terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ser Criança

Cada segundo constroi um minuto...cada minuto, uma hora...cada hora, dias e cada dia meses...tudo somado são anos, pormenores desvalorizados de suma importância. Lembro-me de alguns desses minutos, dias, horas e meses, outros nem tanto. Se em algum desses dias chorei segundos, na alma senti-o como dias. A tristeza é sempre exacerbada no tempo e quando posto na balança reparamos que foram mais os dias que sorrimos ou que simplesmente nada aconteceu...nada digno de marcar a alma e com direito a ser recordado. Os adultos teimam em deixar morrer a criança que existe dentro de si, não compreendem que há certas coisas que apenas podem ser vividas ou vistas com o olhar da criança. Ao crescermos devíamos lembrar de alimentar permanentemente a criança que vive em nós...e que aparece quando estamos estupidamente apaixonados ou eufóricos por uma qualquer alegria. A perda da criança interior torna-nos soturnos e desprovidos de espontaneidade, torna os dias menos risonhos e as cores menos brilhantes. Libertar essa criança nem sempre é fácil, o medo da exposição ao ridículo, o medo de gostar e ser feliz com ela, quando o que se pede é que libertemos a curiosidade típica das crianças, a sua impulsividade e a liberdade para dizer "amo-te", "gosto de ti" apenas porque sim, porque é verdade e porque apetece...dar um abraço, chorar, rir ou amuar...as crianças não se coíbem de expressar o que sentem, não temem o ridículo. A minha criança às vezes é mais sábia que eu, e o seu olhar...como é bom ver o mundo através dela...ainda hoje permito que exista e apareça.É bem recebida sempre que se quiser manifestar, sou eu, faz parte de mim e não a vou deixar morrer....os dias ficariam muito mais cinzentos.

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Terceiro Balanço de 2008

Neste palco somos actores principais, senhores da nossa existência. Mil emoções partilhadas num silêncio cúmplice, resguardado por uma amizade que não necessita de palavras. Neste palco protagonizamos uma história, mas não uma história qualquer, nesta cena somos heróis, mendigos, indigentes, amados ou odiados, mas em palco somos os mesmos, unidos por um respeito que não precisa de ensaios, pois todos sabemos que a peça ainda está a meio, que a história ainda não terminou. Neste palco, escrevemos o que de melhor temos, e também o pior...as emoções, os sentimentos são fio condutor de um drama de costumes, que é comédia de costumes ou simplesmente as nossas vidas...loucos os que recusam a sua história e o prazer de a protagonizar, pois o melhor deste palco são os amigos de sempre que não se importam que papel desempenhas hoje ou amanhã, que sabem que acima de tudo neste palco somos actores e espectadores de sentimentos, pensamentos e um turbilhão de emoções, sensações...
É muito bom dividir o palco com alguém, que está acima das palavras e vê para lá das cortinas...dentro das bocas de cena...Um grande bem haja a todos aqueles que nos bastidores permitem que cada cena se desenrole e tenha o seu fim.

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Courage

If you lose hope, somehow you lose the vitality that keeps life moving, you lose that courage to be, that quality that helps you go on in spite of it all. And so today I still have a dream.
By: Martin Luther King, jr.



Courage, it would seem, is nothing less than the power to overcome danger, misfortune, fear, injustice, while continuing to affirm inwardly that life with all its sorrows is good; that everything is meaningful even if in a sense beyond our understanding; and that there is always tomorrow.
By: Dorothy Thompson

