terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Terceiro Balanço de 2008
É muito bom dividir o palco com alguém, que está acima das palavras e vê para lá das cortinas...dentro das bocas de cena...Um grande bem haja a todos aqueles que nos bastidores permitem que cada cena se desenrole e tenha o seu fim.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Courage
twilight zone
domingo, 28 de dezembro de 2008
Aqui e Agora
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Os 5 Pilares
Família – são as bases, os pilares de nossas vidas, é a família nuclear que nos “constrói e molda (ou nos destrói), quando caímos, tropeçamos ou explodimos são aqueles que “against all the odds” estão lá, principalmente esses grandes seres subvalorizados a que chamamos MÃE, e que inúmeras vezes passamos “para a fila de baixo” mas que quando caímos são as primeiras a chegar a “arranhar, matar e morder” para nos tirarem da merda. São seres tão eloquentes e capacitados que pagavam para suportar as nossas dores e choram copiosamente as nossas lágrimas, mais do que isso, tem verdadeiras bolas de cristal ligadas directamente aos nossos corações – o cordão umbilical nunca chega a ser realmente cortado.
Profissional – é aqui que nos realizamos, que nos esforçamos verdadeiramente ao ponto de abdicarmos de vida própria e dos que amamos e no fim quando nos realizamos profissionalmente (os que se realizam) descobrimos que afinal só queríamos um colo, alguém com quem partilhar as vitorias e as derrotas…seja esforçado e traduzido em pagar contas ou vibrante e favorecedor de vida desafogada, no fim apenas fica a sensação de desilusão e solidão, mas profissionalmente estamos vitoriosos, realizados, Bolas que somos bons no que fazemos….até ao dia que descobrimos que sou apenas - o meu trabalho (?)
Emocional – que há para dizer…todos “o” querem, procuram, desejam e fogem, escondem-se… aqui se encerra o MEDO, sim esse papão que ninguém ousa falar ou pensar sequer, não vá ele realmente aparecer e depois? Quem sou? Quem serei? O MEDO da solidão, leva-nos a atitudes e vidas cinzentas…o MEDO de sofrer leva-nos a ser complacentes com atitudes auto e hetero destrutivas, que inúmeras vezes levam o incauto ao extremo: a morte real e efectiva – porque o ser, esse já tinha morrido durante a viagem.
A relação é o que mais buscamos, idealizamos e procuramos desde o dia em que nascemos até quando morremos: Quando nasce o bebé quer ser amado, abraçado e rever-se no olhar do outro, essa busca é contínua e acentua-se pela vida fora; e o idoso não quer morrer sozinho, tem MEDO de ninguém se importar com a sua ausência, ser esquecido.
Estes pilares não podem estar todos negativos ao mesmo tempo, porque senão corremos o risco de psicopatologia e até de fuga para a frente: suicídio. No entanto um ou dois tem de estar suficientemente bons para nos fazerem caminhar e tentar recuperar o terceiro, isto seria o ideal…mas quantos de nós, já desistimos – porque quisemos ou porque “aconteceu”- de manter os três equitativos ou até mesmo dois e nos reduzimos a um – àquele que dominamos melhor, logo de onde retiramos os maiores dividendos: menor esforço com menor dor…e no entanto maior solitude…estar só no meio da multidão…o vazio…o vazio…
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Segundo Balanço de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Back on track
(Des)conversa
Numa esplanada, ele chegou, sentou-se e….
Ele - épa, não consigo perceber as mulheres, são umas complicadas.
Eu – olá para ti também…e vocês são simples queres ver?
Ele – simples? Básicos mesmo… comparativamente…
Eu – já cá faltava, comparativamente a quê?
Ele – merdas simples, tipo um gajo chega a casa e senta-se ela passa e diz:
Ela - Bolas, hoje ainda tive de ir ao supermercado quando saí do trabalho comprar detergente para a roupa.
Não respondi, achei que ela já tinha dito tudo…mas 10 minutos depois:
Ela - hoje apanhei uma fila na caixa quando fui ao supermercado.
Achei que era só informação não disse nada mas ao jantar:
Ela - hoje quando fui comprar o detergente é que estava a pensar no dinheiro que se gasta nestas coisas.
À terceira achei por bem responder:
- podias ter telefonado que te fazia isso.
Ela – para quê? Para fazeres o mesmo que da outra vez, agarras-te no primeiro que viste e já está…para isso vou lá eu.
Então porque é que estás a falar disso outra vez, até parece que ir ao supermercado é ir à amazónia ou aconteceu-te alguma coisa?
Ela – não se pode mesmo falar contigo, e porque é que tinha de me acontecer alguma coisa? Por acaso é preciso tirar um curso para ir ao supermercado, queres ver?
