Desvarios II
Crises semestrais. Balanço e acerto de contas: ganhos Vs perdas. Estagnada.
Aborrecida, triste, chateada, de humor deprimido, desmotivada e desleixada. Bélica, impaciente e enclausurada.
Marte em trânsito astral a comprometer o humor e a notar-se. Soberba e arrogante apenas como defesa de falta de vontade para conviver.
Ambiguidade: isolamento ou multidão?
Certezas tão certas que me fazem duvidar da certeza das mesmas. Não consigo alcançar e a luta passa a ser sentida como inglória. A fé balança numa linha Humpty-Dumpty. Sou eu ...só posso ser eu, vir de mim. O resto do mundo não fala logo é conivente e feliz com o circundante.
Devo estar a errar nalguma coisa ou com alguma coisa mas não acho a falha. Não estou feliz.
Um ano já se passou e nada se passou. Que se passa comigo? Que tipo de pessoa sou afinal? Mais uma certeza que sinto incerta. Vivo nos extremos: preto ou branco. Então porque sinto que não consigo sair do cinzento?
Não há, não estou em sintonia com nada nem ninguém...principalmente com o ninguém. O tempo não é simétrico. Nunca o é.
Cansa-me já ouvir que apostei no cavalo errado, que não me merece e blá blá blá...agradeço a amizade e o carinho e concordo. Mas pelos vistos ainda não consegui estar em Ascott na hora certa, com a aposta certa. As certezas que me falham e tremem a cada seis meses de balanço. a firma está em crise, começa a estar em crise. Estou farta. Um abraço.
Pela primeira vez em 14 anos não votei. Por nenhuma razão especifica, válida ou plausível. Um argumento apenas: Não me apeteceu ir, deslocar-me à mesa de voto. Se estava a fazer algo útil ou imprescindivel? NÃO. O meu dever cívico não foi cumprido. Não me orgulho e um lado de mim, que deve ser o racional e ponderado, está culpabilizado logo arrependido. O outro está-se a borrifar. O outro está farto de coerência, valores e ideais, apenas deseja descansar e ser hedonista. Um abraço apenas um abraço prolongado num tempo que se quer, se deseja infinito. Tranquilo. O avançar, a conquista após o suor e as lágrimas. Ganho de uma batalha, o vencer uma guerra. Todos os tormentos sanados ou fragilizados e a reconstrução num abraço. Sentido, desejado e oferecido. Recebido e guardado. Um abraço.
4 comentários:
Fosse eu dona dos braços que te pudessem dar tal abraço...
Oi Me, agradeço tal vontade mas...falta-te o genero, a altura e outras coisas mais ...não desfazendo do teu look claro :p
Excelente fim de semana e feriados e férias e afins :)
bjs
Faço minhas as palavras da Me... mas ainda assim, dou um abraço e umas beijocas! :P
Às vezes vezes não estamos a errar em coisa alguma, ou a apostar no cavalo errado, e até se passa muita coisa quando nada se parece passar.
Às vezes estamos simplesmente a fazer um caminho mais longo, ou mais sinuoso. Às vezes precisamos de apostar algumas vezes até acertar. Às vezes acontecem muitas pequenas coisas que nem nos apercebemos, até chegar um qualquer momento em que tudo se junta, em que todas essas pequenas coisas formam uma bem grande, e nos surpreendemos...
E sim, às vezes, é só... um abraço.
Gaulês, agradeço a partilha e sei que o caminho sinuoso é necessário mas às vezes derrapamos até na fé o que quer dizer que as vezes o céu também fica encoberto acima da minha rocha...felizmente não passam de nuvens passageiras que seguem caminho deixando o sol brilhar novamente ;)
E eu sei que um monte de areia é feito de muitos grãos...falta-me a serenidade e paciência para ver esse trabalho fantastico da natureza. Aprendo a ter paciência para que possa depois admirar a construçao perfeita do Universo :P
mas...E sim, às vezes, é só... um abraço.
Enviar um comentário