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twilight zone

Encontro-me a viver um momento "twilight zone ", que não consigo expressar em palavras ou pela escrita. O dia de hoje foi estranho, recuperei a minha aura e a ter escrito na testa "falem para mim que eu gosto" (?!?). Um simples café transformou-se num desabafo de alguém que aguardava a minha visita à algum tempo, hoje aconteceu e como é fantastico perceber que no melhor pano cai a nódoa...não me alegro com isso...mas sim com ter recuperado o meu poder. O primeiro momento do dia aconteceu com uma colega que teve um momento auspicioso, numa altura em que apenas via tempestade, não imagina como estou feliz por ela, é este tipo de acontecimentos que me faz ACREDITAR (em mim, mais que nunca...e em alguns outros). De igual modo, me enche a alma saber que a minha querida S.F. recuperou o seu sorriso e agora é mais fácil atravessar as nuvens e deixar o sol brilhar (apesar dos apesares está quase), obrigado S.F. o teu papel tem sido de suma importância, até quando sei que sou ridicula me sinto confortavél para sê-lo junto a ti...eheheheheh. Nada me deixa mais feliz e serena que o bem estar daqueles que para mim são importantes, pois será sempre sinal de que têm tempo e disponibilidade emocional para mim e me ajudam a atravessar o meu deserto. Por último e de extrema relevância, quero saudar a minha "Wingman", "lifecoach", etc etc etc...tem sido o meu rochedo, de todas as vezes que me apanhou do chão, por todos os fins de semana que abdicou para ouvir os meus delirios de adolescente parva e secar as minhas lágrimas de adolescente mais parva ainda...eheheheheh...mesmo sabendo que o fim era este, nunca me abandonas-te e aguentas-te estoicamente toda a alucinação (ainda aguentas...eheheheh ), por tudo isto e pelos restantes anos (anteriores e posteriores) de "lifecoach" bi-direccional, te agradeço e torço para que este seja o "teu" ano e o momento que vives agora seja eterno, mereces (isto e muito mais mesmo). As surpresas surgem sempre de onde menos se espera, recebi grandes momentos de conhecidos e grandes desilusões de próximos, os altos e baixos da vida...as provas de fogo...Quem me dera conseguir explicar os meus momentos "twilight zone"....talvez lá mais para a frente consiga...agora dedico-me apenas a vivê-los e a retirar o que de melhor me dão...a subir.

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domingo, 28 de dezembro de 2008

Aqui e Agora

O mundo do avesso. Coisas que antes pareciam sólidas agora surgem em neblina. Pessoas que, estranhamente, agora desconheço...serei eu ? Ou são elas? Redecoro o meu mundo com as mais belas cores e deixo o sol entrar pelas janelas de minha alma. Não há espaço para paisagens bucólicas, para mantos de nevoeiro ou tempestades. No limite, resto apenas eu, em transição, em aprendizagem ou talvez em crescimento. Gosto destes novos jardins, dos seus cheiros, da sua música. Agradeço ao Universo as suas energias, nunca temos mais do que o que podemos enfrentar. No meu olhar rosa choque percebo o brilho das cores e amo-as. Afinal, estou menos só do que pensava...afinal a descida era apenas uma subida ao meu interior...comigo quem quiser...mas contra mim quem puder...Apaixonada, Apaixonante...a vida como ela é.

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Os 5 Pilares

São cinco os nossos pilares: Família, Emocional, Profissional, Social e Pessoal. Apesar de haver um princípio de co-responsabilidade entre eles, podemos diluir mais facilmente o social e pessoal nos outros campos…para conseguirmos “funcionar” de maneira eficaz, estes pilares tem de se compensar entre si – apesar de a verdade ser que DEVEM estar equilibrados – mas como raros são os que o conseguem fazer, vamos concentrarmo-nos em ter pelo um ou dois funcionais, nem que seja nos mínimos.

Família – são as bases, os pilares de nossas vidas, é a família nuclear que nos “constrói e molda (ou nos destrói), quando caímos, tropeçamos ou explodimos são aqueles que “against all the odds” estão lá, principalmente esses grandes seres subvalorizados a que chamamos MÃE, e que inúmeras vezes passamos “para a fila de baixo” mas que quando caímos são as primeiras a chegar a “arranhar, matar e morder” para nos tirarem da merda. São seres tão eloquentes e capacitados que pagavam para suportar as nossas dores e choram copiosamente as nossas lágrimas, mais do que isso, tem verdadeiras bolas de cristal ligadas directamente aos nossos corações – o cordão umbilical nunca chega a ser realmente cortado.

Profissional – é aqui que nos realizamos, que nos esforçamos verdadeiramente ao ponto de abdicarmos de vida própria e dos que amamos e no fim quando nos realizamos profissionalmente (os que se realizam) descobrimos que afinal só queríamos um colo, alguém com quem partilhar as vitorias e as derrotas…seja esforçado e traduzido em pagar contas ou vibrante e favorecedor de vida desafogada, no fim apenas fica a sensação de desilusão e solidão, mas profissionalmente estamos vitoriosos, realizados, Bolas que somos bons no que fazemos….até ao dia que descobrimos que sou apenas - o meu trabalho (?)

