quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Celebrando-me

A felicidade é uma escolha e encontra-se ao nosso alcance, desde que saibamos como faze-lo e mais importante: desde que o queiramos fazer.


Nos sonhos começa a nossa responsabilidade e é neles que nos projectamos, em quem queremos ser, partindo do que somos hoje. A realização apenas é possível quando o foco, o ponto de partida, somos nós. Quando me sinto bonita para mim, quando me arranjo para mim, quando me depilo para mim...até quando preparo uma refeição divinal com o único objectivo de me celebrar a mim: derrotas e vitórias...mas é a mim que brindo.
Parecendo mezinha de corrente positivista, asseguro, que o meu estado de espírito é sempre directamente proporcional à forma como os outros me vêem e tratam e mais importante recordam. A auto-estima é um processo continuado de busca de reforço positivo, a resiliência será sempre pilar da sua fundação mas a manutenção e os níveis elevados da mesma, apenas o Eu, pode conseguir. As vestimentas, as viagens e os bens materiais podem ser contributivos para o bem estar interior, chamar-lhe-emos adornos ou bijutarias emocionais...no entanto sozinhos nada podem.

As mulheres, talvez pelo instinto maternal, são seres pródigos a viverem no olhar do outro...até mesmo a sobreviverem na esmola do olhar do outro. Esquecem-se que antes de serem mães, esposas ou profissionais, são seres com identidade própria, com personalidade, desejos, sonhos e ambições. As mulheres buscam na satisfação do amor do outro, a sua satisfação emocional, mesmo quando o outro nunca lhe dá a rosa, apenas os espinhos. Não defendo as mulheres, porque não acredito que sejamos só emoção, ou fracas ou coitadinhas ou seja qual for o adjectivo redutor que se possa imaginar...antes pelo contrario, até quando mendiga o amor de alguém a mulher se dá e abdica do seu Eu.
Ressalvo que também existem mulheres antagónicas a esta dissertação e homens que se enquadram na perfeição.

No fundo, acho que as mulheres deviam fazer verdadeiras odes a si próprias...bolassssss mais que não seja por terem a capacidade de gerar vida dentro de si....afinal, mesmo quando tudo o mais falha, isto ninguém lhes pode tirar.
Hoje celebro-me...convido-me a jantar:
- Entradas:
salmão fumado; queijo fresco; presunto Pata Negra e tamaras
- Jantar:
bife da vazia com molho rochefort, puré de batata; broculos salteados com ânchovas; salada de rucula, agrioes e alface; batatinhas sautê com alecrim.
- Digestivos:
mesa de queijos
- Sobremesa:
crepes de chocolate belga.
Nota: toda a refeição será acompanhada de vinho Cartuxa, reserva de 1996, servido à temperatura ambiente.
Comemoro-me, celebro-me e ofereço-me sublime jantar...apenas porque sim...apenas porque sou Eu...Gosto disto.



4 comentários:

Anónimo,  20 de fevereiro de 2009 às 10:04  

A felicidade é um sítio que conhecemos, embora às vezes só de passagem, e para o qual nem sempre sabemos o caminho, e que teimamos demasiado em não seguir as placas tentando encontrar um atalho, que quase sempre irá dar a outro lado qualquer e levar 5x mais tempo para chegar a sabe-se lá onde.

Sublime, Lagarta, a forma como vês, acarinhas e mantens a auto-estima, é assim mesmo, sem mudar uma vírgula! És linda, porque te sentes como tal, porque te vês dessa forma, porque és a primeira pessoas a saber que o és! Nem sempre nos sentimos lindos, normal que aconteça, mas não podemos deixar de saber que o somos! ;)

E isso é o que eu chamo uma celebração!! Olha, foi exactamente isso que eu fiz também há uns tempos atrás, decidi ir comemorar as minhas vitórias e derrotas, comigo, aceitar e abraçar as feridas que cicatrizavam, e admirar com agrado as que já tinham cicatrizado, brindar com quem está sempre comigo, e sempre o estará, sentir-me orgulhoso por ser, Eu!! Celebrar e tão bem, o que de mais valioso temos, só me ocorre uma palavra: overwhelming!


Cheers!


Nota: Confesso, depois de ver a tua ementa, fiquei com uma súbita vontade de me celebrar com similar banquete... eu também... Gosto disto! ;)

Anónimo,  20 de fevereiro de 2009 às 11:49  

O mais importante durante os nossos anos de vida é termos sempre auto-estima e gostarmos de nos, do nosso EU, sentir alegria interior, olhar nos ao espelho e ver que somos poderosas, donas do nosso EU e isso não a nada nem ninguem que nos possa tirar!
E tu sabes bem o que te digo, pois tenho uma pessoa a meu lado que nunca me fez perder o meu EU mas sim os nossos EUs se complementam! :)
Tendo estas coisas importantes enfrentamos tudo e todos de cabeça erguida!

É muito gratificante quando temos esses momentos só nossos e acampanhados com um belo vinho tinto, eu falo assim porque já o fiz várias vezes, eu, o vinho e uma bela lareira acesa a ouvir o estalar do lume e a ouvir uma boa musica, ficamos com o espirito renovado e a gostarmos ainda mais de nos, olhar mos para o espelho e ver a imagem da nossa alegria reflectida no mesmo!
Brindemos a isso, aos bons momentos e prazeres da vida!

Beijos grandes
Ass.: E.M.

L. K. 20 de fevereiro de 2009 às 19:30  

Gaulês, é exactamente tudo isso...celebra-te mesmo quando parece não haver nada para celebrar, porque tens o melhor: tens a ti ;)

O Eu é a unica coisa que ninguém pode tirar, é como um sorriso...é meu, é sublime, é catartico e fantastico até mesmo quando o tempo é de tempestade...e isso ninguém pode tirar ou roubar, no entanto exige um trabalho de manutenção e algumas pessoas sábias que nos lembrem de vez em quando o quanto overwhelming somos...e como costumo dizer no meio do tsunami: Não perdi nada, é tudo meu ;)

L. K. 20 de fevereiro de 2009 às 19:32  

Grande E.M., nem tem palavras e concordo em absoluto, não existe melhor manutençaõ do Eu que alguém que o complemente...no entanto é só e apenas isso - complemento. O resto do trabalho é nosso e é um grande processo de elaboração e consistência que tem de se aperfeiçoar diariamente, é o tal exercicio de encontrar o sol nos sitios menos provaveis ...e acha-lo ;)

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