terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Se não fosse tão triste seria hilariante...

Se não fosse tão triste seria hilariante e bajulador.
Ele apareceu, como sempre, num período em que me encontro em crise. Há anos que é assim, sabe sempre o que se passa comigo, onde estou, o que faço, como estou. Não sei porque o faz, não precisa disso (de mim), nunca precisou…mas também nunca me deixou, fui eu que nos deixei e também não foi por ausência de paixão, mas sim por diferenças irreconciliáveis.ehehehehe…Se não fosse um “ladies man” vulgo bardajão, arriscava-me a afirmar que sou a “pedra no seu sapato” mas nesta fase não tenho capacidade para acreditar em sentimentos de pessoas inconstantes. Mas enche-me o ego, algo que me faz falta neste momento. Um dia disse-me: “vamos ser amantes toda a vida, não consigo viver contigo…mas ainda é pior sem ti”, na altura concordei, mas depois já não se inseria nos meus objectivos de vida, ele queria viver na avenida e eu no mundo.
Estes acontecimentos e a oferta personalizada do seu colo vieram numa altura em que questiono tudo o que me rodeia, porque não entendo, não consigo entender. No entanto estaria a mentir se não disse-se que me soube bem ouvi-lo: “Estás bem? Tenho saudades tuas, tenho saudades nossas e acho que nos devíamos encontrar. Sinto a tua falta, posso voltar a telefonar-te? “ Afinal ele sempre foi o meu sapo com rasgos de cavaleiro andante que me “salva” sempre no último minuto… novamente o foi. E basta um olhar, sempre bastou um olhar entre nós…ao que parece ainda hoje é assim, o que se não fosse tão triste seria hilariante e bajulador. Eheheheheeh
A sua vida está construída e encaminhada ao lado de alguém que o ama e o merece, então qual é o meu papel? Não é uma questão de nunca me ter tido, porque já me teve e durante muito tempo (tempo a mais até). O que se passa connosco? Afinal que estranha ligação é esta que une duas pessoas que não se aguentam juntas mas continuam a fazer parte da vida uma da outra. Gosto dele com um carinho que só é possível numa amizade de anos, quero que seja feliz e esteja bem mas já não (quero) faço parte da vida dele.
Começo a achar que sou uma obsessão na sua vida, um vício talvez…que merda de mania esta de estar sempre a tentar perceber os outros, quando ninguém se esforça para me perceber, porque afinal como ele diz e tão bem: “Tu cais sempre de pé”.

13 comentários:

S. G. 16 de dezembro de 2008 às 10:45  

naõ consigo estar dessa forma com alguém que deixamos para trás num relaccionamento. estarei errado ou talvez a escolha de um caminho não permita percorrer dois ao mesmo tempo.

S. G. 16 de dezembro de 2008 às 10:47  

relacionamento claro (é do frio nos dedos :-)

Me 16 de dezembro de 2008 às 11:00  

Há sempre alguem na nossa vida com a qual temos um terreno em comum. Um terreno construído a dois que de vez em quando é revisitado... Pode não acontecer nada a não ser uma conversa para "actualizar" dados... Mas existe o terreno. Quando alguem nos marca... quando alguem passa a fazer parte da nossa vida, mesmo que seja à distância, não se esquece. Acontece com todos. Seja com amigos, amigas, namorados, namoradas... ex-namorados, ex-namoradas... Há sempre alguem em relação à qual basta o tal olhar. E ainda bem. Ainda bem.

S. G. 16 de dezembro de 2008 às 12:42  

começo a pensar que o alien sou eu :-) é que apesar de reconhecer que há pessoas que passaram na minha vida, e foram importantes, que não se esquecem, eu não deixei nenhum "campo" aberto para esses reencontros.

mas se calhar o problema é meu...

Me 16 de dezembro de 2008 às 15:24  

Ai! Acho que o reencontro de que se estava a falar não era DESSES... Reencontrar alguem... meter a cuscquice em dia. Sentir o apoio de alguem que nos foi importante... Fazermos o mesmo em relação a outra pessoa por sabermos que também fomos e somos importantes para ela... Voltar ao terrenos não significa que faças casa nova... Pelo menos eu entendi e entendo assim. Há pessoas que ficam nos bastidores da nossa vida... sempre presentes, mesmo que nunca mais entrem em cena...
Acho que era mais por aqui...

S. G. 16 de dezembro de 2008 às 18:05  

estamos a falar de namoros que terminarem com boas amizades, e isso não me aconteceu. cada pessoa seguiu o seu caminho...mas ficaram as marcas, e os bons momentos.