Emocional – que há para dizer…todos “o” querem, procuram, desejam e fogem, escondem-se… aqui se encerra o MEDO, sim esse papão que ninguém ousa falar ou pensar sequer, não vá ele realmente aparecer e depois? Quem sou? Quem serei? O MEDO da solidão, leva-nos a atitudes e vidas cinzentas…o MEDO de sofrer leva-nos a ser complacentes com atitudes auto e hetero destrutivas, que inúmeras vezes levam o incauto ao extremo: a morte real e efectiva – porque o ser, esse já tinha morrido durante a viagem.


A relação é o que mais buscamos, idealizamos e procuramos desde o dia em que nascemos até quando morremos: Quando nasce o bebé quer ser amado, abraçado e rever-se no olhar do outro, essa busca é contínua e acentua-se pela vida fora; e o idoso não quer morrer sozinho, tem MEDO de ninguém se importar com a sua ausência, ser esquecido.
Estes pilares não podem estar todos negativos ao mesmo tempo, porque senão corremos o risco de psicopatologia e até de fuga para a frente: suicídio. No entanto um ou dois tem de estar suficientemente bons para nos fazerem caminhar e tentar recuperar o terceiro, isto seria o ideal…mas quantos de nós, já desistimos – porque quisemos ou porque “aconteceu”- de manter os três equitativos ou até mesmo dois e nos reduzimos a um – àquele que dominamos melhor, logo de onde retiramos os maiores dividendos: menor esforço com menor dor…e no entanto maior solitude…estar só no meio da multidão…o vazio…o vazio…

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Respira fundo...conta até três: 1...2...3...mais fácil? Não...inspira, expira, inspira, expira...pensei que fosse mais fácil...perguntas idiotas...respostas de merda :/
Juro que é o último Natal que passo assim...percebo...compreendo tudo, as escolhas, as decisões...tudo, tudo...mais fácil? Não me parece...se ao menos soubesse que fui um bocadinho importante, que significou alguma coisa, que fui alguma coisa mais que nada...foda-se...foda-se...foda-se...o meu momento Zen não ajudou...a tarde com os manos a mimarem à exaustão não ajudou...foda-se!
Alguém sabe como se pára esta merda?
Todos os dias são uma luta que tenho a certeza que ganhei (por "N" razões), então que raio de bicho sou eu que me deixo afectar por ninharias??? Foda-se...não estava previsto...mas quem diz o que não deve...ouve o que não quer :/ e nisso sou mestra...
A noite de natal foi boa...mimos e mais mimos para a única girl da familia, os melhores manos do mundo (adoro-vos)...mas que merda é esta?? Tou incoerente, por algo que já sabia...este Natal desejo: o fim desta merda e rapidamente, não me aguento a mim própria...foi o fim..foi o fim...estou tranquila...foi o fim...último toiro que peguei este ano...ufffff...mas que raio de gajo se justifica sobre as decisões que tomou e que só me prejudicaram???? será masoquista??? ou tenho cara de boa pessoa???
Amanhã será outro dia...outro dia...já sobrevivi a pior.

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Segundo Balanço de 2008

Balanço de 2008: positivo...estou Feliz...Sou Feliz
2008: Ano de muitas corridas, em todas fui forcado da cara e inúmeras vezes me vi (sozinha) na cara do toiro...cheguei à cernelha e da praça sai sempre maltratada mas feliz...cumpri o meu papel...as feridas lambias só e nada mais são que cicatrizes. Olho para cada uma delas com carinho: se os primeiros 6 meses do ano foram tranquilos, bons mesmo ... os últimos 6 foram de muitas pegas, muitos espinhos...o equilíbrio.
Hoje sai só, como há muito não fazia (não levei fantasmas comigo). Fui explanar e passar um momento de qualidade comigo mesma (devia-me isso), apanhar sol, fumar um cigarro, beber café...e olhar para fora. Estranhamente, a mesma sensação de paz, absorvia-me, atrevo-me a afirmar, que tinha na cara um sorriso meio parvo, de quem sorri para si próprio. O presente ano, foi pautado por inúmeras lições de vida e todas elas acarretaram um sofrimento indescritivél e uma sensação de estar constantemente só no meio da multidão...mas hoje não...sentia-me "sábiamente egoísta" (Dalai Lama)...como se a minha "leveza" incomoda-se quem passava...e foi-me dito por desconhecidos: "Haja alguém invadido pelo espírito de Natal" - eu não era compradora, apenas alguém que deambulava e pela primeira vez desde há muito, de cabeça, alma e coração vazios - existia apenas Eu, apreciando a minha companhia e a gostar.
Querido Pai Natal, sei que já sou crescidinha, mas a minha lista este ano é reduzida: apenas quero que me conserves neste estado de graça, imersa numa serenidade que me alimenta...o resto do pedido é entre nós dois ;)
Não estabeleci novos objectivos para o novo ano, porque ainda não atingi os anteriores...não fiz grandes projectos para o Ano Novo, porque quero o mesmo. O agricultor que semeia boa sementeira, melhor colheita irá ter...vou colher o que semeei...não gosto de castelos de areia, porque esses voam com o vento, acho que as rochas do meu castelo estão seguras...vamos ver...mas até lá...continuo a semear o que de melhor sou e tenho...tudo o que era (é) mau saiu da minha vida...agora sim...agora posso "correr a maratona"...vens?

