terça-feira, 16 de dezembro de 2008

**Suspiro**

"Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou" (In Rio das Flores, cit. op. Tavares, Miguel, S.)

9 comentários:

Me 17 de dezembro de 2008 às 11:33  

Tudo muito bem, mas depois também temos Miguel Esteves Cardoso: O Amor É Fodido.
Só passando por elas, né? Só passando por elas.

S. G. 17 de dezembro de 2008 às 15:10  

confesso que gostei muito desse livro. acho que está muito bem construido. e concordo que se deve pensar sempre que ninguém morre se perder um amor...e com isso não defendo que as pessoas não se devam entregar. devem estar sempre abertos a uma entrega total. se assim for, mesmo no fim, sobrará um peito cheio de coisas boas que ficam para sempre, as memórias...

só passando por elas :-)

L. K. 17 de dezembro de 2008 às 18:40  

Oi Me, mas este trecho também se inclui nesse tema: "O Amor É Fodido." Porque parece que nunca estamos em sintonia, que há sempre alguém a perder ou a ganhar e não é nada disso, normalmente ambos perdem, mais que não seja, perde-se o conforto e a rotina do que é conhecido.
Aconselho-te a ler, está muito bem escrito e não é lamechas ;)

L. K. 17 de dezembro de 2008 às 18:48  

Olá S.G:,
se leste o livro, também deves ter lido o Equador, que para mim também é bastante bom.

Em relação a este livro, a par deste trecho identifico-me com a personagem do "Pedro": "..para mim as coisas são simples: gosto ou não gosto, amo ou não amo. Não tenho dúvidas, nem contradições, nem estados de espirito, nem outra vida para viver onde ela não caiba...para mim o amor é sobretudo a ausência de perguntas, de dúvidas, de incertezas. É paz, segurança, eternidade".

Se é apenas fantasia de literatura, não sei porque sempre pensei assim, não vivo no cinzento, aliás não sei viver no cinzento (?!?)

S. G. 18 de dezembro de 2008 às 12:54  

sim li claro.

é um livro que só será reconhecido verdadeiramente pelos supostos intelectuais daqui a alguns anos. (o grande filósofo eduardo lourenço já fez a homenagem necessária a este livro numa entrevista à revista ler)

e muito obrigado pela citação. de facto quando escrevi há dias um post sobre o facto de não ter dúvidas, podia ter citado isso :-)

(agora sublinho mais os livros para poder voltar a eles e relembrar as boas passagens.)

S. G. 18 de dezembro de 2008 às 12:59  

ah! espero ler em breve o do mec porque gosto muito dos textos do homem :-)

L. K. 18 de dezembro de 2008 às 21:41  

Não conheço o Mec, mas se me deres nome e editora quem sabe não o junto na lista de favoritos ;)

S. G. 18 de dezembro de 2008 às 22:00  

mec (miguel esteves cardoso)

:-) como estava em cima pensei que conhecesses a sigla :S

L. K. 18 de dezembro de 2008 às 22:33  

Lololol...nunca li nada dele e não conheço o acrónimo que lhe está associado :S

Sorry

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