vezes tanto gosto e me sinto bem e outras dava tudo para deixar de conhecer...

Quando o "seja o que for" for até até ti, avisa, tira notas, ou mete uma cunha por mim :P

L. K. 26 de fevereiro de 2009 às 21:58  

Não precisas das minhas notas ou apontamentos, quando o "seja o que for" chegar até ti, irás reconhece-lo de imediato e não precisas de mim para isso...nessa altura apenas existirás tu e o que deu origem a esse processo de completude e satisfação ;)

Anónimo,  27 de fevereiro de 2009 às 09:25  

Bem sei, bem sei... mas ainda assim, avisa e partilha as notas ;)

L. K. 28 de fevereiro de 2009 às 00:57  

Não te preocupes Gaulês, quando achar a formula escrevo um bestseller e envio-te cópia autografada :P

Anónimo,  28 de fevereiro de 2009 às 03:36  

Envias-me?? Em mão se faz favor!! Podes pôr nas raízes de árvore aos meus pés que eu guardarei com a devida estima no primeiro momento que seja desamarrado! :P

L. K. 28 de fevereiro de 2009 às 14:52  

Pode ser em mão...mas aviso desde já que tem de dar direito a uma boa dissertação, com opinião formada e fundamentada de tal prosaico escrito, acompanhado de cafezada e cigarro...afinal somos estudiosos ...ehehehhehehe

Anónimo,  1 de março de 2009 às 04:17  

Considera desde já prometida a dissertação, com opinião formada e fundamentada, assim como a cafezada e o cigarro, que é coisa bem pensada porque bem vais precisar para te manter acordada! Venha o best-seller! ;)

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