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Back on track

Ontem tive um momento Zen...algo muito estranho no entanto de uma serenidade e tranquilidade inexplivavél em palavras. Senti que algo mudou (em mim, no mundo, no meu mundo?!?) como se tivesse atravessado para uma nova dimensão do meu Eu...Aguardo para descobrir o que aconteceu ou o que me traz de novo...seja o que for é bom, só pode ser bom porque atravessei o dia com o meu grande sorriso a iluminar o mundo (o meu mundo eheheheh)...este meu momento Zen (?!?) foi dividido e sentido com outros, tão palpavél que eu própria me rendi...a mim própria..."Descansa Guerreira, descansa...és muito mais forte do que pensas ou sentes...esta ganhas tu"...e hoje sinto que ganhei.

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(Des)conversa

Numa esplanada, ele chegou, sentou-se e….


Ele - épa, não consigo perceber as mulheres, são umas complicadas.

Eu – olá para ti também…e vocês são simples queres ver?

Ele – simples? Básicos mesmo… comparativamente…

Eu – já cá faltava, comparativamente a quê?

Ele – merdas simples, tipo um gajo chega a casa e senta-se ela passa e diz:
Ela - Bolas, hoje ainda tive de ir ao supermercado quando saí do trabalho comprar detergente para a roupa.
Não respondi, achei que ela já tinha dito tudo…mas 10 minutos depois:
Ela - hoje apanhei uma fila na caixa quando fui ao supermercado.
Achei que era só informação não disse nada mas ao jantar:
Ela - hoje quando fui comprar o detergente é que estava a pensar no dinheiro que se gasta nestas coisas.
À terceira achei por bem responder:
- podias ter telefonado que te fazia isso.
Ela – para quê? Para fazeres o mesmo que da outra vez, agarras-te no primeiro que viste e já está…para isso vou lá eu.
Então porque é que estás a falar disso outra vez, até parece que ir ao supermercado é ir à amazónia ou aconteceu-te alguma coisa?
Ela – não se pode mesmo falar contigo, e porque é que tinha de me acontecer alguma coisa? Por acaso é preciso tirar um curso para ir ao supermercado, queres ver?
Pronto e amuou e agora são três dias por causa de um detergente.

Eu – porra pá, vocês são cá uns egoístas, ate parece que não gostas de partilhar as tuas cenas também e que te ouçam, o problema não é o detergente: é ser ouvida que lhe dês atenção.
.
Ele – atenção numa ida ao supermercado, estás a ver como são complicadas, os homens são muito mais básicos.

Eu – já é a segunda vez que dizes isso, explica lá então o que é que dizias?

Ele – em primeiro lugar só dizia porque já sei que se não disse-se depois ainda tinha de ouvir mas era assim: hoje quando sai do trabalho ainda tive de ir comprar escovas para o carro.
Ela – e?
- E? Nada, pu-las no carro e vim-me embora.
Ela – ahh, só isso, não te aconteceu mais nada, não viste ninguém?
- Não
E a conversa acabava.

Eu – só isso? De certeza que falaste com alguém ou que te aconteceu alguma coisa?

Ele (aborrecido) – merda! Não se pode mesmo falar com vocês…já viste quantas perguntas já fizeste de rajada? Dois gajos a conversar e isto tinha-se ficado logo nas escovas e no carro.



Levantou-se e foi-se embora.

