quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cenas ...

Uma semana gigante que culmina comigo a dar o "berro" ... ter-me não deitado na segunda-feira veio desgraçar isto tudo, ando tipo zombie e claro que para ajudar hoje deixei-me dormir e só acordei porque tinha 8 chamadas não atendidas em ambos os telemóveis e para aí umas 12 no telefone fixo, só faltou a vizinha vir bater à porta, pois pelo que dizem a chinfrineira foi infernal. escolhi uma semana fantástica para a parvoíce, ou seja, nos 2 dias que não trabalhei pós laboral escolhi o "dolce faire niente", e cheia de trabalho que eu estou e nestas alturas a lei de Murphy agudiza, não é que fui mandada parar em operações STOP e em ambas concluiram o mesmo: tenho um médio fundido.
Dá direito a coima por ser perigoso para os outros condutores. FIXE!!!! precisava mesmo de mais uma cena para gastar dinheiro. E Foda-se fiquei toda chateada porque não percebo que merda fazem nas revisões dos 90 000km, sinceramente, não viram o óleo, a água, as pastilhas de travão, a pressão dos pneus e pelos vistos nem as putas das luzes - alguém me explica no que é que gastei 250€? e porque é que essas coisinhas não fazem parte das revisões, não é preciso nenhum doutoramento, nem ser um génio para saber que como gaja não faço a mais pálida ideia de como se faz tudo o que descrevo anteriormente, porque se fizesse não gastava  dinheiro que não tenho,certo ?!?

E preciso de uma melhor explicação do que "foste papada!"


Nota 1: apesar da igualdade de genero, de oportunidades e blé blé blé ... eu não me enquadro assim nesse tipo de igualdade equitativa: cada macaco no seu galho ...

Nota 2: o sono é directamente proporcional ao consumo de tabaco e café ... acredito que também se verifique com outras substâncias mas estou abstémica.

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7 Semanas.

"Há vários meses que ia todos os dias aquela esplanada, era simpática, arejada, com gente gira e isso fazia-a trabalhar com uma outra disposição. Nunca havia reparado que ali ao lado, havia um alguém que passara a frequentar mais que o habitual aquele espaço. Todos os dias estava uma mesa mais próximo. Já o olhara mas nunca o tinha realmente visto. O mundo é curioso e de quando em vez mostra-nos que não controlamos nada, não antecipamos e não podemos prever, somos grãos de areia a tentar encontrar o par num imenso deserto. Naquela manhã, que se adivinhava solarenga, a esplanada estava cheia, ele chegou e vendo os seus intuitos defraudados, num golpe de coragem, arriscou: posso sentar-me por um instante, não há lugar e é apenas para beber um café. Prometo-lhe que não incomodo.
Ela acedeu.
A conversa banal sobre o estado do tempo e da falta de lugar foi evoluindo, passaram para gostos, feitios, desejos e outras similaridades. Um gesto de simpatia, uma vontade escondida e uma forte empatia, alargaram a conversa do pequeno-almoço até um simpático jantar. Não queria acreditar, não podia sequer fazê-lo: aquele desconhecido povoava-lhe os pensamentos levando-a a corar, gerava um baile de borboletas no seu estômago e brilhava ,qual espelho, nas suas retinas. Assustou-se quando percebeu que lhe apetecia vê-lo, largaria tudo para estar na sua presença e assustou-se mais ainda quando se permitiu perceber que havia combinado passar o dia seguinte com um perfeito estranho. Dia inesquecivel -  ainda não tinha terminado e já sentia a sua falta - agora queria mais: imaginava sentir a sua pele, o seu hálito, queria senti-lo por inteiro. esta sensação era aterradora mas excitante: sentia-se viva. As horas juntos eram curtas e os dias sentidos como anos. Arrastaram-se naquela espiral de sentimentos, emoções e corpos como se o mundo estivesse no seu término e apenas eles existissem - disse que estava apaixonada, amor à primeira vista, a outra face da mesma moeda. Ele assentiu e propos-lhe mais um salto de Fé. Ela aceitou saltar do precipicio com ele. terminou a sua relação, apresentou-o aos filhos, familia, e deconhecidos: gritou-o ao mundo. Ele acompanhou dando os mesmos passos. Mudaram-se para uma casa conjunta e casaram no imediato. Foram sete semanas, apenas isso, uma eternidade decorrida entre o primeiro encontro por casualidade e uma vida a dois cheia de projectos, sonhos partlhados.
Hoje, decorrido menos de um ano, aguardam a saída do divórcio.
Bastaram sete semanas para transformarem as suas vidas em 180º e sete meses para sentirem o peso da vida real - a falta de vontade dele para trabalhar, o esforço sobrehumano dela para manter o orçamento positivo. Nenhum quer alterar a sua forma de ser e de estar, e o amor nascido de um vulcão, essa paixão fogosa e alimentadora nascida de um olhar e de um estar, mantem-se presa numa chama que arde num pavio demasiado curto.
Não sabe o que lhe dói mais, se sentir a impotência da falha ou de ter de acabar com uma vida inteira vivida neste espaço de tempo. Sabe apenas que não voltaria atrás, sabe apenas que naquelas sete semanas descobriu e fez parte de uma vida que até então afirmara ser apenas de filme. Não são os sentimentos que ditam o rumo desta comédia romãntica mas sim o dramatismo de uma vida real em que o material destrói o emocional. Trocava toda a sua vida por aquelas sete semanas mas por agora sabe que é hora de voltar ao mundo real."

