Ano Novo - Abril mês de mim
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Uma semana estranha e alucinada. Passou tão depressa, que passou por mim. Senti-a na pele. Ainda a tenho.
Não sei se é a crise, se são as pessoas, se sou eu. Que é o mais provável.
Numa altura em que se comemoram os 35 anos de Abril parece-me apenas protocolo. Os árabes exigem a retirada da história da segunda guerra mundial dos manuais escolares e a Europa obedece. As alegações dos árabes são a previsão que o General Eisenhower fez há 60 anos: O Holocausto não existiu.
Temos um professor de ensino básico que molestou alunas de uma turma de 22 e quando confrontado apenas alegou: "Gosto de as sentar no meu colo, são tão queridas".
Sócrates processou a TVI por difamação no caso Freeport porque "é uma cabala" para o destruir (isto vindo do homem que se licenciou a um domingo na Universidade Independente); a namorada despediu-se porque não se "enquadra" na TVI24; o José Eduardo Moniz processa o Sócrates por repressão na liberdade de imprensa e afirma que Cancio foi "um erro de casting"...Vão estrear mais algumas novelas mas a Rita Pereira cortou um braço num restaurante e desmaiou (não percebi a relevância nacional mas se deu no telejornal das 21h deve ser importante).
A UEFA preocupa-se com os cânticos racistas das claques (que são mais xenofabos que racistas) e penaliza os adeptos. A AutoEuropa reabriu mas não tem encomendas suficientes do novo mono volume que permita pagar aos trabalhadores, a Salvador Caetano de Gondomar tem as linhas de montagem paradas e tem de dispensar trabalhadores. A SIC está preocupada com as corridas de toiros em Portugal e o Presidente da Câmara de Viana do Castelo não tem mais com que se preocupar no seu Município e proíbe as mesmas no seu concelho. Os pais de Maddie Mcann continuam com a sua saga e vamos na 14ª edição da choradeira e consequente angariação de fundos para achar quem nunca se perdeu. Enquanto isso, o Ocean´s Club e toda a população os culpa do termino da restauração e empreendimentos turísticos. Uma anorectica é eleita Miss Austrália, quando todo o mundo se "preocupa" com disturbios de comportamentos alimentares...E duas das minhas miúdas tentaram o suicídio, esta não saiu no jornal porque somos coerentes e chega de noticias deprimentes por esta semana.
Amanhã comemora-se o 25 de Abril de 1974, a restauração da liberdade em Portugal. Comemora-se a revolução dos cravos. Salgueiro Maia ia ficar deprimido se assisti-se ao resultado da sua intervenção. Ainda mais do que ficou no pós 25 de Abril.
Não tenho mais capacidade de pensar. Fico-me com Abril de mim...o meu está quase...vamos ver ;)
Read more...No fim, quando os dias são menos bons, as noticias não são as que esperávamos e a nossa vida não está do jeito que queremos, subir a um palco é vida, é respirar, sentir, amar e os aplausos a coroação, a medalha, o reconhecimento. Adoro senti-lo...sentir-me, transformar-me e entregar-me a uma dimensão que por horas é a minha.
MISS YOU
Passaram 9 anos que na minha pele são sentidos como 9 meses; no meu olhar são vistos como 9 dias; pelo teu cheiro em mim, apenas não te vejo há 9 horas e o gosto da tua boca na minha lembra-me que só passaram 9 minutos, apesar do meu peito gritar que apenas passaram 9 segundos.
Cumpri tudo apesar de nada pedires ou sugerires. Cumpri por mim, por minha vontade embora algures no caminho, quando precisei de força, de ver o sol e levantar-me do chão, foste tu com as tuas sábias palavras que me lembrou que havia amanhã. Recordei inúmeras vezes as tuas palavras, o que dizias e como o dizias, quando achavas que passava pela vida a brincar. Aprendi e agradeço a forma como acreditavas em mim. Sei que ainda Acreditas. Tudo o que aprendi e vivi contigo foram apenas pormenores que contribuíram para a edificação deste "todo" - o meu todo. Orgulho-me de mim, de ti.
Segui em frente. Sabes que sim. Não olho para trás quando fecho a porta. Sabias isso.
Foste Amor maior...ainda és - um amor tranquilo, seguro, certo, idealizado, sonhado...desejado. Por mim. Voltei a amar, a dar-me. Voltei a partilhar-me. Perdi e agradeço-te, porque sei que o sabes - sentis-te e sofres-te-o comigo. Respeitas-te e amparaste-me.
Agradeço em mim o sentir de ti...agradeço em ti o sentir de mim.
Não te digo um verdadeiro Adeus, nunca disse e não quero dizer. És história - a minha história. Não me despeço, não há partida em mim - de mim. Levo-te no meu caminho. A minha gaveta arrumada, trancada e selada a lacre. O meu mundo, a minha redoma. O meu mundo secreto - mundo de "nós". Construi-te em mim quando a tua vida parou, recusei apagar-te. Vens comigo. Não esqueço - será que algum dia se esquece? Será saudável esquecer?
Esquecer é querer reescrever a história - a minha história. A minha história contigo. Apagar-te seria ignorar uma cicatriz que cresceu e maturou connosco. Que bela ficou, não achas? Não a olhar seria fingir que não existis-te, que não vives-te e que não te amei - que não me amas-te - que não nos amamos e tatuamos um percurso comum em nós.
Meu querido, doce lembrança. Melhor amigo - a nada te tens negado. Sobes comigo e apanhas-me nas quedas. Transformei-te. Dei-te um novo lugar na minha vida, nossa vida. Talvez seja responsabilidade a mais mas confio em ti - sempre confiei. És Anjo da Guarda porque sei que cumpres.