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sábado, 20 de dezembro de 2008

Mudança

Transformo a dor num grito mudo,
a solidão numa defesa.
Transformo o desespero em luta,
e a angustia em caminho,
sou uma nao-pessoa,que existe num nao-lugar,
não me vêem, não me ouvem...
porque sou silêncio...sou fuga
não me sentem, não me desejam,
porque sou nevoeiro...sou brisa
construo uma estrada,caminho de fogo
...e fujo...
corro, corro e escondo-me
sou saudade, sou ilusão
sou alegria sou solidão...
queria voar...mas já não tenho asas,
queria gritar...mas já não tenho voz
queria...apenas ser livre
mas estou presa em mim.
Sou como o vento,
não tenho cor,
sou como a noite,
guardiã de mistérios
que escondidos não estão,
não vêem?????
não vêem, porque não olham,
não sentem porque não param
não se encontram porque......recusam procurar-se...
existo...na saudade do que nunca fui
existo...na lembrança do que nunca serei
existo...num olhar
que olha...mas não me vê...
hoje disseram-me uma coisa que me deixou a pensar: o que tu gostas já não existe, é como quando vais ao stand buscar o carro dos teus sonhos...daí a um mês, já não te lembras como o querias e a paixão que tinhas por ele...já tens um novo carro de sonhos...
o que me remete para: "Nada se cria, nada se perde...tudo se transforma" (Lavoisier)
Quando era criança e mais tarde adolescente adorava a magia do Natal, o mês de Dezembro era diferente, o cheiro nas ruas era diferente, fazia-me sentir bem e recordo, (anos mais tarde), sair do trabalho e ir ter com amigos à tasca do costume e conviver até ser horas. Todos os dias durante o mês de Dezembro se repetia este ritual e para ajudar havia sempre alguém que levava uns doces ou qualquer outro simbolismo para assinalar o fim de tarde. Alguns casaram e tiveram filhos e cpmeçou-se uma nova etapa...os filhos vinham também e entre copos, conversas e gargalhadas todos davam um "olhinho" aos putos...adorava estes finais de tarde e duravam até dia 24 à tardinha.
Algures no meio deste caminho perdeu-se o hábito, as vidas mudaram e muitos de nós estamos longe (trabalhamos longe)...a realidade transformou-se, nós mudámos, adaptámo-nos às necessidades do "ser crescido"...e no entanto identifico-me tanto com essa pessoa que viveu tudo isso...são as memórias doces do crescer. Olho no espelho e vejo a mesma adolescente, de sorriso fácil e sempre a ver o melhor dos outros...hoje consegui ter um bocadinho desse passado e voltámos novamente a ser aqueles despreocupados tipicos da adolescência...espero que tenham "enchido" o peito como eu...estou contente ;)

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Strenght and Courage

"É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter duvida.
É preciso ter força para se manter em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver."
(By: David L. Griffith)
Haverá algo de mais verdadeiro?
(*sorrio e suspiro x 2*)

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Espírito de Natal"

Dezembro, mês festivo…raios partam a festa, ou como tão eloquentemente diz o excelentíssimo Sr. meu irmão “Fodace pó Natal, que é só dizerem-me temos de ser solidários, partilhar e tal mas só o povo é que partilha”
Neste mês de festividades já consegui ir (até agora) a três comemorações pseudo- natalícias:
1º) Almoço ajantarado com um grupinho de verdadeiros borguistas que sabem vivê-la e ainda melhor regá-la…saldo positivo e a repetir sem dúvida. Claro está, que a meio do almoço já ninguém se lembrava que o motivo do ajuntamento era o Natal…mas como é sempre uma boa justificação às três da manhã ainda se dizia a quem telefonava: “épa estamos aqui em tal parte, aparece que o pessoal está a fazer um almoço de Natal” (Não me lembro como acabou porque dali ainda fomos beber uns drinks, para comemorar o Natal, óbvio) e quem aparecia entrava no “espírito” de Natal, ou seja, fantástico.

2º) Jantar pequeno-almoçado, novamente com um grupinho de amigos (os mesmos e alguns que falharam o almoço ajantarado…porque não se fazem desfeitas aos amigos), mesa farta, comidinha à maneira, conversa boa e gordon´s sempre a acompanhar… saldo positivo e a repetir sem dúvida. Uma jantarada de Natal em que o tema apenas foi mencionado (recordado) num qualquer brinde e porque ficava bem e como é semelhante, deu-se a partida para uma mega festa Anos 80 na disco da zona (uma festa a puta da loucura e o pequeno-almoço estava bom), o espírito Natalício dilui-se novamente, desta vez por uma boa causa: o Natal é sempre que o Homem quiser..e festas ao som dos 80’s há poucas….ficou no ar novo almoço ajantarado de Natal…aiai (valha-me a Santa) vamos ver…