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

A lembrar ...

L.K., se um dia fores portadora de obesidade lembra-te de  NUNCA mas NUNCA:

- usares cortinados por cima de naprons e pareceres um rolo de carne enrolado em massa folhada;
- usares camisolas que são o número de uma pessoa pequena com soutiens de anorectica de alças grossas;
- usares calças "à pirata" com túnicas de riscas horizontais e pareceres uma tenda de campismo;
- vestires um trikini e pareceres um paio alentejano que ainda não viu fumeiro;

e NUNCA mas NUNCA vestires mini-mini saias que empinam no cu e vê-se os refegos das pernas.


E caso te esqueças não saias à rua. Por favor, isso não é auto-estima, é apenas ridiculo e mau, muito mau.

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Cenas ...

Não curti a tua postura de ontem, primeiro porque questionaste a veracidade do que te contei e segundo porque senti que desvalorizavas o que dizia e os intervenientes.
Lamento que assim seja até porque nem eu sei mas foi uma postura um bocado merdosa, o que lamentavelmente, originará um mutismo selectivo.
Fiquei triste porque percebi que nem houve o beneficio da dúvida. Senti-me desapoiada.

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Ele há noites que são dias muita compridos.

Começaram as festas populares à volta da minha terra. tenho um problema grave com as mesmas. "Gasto-me" no primeiro dia e depois já não lhes acho piada porque estou estoirada. (as festas só começam na quinta-feira, isto foi um jogo amigável).
Ainda não me deitei, finjo uma atenção que não tenho para camuflar uma desconcentração profunda: apesar de ter os olhos abertos os meus neurónios gritam por paz e descanso. Hoje é um dia longo, vou trabalhar até às 23h, estou fodida!

Não ingeri uma gotinha de álcool, porque  alface não sabe nadar ... mas fumei pelos próximos 50 anos ... e vesti-me de vermelho da cabeça aos pés, nem sei porquê. Há luz de Freud são os instintos de morte, as pulsões agressivas: concordo em absoluto. Eu com a birra do sono torno-me bélica e impaciente. Estou. Os meus colegas de trabalho são uns intrometidos e hoje sou a piada: "Então isso é tudo apoio à selecção?"

E então? isso é tudo codrilhice ou apenas conversa de merda?

Como se não bastasse a privação de sono dá-me uma fome do caraças!

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(Des)conversa 58

Numa Pizzaria:

Ele - Vou comer lasanha e tu?
Eu - Quero uma salada masa sem tomate e sem molhos, sff.
Ele - Uma salada? Estás outra vez a deixar de comer?
Eu - Não, disparate, está calor e apetece-me uma coisa fresca.
Ele - Olha, então ficas já a saber que se emagreces mais não volto a sair contigo. Detesto quando as pessoas tem um ar que gosto e depois engordam ou emagrecem e ficam sem jeito nenhum.

