The best days of my life
Crescer nem sempre é giro, divertido ou até mesmo engraçado.
Na sequência do post anterior, vieram-me à memória algumas recordações de adolescência que me deixaram a sorrir.
Nunca tive grande controlo das finanças, aliás sempre me queixei de não me compreender a mim própria: se no principio do mês gasto tudo sem saber onde, consigo sobreviver até ao fim do mês na mais absoluta das penurias e sempre confiante que o Universo não me vai deixar ficar mal...e agradeço a Deus porque nunca deixou.
Nesse meu descontrolo financeiro e recessão continuada, recordo uma amiga em todo similar a mim e por vezes ainda mais descontrolada e em como fomos verdadeiramente felizes e nos divertimos para lá do imaginavél. Andávamos sempre ultra batidas e o dinheiro que havia era para gasolina. Quantas noites saíamos de casa apenas com dinheiro para um maço de tabaco e curtíamos atá de madrugada como verdadeiras princesas, quem nos visse não imaginava que nem para uma pastilha gorila havia dinheiro. Procurávamos sítios com ladys night's, jantares de comícios ou outras cenas parecidas e corria sempre bem...estávamos bem e fazíamos os outros sentirem-se bem...sorriamos, éramos felizes. O mais giro é que ambas estávamos acompanhadas mas este era um mundo só nosso, não admitia interferência ou ajuda externa e quantas vezes rimos todos juntos, por contarmos o que tínhamos feito e eles não perceberem a determinação em pedir ajuda (leia-se dinheiro)...mas não teria o mesmo gosto, certo??
Conhecíamos pessoas por todo o lado sem qualquer attatchement e contactos para além do "tá-se bem"...chegava a nossa hora e partíamos como tínhamos chegado: anónimas.
Hoje, passados tantos anos e ainda a viver a mesma "recessão" sinto que já o consigo fazer, não o saberia fazer. São recordações doces, insólitas e lunáticas que tiveram uma época e que só sabem bem porque acabou como tinha de acabar em doce.
Mas ainda hoje penso: Those were the best days of my life ;)
6 comentários:
Acredita que uma das coisas que o teu post anterior me fez pensar foi que a verdade é que quando era mais novo, tinha menos dinheiro e divertia-me tanto... é bom olhar para trás de vez em quando e reviver esses bons tempos, que foram tão bons porque existiram e porque existiram na altura em que deveriam ter acontecido.
Acabei de me lembrar dos tempos em que faltava às aulas para ir até à praia, na zona da Comporta com um amigo, onde ele ia fazer surf, montados na sua DT, com a prancha de baixo do braço, praia deserta, ver o sol esconder-se lentamente num cenário sublime e chegávamos a casa ao fim do dia revigorados e com uma energia fantástica ;)
Isso e tanto mais... bons e velhos tempos, verdade! ;)
Grande verdade essa, os anos passam e aquilo que nos queixamos mais é a falta de controlo financeiro, mas não é isso que nos tem impedido de sermos quem somos, de vivermos a vida ao rubro, a sempre alternativas e essas então sabem sempre bem, acabamos por nos divertir a grande, porque somos as maiores a arranjar soluções para sobreviver a falta de gito, e cada ano que passa vamos aperfeiçoando as nossas técnicas! :)
E já se tá a aproximar mais um envento onde as nossas técnicas vão ser postas em pratica, e ade ser a bombar até ao amanhecer, nada nem ninguem nos pará e nos tira a nossa alegria interior o nosso EU! ;)
Beijos
Ass.: E.M.
Gaulês...quando eramos mais novos o amanha era algo longinquo, que ficava exactamente..no amanhã...o aqui e agora, a liberdade de ser jovem com o mundo e a vida pela frente faziam valorizar os passeios de DT e a praia deserta, apenas pela aventura de ter uma aventura :)
Mas a determinada altura crescemos e começamos a perceber que já temos a idade X ou Y e ainda não alcançamos 1/3 do que desejamos e a vida já não decorre...corre.
é o medo que tolda a expontaneadade...superando-o e um por do sol..volta apenas a ser um por do sol ;)
EM,
haja boa vontade e imaginação e as alternativas criam-se...e quantas vezes não nos acrescentam mais que andarmos encarneirados no bar da moda, a "fazer" também a moda...no intercambio de conhecimentos, ideias e desejos...acham-se "pechinchas" para mais tarde recordar ;)
É mesmo, Lagarta... e como os dias pareciam maiores! ;)
Gaulês,
a unica forma de os dias continuarem a ser maiores é de quando em vez deixar reinar a nossa criança interior, ouvi-la e senti-la...deixarmo-nos levar, ser expontaneos sem pensar que 2ª é dia de trabalho ou que a conta do gáz está a chegar...apenas e q.b. o Aqui e Agora ;)
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