3º) Almoço marcado em restaurante vegetariano (até não era mau, mas nada o meu género), meninas a rigor e pontuais (um esforço neste dia). Chegou o “grande” almoço com as colegas de trabalho, algo planeado e re-planeado, são designados vários assuntos tabu (tudo relacionado com trabalho, claro) e não se cumpriu como é obvio…uma grande seca de pareceres bem e outras merdas sem assunto, mas como em todos os almoços/ jantares das “firmas” o pessoal revela-se e como o contexto é informal vale tudo. Não tenho paciência, não tinha paciência e parece-me que não vou voltar a ter. Estive presente por pressão de pares e porque já me começa a aborrecer esta história do “opá és sempre a anti-social, nunca partilhas nada connosco” (pudera gajas histéricas que andam um ano inteiro a conter-se até ao jantar de Natal e eu é que sou a assertiva ?!?)
O mais estranho é que as relações laborais são suficientemente boas, o pessoal respeita as opiniões e personalidades umas das outras (nas costas dos outros vês as tuas) e só me refiro a isto porque novamente o Natal foi esquecido, as conversas foram trabalho (porque não há mais nada em comum) e eu aborreci-me de morte e…sai assim que acabei de almoçar e fui…trabalhar (hoje o dia era de folga supostamente).
Em quantas empresas isto acontece, e com ambientes de trabalho podres e chega esta altura do ano e somos todos bonzinhos, simpaticozinhos e outros “inhos” para os quais não tenho paciência. Trocam-se de má vontade uns presentes (que fiquei a saber tem um valor pré-acordado, aqui gosta-se 10 euros, ali 5 euros?!?) fica-se desiludido pela trapice que se ganhou e que não se sabe onde pôr e não se comemora o Natal em altura nenhuma, porque o dar e receber é “aquilo” material que se trocou (“zangada”).
Conclusão: O Natal, na minha óptica, tornou-se num consumismo desenfreado em que a partilha e os sentimentos são medidos pelo valor do presente oferecido/recebido. Os miúdos (e graúdos) são criados nesta lógica “se gostas de mim dás-me…”, os média, o comércio tudo apela a consumir, consumir, consumir, somos bombardeados com esta informação (dá para pagar até 96 meses, não hesite!!), já não gosto do Natal, este ano vou erradica-lo nesses moldes, fico apenas com as decorações (gosto das luzes e cor e musicas..eheheeh) e com a mesa farta, reunindo bons comensais, conversa da boa, risos, sorrisos e sinceridade….O Natal consumista apenas deixa mais só quem realmente está só.
Pelo menos nos meus almoços-ajantarados – pequeno-almoçados sei qual o espírito (e não é preciso ser Natal para o espírito surgir..ehehehehehe), sei que os maiores presentes que se podem trocar são as nossas presenças, que são gratuitas e sinceras…”Pó Natal o meu presente, quero que seja…”

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Primeiro balanço de 2008

São inúmeros os dias que dou comigo a pensar em pensamento contrafactual…e se… e se … e se ??...o mais estranho é que tenho a inteligência e a clareza de saber (no racional) e perceber (nas emoções) que tudo tem um objectivo e se não o tem, nada mais é que uma lição de vida, que no amanhã me tornará uma pessoa melhor e mais sábia, no entanto como qualquer mortal (vulgo mulher) vivo com as emoções, sempre a querer o melhor dos outros e a acreditar que eles o têm…eheheheheheheheheh…mas na minha introspecção, concluo igualmente que são os outros que perdem ao perderem a minha companhia. Parece presunçoso e egocêntrico? Mas não, não é…como qualquer ser único, o que sou, apenas eu poderei transmitir e oferecer com qualidade original …no meio de todo este delírio conclui igualmente que chegar aqui foi um grande processo de evolução e auto-conhecimento, para não mencionar todo o sofrimento envolvido que não foi mais que aprendizagens e reconhecimento de todas as minhas qualidades e pontos fortes (que ainda são muitos, felizmente..eheheh), o que quer dizer que: percebi que preciso passar mais tempo neste planeta, apesar de cada vez gostar menos dele…O tempo que é intemporal quando se está em processo de aprendizagem, ensinou-me igualmente, que no fim o que conta são os nossos valores e o uso que deles fazemos, quais os mais importantes e somente, quando os aplicamos a nós próprios (inconscientemente), podemos aplica-los e exigi-los aos outros ...não sei se já estou nesse patamar mas sei que cada vez me aproximo mais do mesmo...sou coerente, justa e leal...característica que considero a primeira emenda de um processo de vida....não com certezas absolutas, porque essas espero nunca as ter (seria sinal que tinha desistido de viver) mas com alguma convicção posso afirmar que sei quem sou, de onde venho e para onde vou...o caminho não é rígido nem estático mas é um objectivo major e...esse caminho quer dividi-lo com iguais, que caminhando lado a lado entram numa estrada equitativa pautada por inúmeras diferenças que mais não são do que semelhanças construtivas num projecto de vida...Sigo a minha viagem, tranquilamente, no Aqui e Agora...Amanhã... o Amanhã será outro dia...