Me 16 de dezembro de 2008 às 18:36  

Claro... e depois há quem se consiga relacionar à margem disso... que não utilize as marcas e os bons momentos para os recriar algures no futuro quando tudo está diferente... Há quem consiga ver a pessoa... Não o ou a Ex... Por muito dificil que seja.

L. K. 16 de dezembro de 2008 às 23:02  

Olá Me,
tens toda a razão, existe um terreno comum que não se ocupa, porque já não se quer, mas resta uma amizade e um carinho doce desse passado...e sim, é muito bom alguém conhecer-nos tão bem, que mesmo na distância (fisica e temporal) está perto no emocional (ao que parece). E os "reencontros" não são mais que a frequência de espaços comuns em que inumeras vezes se troca um mero:"Olá, estás bem?"...mas também a capacidade de bastar o "tal" olhar para ver mais fundo, "por trás do espelho" e oferecer o seu generoso colo, largo o suficiente para me devolver o sorriso, com a mais valia de nunca nos tocarmos fisicamente...os "espaços comuns" que sobrevivem são apenas isso colo emocional, por isso é que funcionam...não se volta a misturar corpos que na manhã seguinte não seriam mais que arrependimento.

Tu percebeste :)

bj bj

L. K. 16 de dezembro de 2008 às 23:12  

Oi S.G.

acabar um relacionamento deste modo não é fácil...aliás poucos tenho semelhantes (embora haja um ou dois) mas nenhum deste modo e com esta cumplicidade. Penso que também tenha a ver com o facto de sermos amigos de infância e com o desenrolar de toda a relação. Nunca foi deixado "um campo aberto", as coisas ganharam esta forma e pronto...até porque nunca interferimos na vida um do outro "com os respectivos"...é algo estranho que existe entre nós, que nem eu percebo ou consigo explicar (???)
Talvez a base seja mesmo o: "...não consigo viver contigo…mas ainda é pior sem ti”, ou talvez seja apenas porque é ele e porque sou eu...e aqui o segredo penso que seja: "...não se volta a misturar corpos que na manhã seguinte não seriam mais que arrependimento."


Mas se tiveres alguma teoria prometo tomá-la em consideração :)

S. G. 17 de dezembro de 2008 às 10:25  

lizard,

parece que o teu caso é diferente. é que uma relação com alguém que sempre conhecemos normalmente fica sempre algo mais forte. apesar de tudo nunca me aconteceu nada parecido. sinto que talvez as coisas pudessem ser diferentes, mas é um principio que tenho, de que a vida para seguir sem dúvidas, necessita desse afastamento.

se revisse algumas pessoas tenho a certeza que seria agradável, mas duvido que passasse além do como estás. apesar de tudo eu sempre tive bom gosto :-) logo algumas mulheres devem estar em boa forma (e algumas começam a regressar ao mundo pelo divórcio ou separações)

é isto.

(há outro principio que é nunca digas desta água não beberei. é que já me aconteceu tanta coisa na vida :-)

L. K. 17 de dezembro de 2008 às 18:36  

S.G.

A vida traz-nos inumeras vezes a pontos de partida que pensavamos que já pertenciam à história, e por vezes revimos pessoas que continuam doces em nós e há outras que pensamos "devia estar cego" (para não dizer outra coisa) e é por todas estas coisas que não uso os termos "nunca ou jamais" (normalmente acetam-nos na testa)é a minha politica pessoal, prefiro o "Vamos ver" ou o definitivo "Não". o que serve para a vida seguir sem dúvidas. No entatanto volto a reafirmar, com este sapo as coisas são diferentes, sempre foram e sinto que sempre serão...se o alimento ou não? Não sei responder, porque é uma pessoa que só contabiliza quando me faz estas chamadas de atenção (???) Quiça um dia estarás na mesma situação e me possas dar umas luzes de como isto é sentido (visto) do vosso lado...seria interessante..eheheheheheheh

S. G. 17 de dezembro de 2008 às 19:48  

agora sou eu que me sinto no meio de uma conversa de amigos :-)

e como é verdade que eu espero sempre (boas) surpresas da vida, por certo ela um dia vai-me pôr diante de algo parecido (já tinha dito que tenho bom gosto e que de certeza que algumas estarão como o vinho do porto :-)

e nem tudo preciso de ter sentido ou explicação. se te sentes bem qual é o problema?

Me 22 de dezembro de 2008 às 00:06  

"se te sentes bem qual é o problema?"

resposta: querer sentir melhor.

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