Pronto e amuou e agora são três dias por causa de um detergente.
Eu – porra pá, vocês são cá uns egoístas, ate parece que não gostas de partilhar as tuas cenas também e que te ouçam, o problema não é o detergente: é ser ouvida que lhe dês atenção.
.
Ele – atenção numa ida ao supermercado, estás a ver como são complicadas, os homens são muito mais básicos.
Eu – já é a segunda vez que dizes isso, explica lá então o que é que dizias?
Ele – em primeiro lugar só dizia porque já sei que se não disse-se depois ainda tinha de ouvir mas era assim: hoje quando sai do trabalho ainda tive de ir comprar escovas para o carro.
Ela – e?
- E? Nada, pu-las no carro e vim-me embora.
Ela – ahh, só isso, não te aconteceu mais nada, não viste ninguém?
- Não
E a conversa acabava.
Eu – só isso? De certeza que falaste com alguém ou que te aconteceu alguma coisa?
Ele (aborrecido) – merda! Não se pode mesmo falar com vocês…já viste quantas perguntas já fizeste de rajada? Dois gajos a conversar e isto tinha-se ficado logo nas escovas e no carro.
Levantou-se e foi-se embora.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Mudança
Strenght and Courage
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
"Espírito de Natal"
Neste mês de festividades já consegui ir (até agora) a três comemorações pseudo- natalícias:
1º) Almoço ajantarado com um grupinho de verdadeiros borguistas que sabem vivê-la e ainda melhor regá-la…saldo positivo e a repetir sem dúvida. Claro está, que a meio do almoço já ninguém se lembrava que o motivo do ajuntamento era o Natal…mas como é sempre uma boa justificação às três da manhã ainda se dizia a quem telefonava: “épa estamos aqui em tal parte, aparece que o pessoal está a fazer um almoço de Natal” (Não me lembro como acabou porque dali ainda fomos beber uns drinks, para comemorar o Natal, óbvio) e quem aparecia entrava no “espírito” de Natal, ou seja, fantástico.
2º) Jantar pequeno-almoçado, novamente com um grupinho de amigos (os mesmos e alguns que falharam o almoço ajantarado…porque não se fazem desfeitas aos amigos), mesa farta, comidinha à maneira, conversa boa e gordon´s sempre a acompanhar… saldo positivo e a repetir sem dúvida. Uma jantarada de Natal em que o tema apenas foi mencionado (recordado) num qualquer brinde e porque ficava bem e como é semelhante, deu-se a partida para uma mega festa Anos 80 na disco da zona (uma festa a puta da loucura e o pequeno-almoço estava bom), o espírito Natalício dilui-se novamente, desta vez por uma boa causa: o Natal é sempre que o Homem quiser..e festas ao som dos 80’s há poucas….ficou no ar novo almoço ajantarado de Natal…aiai (valha-me a Santa) vamos ver…
3º) Almoço marcado em restaurante vegetariano (até não era mau, mas nada o meu género), meninas a rigor e pontuais (um esforço neste dia). Chegou o “grande” almoço com as colegas de trabalho, algo planeado e re-planeado, são designados vários assuntos tabu (tudo relacionado com trabalho, claro) e não se cumpriu como é obvio…uma grande seca de pareceres bem e outras merdas sem assunto, mas como em todos os almoços/ jantares das “firmas” o pessoal revela-se e como o contexto é informal vale tudo. Não tenho paciência, não tinha paciência e parece-me que não vou voltar a ter. Estive presente por pressão de pares e porque já me começa a aborrecer esta história do “opá és sempre a anti-social, nunca partilhas nada connosco” (pudera gajas histéricas que andam um ano inteiro a conter-se até ao jantar de Natal e eu é que sou a assertiva ?!?)
O mais estranho é que as relações laborais são suficientemente boas, o pessoal respeita as opiniões e personalidades umas das outras (nas costas dos outros vês as tuas) e só me refiro a isto porque novamente o Natal foi esquecido, as conversas foram trabalho (porque não há mais nada em comum) e eu aborreci-me de morte e…sai assim que acabei de almoçar e fui…trabalhar (hoje o dia era de folga supostamente).
Em quantas empresas isto acontece, e com ambientes de trabalho podres e chega esta altura do ano e somos todos bonzinhos, simpaticozinhos e outros “inhos” para os quais não tenho paciência. Trocam-se de má vontade uns presentes (que fiquei a saber tem um valor pré-acordado, aqui gosta-se 10 euros, ali 5 euros?!?) fica-se desiludido pela trapice que se ganhou e que não se sabe onde pôr e não se comemora o Natal em altura nenhuma, porque o dar e receber é “aquilo” material que se trocou (“zangada”).