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Devaneio

"Admito-me que anui à coisa devido a uma promessa que me fiz, que à última hora estive para recuar por "não me apetecer apanhar seca e ser tão mais confortável ficar no sofá". Sou obrigada a rir-me de mim mesma quando me apercebo que não me deixas levar a minha avante e me confrontas, e mais inteligente -  contornas. Fico aflita quando percebo a contradição do que penso que quero e me faria bem (?!?), das vezes que afirmo com uma convicção convicta: "o que preciso é de um homem seguro que saiba tomar decisões, seja coerente e não me deixe levar sempre a minha avante, que me saiba dar a volta deixando-me  a rir de mim própria" - mas quando o fazes elevas-me à loucura e isso faz-me pensar-te e sentir-te perigoso.
És um amigo, dos mais antigos, sinceramente sempre te achei obstinado, teimoso e de vistas curtas, curiosamente, nos últimos tempos sinto-me bem contigo, gosto de te ouvir e há imenso tempo que uma noite em claro não me deixava tão leve e com energia para trabalhar. Tinha saudades de me rir, não só de ti e dos teus disparates mas das coisas que dizes e como dizes: realmente a tua história só me lembra o Peninha (sobrinho do Tio Patinhas). Sei que a amizade não se entende, respeita-se, já me disseste um milhão de vezes que tens as "portas fechadas", sinto-o e sei que não mentes. Também sei que esse teu feitio, essa maneira embirrante de ser a determinada altura chateia-me e nessas alturas apelidas-me de pouco tolerante e chamas-me mimada e amuo, certificando assim tudo o que disseste. Acho graça e a nossa amizade faz-me pensar, pois o último amuo durou 6 meses, que estipulei e cumpri e tu no fim desse tempo apareces-me como se ainda ontem tivéssemos falado. Começo a suspeitar que me aborreces deliberadamente, que dizes essas cenas quando estás cansado de mim e queres embarcar em aventuras que não me contas, dessa forma, nunca és tu que te afastas, sou eu que amuo.
Sabes demasiado de mim, conhecemo-nos há anos imemoráveis e sempre tivemos uma cumplicidade engraçada. Sei demasiado de ti e há coisas que me incomodam. És das poucas pessoas com quem não faço cerimónia, a quem posso convidar para jantar às 3 da tarde e ligar às 6h a desmarcar porque não  me apetece fazer nada muito menos comida - ris-te.
Ontem quando foste embora, curiosamente, vi-te de uma maneira diferente, como nunca tinha visto, achei-te até, atrevo-me a verbalizar, "engraçado do tipo lavadinho". Tive ganas. Assustei-me. Fiquei em pânico: há coisas que não podem ser misturadas e nunca as misturei. Deixei-te ir e não me parece que hoje vá ver a bola. Nem nos tempos mais próximos." 

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

coisas ...

Ele há pessoas tão invejosas mas tão invejosas que quando alguém diz que lhe doi um dente, arranjam maneira de lhes doer dois.

Ele há pessoas tão apaixonadas mas tão apaixonadas que a respiração é umbilical, a transpiração simbiótica e a mente fusional. O resto do mundo está errado e doa a quem doer eles podem tudo porque é o estado da paixão.

Ele há pessoas que são excelentes a clivar as suas falhas e imperfeições mas com hipermnesia para os outros.

Ele há pessoas que  descobrem como ser simpáticas e amigáveis de cada vez que precisam de algo de nós, até passamos a existir.

Ele há pessoas excepcionais, presentes e atentas sempre que concordamos com elas, quando deixamos de o fazer passam a distantes e desatentas.

Ele há pessoas que dotam os outros de poder e de uma importância extrema e tudo o que lhes acontece é por culpa desses outros.

Ele há pessoas que nos elogiam sem esperar nada em troca para além da reciprocidade do elogio.

Ele há pessoas abençoadas com a perfeição que sabem tudo sobre tudo.
Ele há pessoas que nasceram muito ocupadas, cresceram muito ocupadas e mantem-se muito ocupadas. Mantem a capacidade de nada fazer e deixar sempre para amanhã o que podiam fazer hoje.

Ele há pessoas que nunca podem esperar seja pelo que for ou onde for por isso fazem os outros esperar.

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terça-feira, 19 de junho de 2012

(Des)conversa 57


No meu local de trabalho há 2 meses:



Ela - Bom Dia! Está mais gordinha já se nota o pneuzinho nas calças ... eheheheh
Eu (rindo por fora mas dizendo por dentro: *#$%! ) - Estou um pouco, sim (?!?)
Ela - pois já se nota bem


No meu local de trabalho há 2 horas:




Ela - Está doente?
Eu - Não (?!?) Porquê?
Ela (a duvidar) - É que está mais magra e parece que está com cara de doente
Eu (já impaciente) - Mas não estou doente. Obrigada por perguntar
Ela (voz de certeza certa) - Olhe, então estar mais magra "nan" lhe fica nada bem, fica melhor mais roliça, parece mais saudável.









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(Des)convera 56

Ela - O que é que achas de uma mulher de 40 anos namorar um homem de 20?
Eu - Não acho nada, é o mesmo que um homem de 40 namorar uma rapariga de 20.
Ela - mas não te parece invulgar?
Eu - Não. Conheço vários casais assim e alguns com filhos.
Ela - Então andavas com um homem de 25 anos?
Eu - Pensado a seco, não.
Ela - Porquê? Achas-te velha para ele, é.
Eu - Não, acho-o novo para mim.
Ela - Ah! Então queres dizer que o meu namorado é novo de mais para mim e que não vai resultar, é isso?

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

As coisas que eu descubro


Sou invisível. Tenho a certeza!

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Futilidades ...

trancas à boca ... as calças servem-me, ainda não folgadas mas vai lá ...

passei o fim de semana "trancada" a actualizar o trabalho que devia ter feito na passada semana ... e cá com uma embocadura .... só me apetece gin tónico ...