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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

**Suspiro**

"Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou" (In Rio das Flores, cit. op. Tavares, Miguel, S.)

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Se não fosse tão triste seria hilariante...

Se não fosse tão triste seria hilariante e bajulador.
Ele apareceu, como sempre, num período em que me encontro em crise. Há anos que é assim, sabe sempre o que se passa comigo, onde estou, o que faço, como estou. Não sei porque o faz, não precisa disso (de mim), nunca precisou…mas também nunca me deixou, fui eu que nos deixei e também não foi por ausência de paixão, mas sim por diferenças irreconciliáveis.ehehehehe…Se não fosse um “ladies man” vulgo bardajão, arriscava-me a afirmar que sou a “pedra no seu sapato” mas nesta fase não tenho capacidade para acreditar em sentimentos de pessoas inconstantes. Mas enche-me o ego, algo que me faz falta neste momento. Um dia disse-me: “vamos ser amantes toda a vida, não consigo viver contigo…mas ainda é pior sem ti”, na altura concordei, mas depois já não se inseria nos meus objectivos de vida, ele queria viver na avenida e eu no mundo.
Estes acontecimentos e a oferta personalizada do seu colo vieram numa altura em que questiono tudo o que me rodeia, porque não entendo, não consigo entender. No entanto estaria a mentir se não disse-se que me soube bem ouvi-lo: “Estás bem? Tenho saudades tuas, tenho saudades nossas e acho que nos devíamos encontrar. Sinto a tua falta, posso voltar a telefonar-te? “ Afinal ele sempre foi o meu sapo com rasgos de cavaleiro andante que me “salva” sempre no último minuto… novamente o foi. E basta um olhar, sempre bastou um olhar entre nós…ao que parece ainda hoje é assim, o que se não fosse tão triste seria hilariante e bajulador. Eheheheheeh
A sua vida está construída e encaminhada ao lado de alguém que o ama e o merece, então qual é o meu papel? Não é uma questão de nunca me ter tido, porque já me teve e durante muito tempo (tempo a mais até). O que se passa connosco? Afinal que estranha ligação é esta que une duas pessoas que não se aguentam juntas mas continuam a fazer parte da vida uma da outra. Gosto dele com um carinho que só é possível numa amizade de anos, quero que seja feliz e esteja bem mas já não (quero) faço parte da vida dele.
Começo a achar que sou uma obsessão na sua vida, um vício talvez…que merda de mania esta de estar sempre a tentar perceber os outros, quando ninguém se esforça para me perceber, porque afinal como ele diz e tão bem: “Tu cais sempre de pé”.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Musica…musica…musica…o som do meu sorriso, das minhas lágrimas. A minha cabeça é a RFM…eheheheheeh…todos os momentos da minha vida tem uma banda sonora: se me sinto miseravelmente triste ai está Carlos Paredes, com os seus dedos prodígio a tocar a “dor da minha alma”; Se o tema é copofonia e amigos (dependendo dos mesmos) ai vamos para uma bela sevilhana ou brasileirada quiçá Tony Carreira, em todo o seu esplendor a “animar-me o cérebro” e a rasgar-me a gargalhada; A conduzir, no trabalho ou apenas quando preciso de “pôr cá para fora”, desenfreadamente toca na minha cabeça algo poderoso e velhinho, no entanto tão actual no meu coração e nas minhas palavras: ROCK…ROCK…ROCK…nu, cru, potente e cheio de sentimentos que de outra maneira não poderia reproduzir; E no entanto quando faço amor a minha cabeça “Oceano Pacífico” toca baixinho e apaixonadamente “Unbreake my heart” versão Ill Divo, claro está ;)
Como é possível viver sem música, um “radio-cassete” que fale melhor que eu, o que as minhas palavras não conseguem traduzir, às vezes nem sair….todos nós associamos músicas, a sítios, situações mas principalmente a pessoas…a estados partilhados de alma – positivos ou negativos – momentos que ficam e serão recordados de cada vez que passar no rádio, na discoteca…ou apenas na memória a musica que “fala” melhor que nós e tem o dom de nos pôr a sorrir ou “rasos de água” :(
E é neste momento “cabeça RFM” que me encontro, vou deixar aqui o “som cerebral” que todo o dia me tem acompanhado – mesmo com o rádio a tocar outras histórias e outras memórias ;)
Keep you in the dark
You know they all pretend.
Keep you in the darkAnd so it all began...
Send in your skeletons
Sing as their bones go marching in... Again
They need you buried deep
The secrets that you keep are at the ready
Are you ready?
I'm finished making sense
Done pleading ignorance
That whole defense
Spinning infinity, boy
The wheel is spinning me
It's never-ending, never-ending
Same old story
What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?
What if I say I'm not like the others?
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?
.......
I'm the voice inside your head
You refuse to hear
I'm the face that you have to face
Mirrored in your stare
I'm what's left, I'm what's right
I'm the enemy
I'm the hand that will take you down
Bring you to your knees
........
What if I say I'm not like the others?
(Keep you in the dark)
What if I say I'm not just another one of your plays
You're the pretender
What if I say I will never surrender?
So who are you?
Yeah, who are you?
Yeah, who are you?
É mesmo isto: FUCK, Who the hell are you?
A minha "cabeça RFM", hoje está num bom dia...gosto disto.