Até logo...parece-me bem...as despedidas tem a distância que quisermos: 9 anos...9 dias...9 horas...9 minutos...9 segundos...ou um até já.
STILL...
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A beleza quando vivida através do olhar do outro, dos padrões ditados pelos média pode levar a erros de percepção que custam a vida. Não só a vida do interveniente como a dos que o rodeiam ou consigo se cruzam. As imagens, as fotos e restantes artigos publicitários que apelam a um ideal feminino de perfeição deviam ser penalizados e censurados, ou explicados de modo às pessoas menos seguras e com baixos níveis de auto-estima, auto-conceito e motivação perceberem que não passam de imagens manipuladas por programas informáticos.
Não é o peso que temos ou a imagem que faz com que alguém nos ame mais ou menos e se essa for a razão do amor de outrem por nós em breve se extinguirá.
A anorexia, bulimia e dismorfofobia corporal assentam as suas bases em padrões estereotipados de beleza com os quais somos bombardeados diariamente. Ditam modos de vida e gastos, não só monetários como emocionais. Exigem que as pessoas se sintam desconfortáveis na sua própria pele e criam adolescentes deprimidos pela ausência (?!?) de uma beleza "Morangos com Açúcar", que irão dar origem a adultos insatisfeitos e fóbicos com a idade cronológica e a idade que ambicionam passar.
Desmistifique-se que os homens preferem mulheres "cadáveres", sem celulite, sem pêlos e sempre com ar Elle Macpherson, bonecas vazias, desprovidas de amor -próprio, logo incapazes de o dar também ao outro. Numa vida em sociedade é preciso mais que um ar de capa de revista, é preciso ter personalidade, ter empatia porque são essas as qualidades que precisamos para nos relacionarmos com os outros. A beleza física e a perfeição física podem ser facilitadoras de aproximação com o outro, mas no convívio passa para 2º plano, NÃO é a razão pela qual se está com alguém...será apenas o bonús que acompanha quem se ama.
Se a magreza e a beleza são sinónimos de sucesso e amor incondicional porque é que as grandes actrizes de Hollywwod também são abandonadas e se divorciam, se deprimem e tentam suicidar...há mais para além da beleza fisica, essa é efémera e como dizia a minha avó: Quem o feio ama, bonito lhe parece.
"Abril é o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias.
O seu nome deriva do Latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. É por esta razão que surgiu a crença de que os amores nascidos em Abril são para sempre. Outra versão é que se relaciona com Afrodite, nome grego da deusa Vênus, que teria nascido de uma espuma do mar que, em grego antigo, se dizia "abril" ." (Wikipédia)
(...)
(...)
Read more...ABRIL
Como qualquer Lagarto que se preze sou apaixonada pelo deserto. Fascina-me, faz-me voar e acreditar em luas mágicas, estrelas que guiam homens até ao sonho. Acredito em justiceiros do deserto e nas suas aventuras. Se o mar me fascina pela imensidão, o deserto leva-me a viajar nas suas areias, a ter pensamentos romantizados por um qualquer Lourenço das Arábias que surge de uma tempestade de areia trazendo no coração a coragem do guerreiro e na alma a verdade de quem muitas horas passou a acompanhar-se numa travessia desejada e idealizada.
Um dia irei ao deserto, um dia terei a experiência tatuada na pele e na memória. Talvez não falte muito, talvez falte tudo. É um querer de muita vontade, é um desejo da alma, do coração e da cabeça. Um dia vou ao deserto, os sonhos que carrego são secretos e adrenergicos de tamanha vontade. Um dia vou ao deserto...contigo ou sem ti.
Crise de valores. Crises pessoais, sociais e morais.
Blood brothers, já ouvi e conheço até a exaustão. Utopia.
Sou básica até ao limite da ignorância, é tão fácil surpreenderem-me que até eu me surpreendo. Não é uma surpresa de "Ahhh..." mas uma surpresa de "foda-se isto é mais cá conta"...Enfim, não são as pessoas que nos desiludem, somos nós que nos iludimos com elas. Demasiadas expectativas sobre as mesmas e muito altas ou como diz o meu irmão mais velho: és muito exigente com os outros, queres que eles tenham os mesmo valores que tu, minha menina o teu erro é avaliares toda a gente pelas tuas acções: se nunca farias tal coisa à partida não o esperas dos outros. Nem toda a gente é assim, antes pelo contrário.Habitua-te, cresce e aprende a lidar com isso, não o sintas como "surpresa", sente-o como é isto e apenas isto: nada a esperar, nada a apontar, nada a dizer ou a modificar. As coisas são aquilo que são e não o que gostariamos que fossem. Sem expectativas não há ilusões ou desilusões, apenas pessoas.
Jantei um dia destes com alguém que me é muito querido e que tem o à vontade para me dizer tudo sem me saltar a tampa. Reafirmou-me o grande defeito que não aprecia em mim: não ver o óbvio quando as pessoas me são próximas e minimizar os defeitos que tenham. Mais uma vez fui surpreendida pelo óbvio e estranhei a minha ignorância, a minha ausência de capacidade de absorver e observar o real próximo. Também me garantiu que nunca me iria magoar ou decepcionar. Quis acreditar mas já não consigo. Vamos ver onde vou parar, se algum dia recuperarei a confiança na humanidade. Até lá sei que só posso contar comigo, na guerra e na paz, na subida e na descida, na ausência e na presença. Gosto das pessoas, algumas pessoas mas de maneira diferente, um gostar cauteloso de quem pode escorregar mas não cair.
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