sábado, 13 de dezembro de 2008

"que estranha forma de vida"

O dia hoje não está a ser fácil…”que estranha forma de vida”, olho - mas pelos vistos não vejo, sei o que quero, apenas não sei como chegar…”não se ama alguém que não ouve a mesma canção…”, então e o que se faz quando se ama alguém que ouve a mesma canção, apenas num volume diferente? Como se abandona um sentimento contrario ao verbalizado? Como se supera um “i don’t love you, like i did yesterday”…é verdade: para gostar tem de ser dois a querer o mesmo, mas tal como não se sabe porque se gosta - gosta-se e pronto…também deixa de se gostar e pronto…”life goes on” e amanhã é um novo dia que temos de atravessar. As mulheres resolvidas refugiam-se na sua inteligência: racionalizam-se as emoções, bebe-se café com aquela amiga que não se via há muito, marcam-se fins-de-semana “girls just wanna have fun” e em períodos que ninguém esta disponível, travam-se verdadeiras maratonas de trabalho, aumenta-se o currículo com algumas formações e workshops e percebe-se que somos mesmo boas nisto de lamber feridas…a partir daquele dia “here i go again on my own, going down the only road i’ve ever known, like a drifter i was born to walk alone” e torna-se bordão que nos acompanha ininterruptamente, o cavalo de batalha, a espada do samurai…e no meio de todo este delírio nos pequenos momentos que nos permitimos pensar tudo o que nos ocorre é “How I wish you were here We’re just two lost souls…” .O tempo vai passando e a palavra DOMINA-TE, CONTROLA-TE, torna-se intrínseca à alma e chega um dia que não temos nada a controlar, já nem sabemos porque choramos, porque nos isolamos, nem de quem estamos à espera. Viagem morosa, com inúmeras baixas, com dias cinzentos mas com tantos outros dias em que o sol foi o maior aliado.Como é possível querermos todos o mesmo e estarmos tão desencontrados, há dias mais fáceis que outros, o de hoje não esta a ser fácil…não esta a ser fácil? Já nem sei porquê, se sofro ou é processo de habituação…o que eu queria mesmo era uma gargalhada, vinda do âmago…ou apenas vinda de mim.

6 comentários:

Anónimo,  13 de dezembro de 2008 às 22:10  

Dizer adeus a algo que faz parte de nós é doloroso. É a morte em vida. É o luto em relação a algo que está apenas à distância de um telefonema, visita... olhar.
Dizer adeus não é fácil e dificulta os nossos dias.
Os teus hão-de ficar melhores. Fecha a porta. Abre a janela. Respira o ar.
Não é estranha essa tua forma de vida. Não. É a forma de vida de alguem que toma a dianteira, alguem que não recusa desafios, alguem que nunca diz não ao que realmente quer. Estranha? Não. De meter inveja pela força e paixão.
Estou por aqui.

L. K. 14 de dezembro de 2008 às 06:23  

Toda a razão Me,
Dizer adeus, não é mais que um processo de luto e como em todos os processos de luto, a primeira coisa é aceitar a perda e integra-la num quotiano, que a cada segundo traz recordações de algo que não volta a ser....Mas também nós não voltamos a ser.

Obrigado (mesmo, mesmo)
you know it ;)
beijos

Anónimo,  15 de dezembro de 2008 às 01:27  

Também nós não voltamos a ser. Sabes uma coisa? Acho que isso ainda é o mais complicado Quando olhamos para um problema e sabemos que a pessoa que agora está a tentar resolver não é mais quem era... Aceitar que não estamos, não somos iguais. Que agora há outras coisas que nos regem... O Luto de nós próprios que nos faz "matar" ou a ver como mortas todas as outras coisas que já não nos satisfazem ou queremos...Isso é que custa: olhar ao espelho e pensar: Estás diferente.

E não tens, nem nunca terás, seja o que for a agradecer. Nada mesmo. Se não, também eu te agradecia. You know it too.
:)

L. K. 15 de dezembro de 2008 às 14:19  

Não estamos diferentes Me, apenas nos obrigaram a crescer como pessoas. A pessoa do espelho é a mesma, apenas se tornou uma versão melhorada. Como alguém me disse este sábado: "estou aqui...mas tu cais sempre de pé".
O meu sorriso é igual, apenas não é para toda a gente...e é ai que está a diferença, apenas nisso. Reduzimos as hipoteses até sobrar a unica que presta ;)

Bigado ;)

Fernando K. Montenegro 26 de julho de 2009 às 13:23  

Olá

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