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domingo, 14 de dezembro de 2008

Acredito

A coisa mais difícil é encontrarmo-nos a nós próprios...e só a partir daí podemos amar, confiar respeitar o outro...porque já o fizemos a nós...Valerá a pena a dor, do k se tenta ignorar?????
A satisfação dos insatisfeitos passa por uma busca de um bem maior, um desejo que é sonho e amanhã o real...em cada madrugada, em cada gota de orvalho vem a certeza de se estar um pouco mais perto e é essa certeza que faz do amanha um dia melhor...creio nesse amanha, que a satisfação dos insatisfeitos é possível porque é essa procura que os mantém vivos...procura-se sabese-se lá o quê e acha-se algo que permite continuar a procurar e no fim conquista-se o que se ACREDITOU que é um tudo desejado na ignorância do que se procurava

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sábado, 13 de dezembro de 2008

"que estranha forma de vida"

O dia hoje não está a ser fácil…”que estranha forma de vida”, olho - mas pelos vistos não vejo, sei o que quero, apenas não sei como chegar…”não se ama alguém que não ouve a mesma canção…”, então e o que se faz quando se ama alguém que ouve a mesma canção, apenas num volume diferente? Como se abandona um sentimento contrario ao verbalizado? Como se supera um “i don’t love you, like i did yesterday”…é verdade: para gostar tem de ser dois a querer o mesmo, mas tal como não se sabe porque se gosta - gosta-se e pronto…também deixa de se gostar e pronto…”life goes on” e amanhã é um novo dia que temos de atravessar. As mulheres resolvidas refugiam-se na sua inteligência: racionalizam-se as emoções, bebe-se café com aquela amiga que não se via há muito, marcam-se fins-de-semana “girls just wanna have fun” e em períodos que ninguém esta disponível, travam-se verdadeiras maratonas de trabalho, aumenta-se o currículo com algumas formações e workshops e percebe-se que somos mesmo boas nisto de lamber feridas…a partir daquele dia “here i go again on my own, going down the only road i’ve ever known, like a drifter i was born to walk alone” e torna-se bordão que nos acompanha ininterruptamente, o cavalo de batalha, a espada do samurai…e no meio de todo este delírio nos pequenos momentos que nos permitimos pensar tudo o que nos ocorre é “How I wish you were here We’re just two lost souls…” .O tempo vai passando e a palavra DOMINA-TE, CONTROLA-TE, torna-se intrínseca à alma e chega um dia que não temos nada a controlar, já nem sabemos porque choramos, porque nos isolamos, nem de quem estamos à espera. Viagem morosa, com inúmeras baixas, com dias cinzentos mas com tantos outros dias em que o sol foi o maior aliado.Como é possível querermos todos o mesmo e estarmos tão desencontrados, há dias mais fáceis que outros, o de hoje não esta a ser fácil…não esta a ser fácil? Já nem sei porquê, se sofro ou é processo de habituação…o que eu queria mesmo era uma gargalhada, vinda do âmago…ou apenas vinda de mim.

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