Conclusão: O Natal, na minha óptica, tornou-se num consumismo desenfreado em que a partilha e os sentimentos são medidos pelo valor do presente oferecido/recebido. Os miúdos (e graúdos) são criados nesta lógica “se gostas de mim dás-me…”, os média, o comércio tudo apela a consumir, consumir, consumir, somos bombardeados com esta informação (dá para pagar até 96 meses, não hesite!!), já não gosto do Natal, este ano vou erradica-lo nesses moldes, fico apenas com as decorações (gosto das luzes e cor e musicas..eheheeh) e com a mesa farta, reunindo bons comensais, conversa da boa, risos, sorrisos e sinceridade….O Natal consumista apenas deixa mais só quem realmente está só.
Pelo menos nos meus almoços-ajantarados – pequeno-almoçados sei qual o espírito (e não é preciso ser Natal para o espírito surgir..ehehehehehe), sei que os maiores presentes que se podem trocar são as nossas presenças, que são gratuitas e sinceras…”Pó Natal o meu presente, quero que seja…”
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Primeiro balanço de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
**Suspiro**
Se não fosse tão triste seria hilariante...
Ele apareceu, como sempre, num período em que me encontro em crise. Há anos que é assim, sabe sempre o que se passa comigo, onde estou, o que faço, como estou. Não sei porque o faz, não precisa disso (de mim), nunca precisou…mas também nunca me deixou, fui eu que nos deixei e também não foi por ausência de paixão, mas sim por diferenças irreconciliáveis.ehehehehe…Se não fosse um “ladies man” vulgo bardajão, arriscava-me a afirmar que sou a “pedra no seu sapato” mas nesta fase não tenho capacidade para acreditar em sentimentos de pessoas inconstantes. Mas enche-me o ego, algo que me faz falta neste momento. Um dia disse-me: “vamos ser amantes toda a vida, não consigo viver contigo…mas ainda é pior sem ti”, na altura concordei, mas depois já não se inseria nos meus objectivos de vida, ele queria viver na avenida e eu no mundo.
Estes acontecimentos e a oferta personalizada do seu colo vieram numa altura em que questiono tudo o que me rodeia, porque não entendo, não consigo entender. No entanto estaria a mentir se não disse-se que me soube bem ouvi-lo: “Estás bem? Tenho saudades tuas, tenho saudades nossas e acho que nos devíamos encontrar. Sinto a tua falta, posso voltar a telefonar-te? “ Afinal ele sempre foi o meu sapo com rasgos de cavaleiro andante que me “salva” sempre no último minuto… novamente o foi. E basta um olhar, sempre bastou um olhar entre nós…ao que parece ainda hoje é assim, o que se não fosse tão triste seria hilariante e bajulador. Eheheheheeh
A sua vida está construída e encaminhada ao lado de alguém que o ama e o merece, então qual é o meu papel? Não é uma questão de nunca me ter tido, porque já me teve e durante muito tempo (tempo a mais até). O que se passa connosco? Afinal que estranha ligação é esta que une duas pessoas que não se aguentam juntas mas continuam a fazer parte da vida uma da outra. Gosto dele com um carinho que só é possível numa amizade de anos, quero que seja feliz e esteja bem mas já não (quero) faço parte da vida dele.
Começo a achar que sou uma obsessão na sua vida, um vício talvez…que merda de mania esta de estar sempre a tentar perceber os outros, quando ninguém se esforça para me perceber, porque afinal como ele diz e tão bem: “Tu cais sempre de pé”.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Como é possível viver sem música, um “radio-cassete” que fale melhor que eu, o que as minhas palavras não conseguem traduzir, às vezes nem sair….todos nós associamos músicas, a sítios, situações mas principalmente a pessoas…a estados partilhados de alma – positivos ou negativos – momentos que ficam e serão recordados de cada vez que passar no rádio, na discoteca…ou apenas na memória a musica que “fala” melhor que nós e tem o dom de nos pôr a sorrir ou “rasos de água” :(
E é neste momento “cabeça RFM” que me encontro, vou deixar aqui o “som cerebral” que todo o dia me tem acompanhado – mesmo com o rádio a tocar outras histórias e outras memórias ;)
domingo, 14 de dezembro de 2008
Acredito
A satisfação dos insatisfeitos passa por uma busca de um bem maior, um desejo que é sonho e amanhã o real...em cada madrugada, em cada gota de orvalho vem a certeza de se estar um pouco mais perto e é essa certeza que faz do amanha um dia melhor...creio nesse amanha, que a satisfação dos insatisfeitos é possível porque é essa procura que os mantém vivos...procura-se sabese-se lá o quê e acha-se algo que permite continuar a procurar e no fim conquista-se o que se ACREDITOU que é um tudo desejado na ignorância do que se procurava