Fui ver "o Portugal" a casa de uns amigos, adorei porque adoro amigas "fadas", é uma querida, tudo limpinho, arrumadissímo, roupinha lavadissíma e passadissíma, comidinha caseira e ainda há vontade para fazer um docinho todos os dias. Aquele orgulho no receber em que as visitas nada tem de fazer porque há gosto e esmero. Quase que tenho inveja, pois disseram-me que eram coisas que vinham com  a idade e das duas uma: ou ainda não "cheguei à idade" ou sou imune.

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sábado, 16 de junho de 2012

Gosto Disto ...





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(Des)conversa 55

V (zangada) - Só há uma coisa pior que ser gorda, é ser gorda e com pelos.
Eu - mas as magras também tem pelos.
V - Pois, mas a elas fica-lhes bem ... a elas tudo lhes fica bem!

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quais as probabilidades ...

... de ter de fazer e entregar 55 relatórios até amanhã (mas que pedi adiamento para quarta-feira) e chegar a casa e dar uma de fada do lar como se não houvesse amanhã, as coisas que faço para não ter de fazer outras que ainda me apetecem menos (a teoria da minha querida mãe: "Impressiona-me como consegues rapidamente substituir uma coisa que não te apetece fazer por outra que também não te apetece fazer") - Mãe do meu coração - até eu me impressiono a mim própria!

Acho que hoje vou passar a ferro a minha roupa e ver se alguns vizinhos também precisam ...

(suspiro)

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Quais as probabilidades ...

... de ir à casa de banho, a única disponível ser a dos deficientes e ao sair puxo uma corda, que julgo o interruptor, apaga-se a luz, a casa de banho começa  apitar, a campainha da escola a tocar a rebate e toda a gente a correr para o exterior. Cheguei à sala e percebi que o PC se tinha desligado e que eu NÃO tinha gravado os relatórios, agarram-me por um braço e começam a gritar "Fuja, Fuja ... depressa, corra que é fogo ... quem é que puxou o alarme da casa de banho?" e eu só conseguia pensar se seria o fio vermelho que tinha despoletado todo aquele aparato ... lá fui buscar a pen não fosse o fogo rebentar-me com o resto dos relatórios e sai para o pátio exactamente na hora em que se largou a chover. Cruzei-me com uma turma em que a Profª fazia a chamada porque se havia esquecido de manhã, vi encarregados d educação a correrem desalmadamente, a policia, os bombeiros atarefadissímos e os putos mais velhos a tentarem bazar da escola e eu que só pensava: "foda-se! um fiozinho vermelho faz isto tudo? Devia ter trazido o tabaco ... ai como me apetece fumar um cigarro ... está a chover para caralho e estamos vestidos até às orelhas a fazer uma ... simulação de fogo".

Ora aí está uma manhã de produtividade: a Lei de Murphy é a puta da loucura!

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(Des)conversa 54

Eu - Olá. Veio falar comigo?
M. - Por acaso não, estou mal da barriga e vim a esta casa de banho porque lá em cima as colegas estão sempre ao telefone e ao computador dentro da casa de banho e eu não me sinto à vontade.

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(Des)conversa 53

Ela - Voltei para casa com os miúdos.
Eu - Fizeram as pazes?
Ela - Ele fez, eu não ... mas era isso ou arranjar outro trabalho.

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terça-feira, 12 de junho de 2012

Divagando ... 12

Um fim de semana porreiro, arrisco até a dizer que muito Feliz ... alimentem-me a falha narcísica e transformo-me. Há imenso tempo que não gravava e já me tinha esquecido como tantas horas à seca são divertidas ... quando os outros estão no mesmo comprimento de onda que tu: sem vedetismos.

Estar em palco é o meu exorcismo, já o disse aqui e não me canso de repetir, é o meu psicodrama ... parece que a idade também me deu um savoir faire que fica na retina de quem vê ... foram as criticas. O meu vestido era horroroso, parece que estava na selva mas era publicidade e até nisso, dizem as más línguas, estou crescida: consegui divertir-me e mostrá-lo sem me fixar que detestava o que tinha vestido.

Não te digo porque és um estúpido convencido e isso iria virar-se contra mim mas admito que me diverti, gostei de estar contigo e de falar contigo. Pela primeira vez conseguiste estar horas comigo sem me aborreceres. Foste um Senhor, nem falaste no meu amuo e no fim do mesmo ... Também estás crescido? Ou é só até à próxima?

Gostei daquele aparte de me contares que a tua ex, era uma excelente dona de casa, que fazia maravilhas com o pano do pó e que dava para comer no chão (?!?) e gostei ainda mais quando me perguntas-te se eu também era obcecada pela casa e pelas tarefas domésticas ... foi muito engraçado mas não estou assim tão mudada, mentiria se dissesse que adoro limpezas e arrumações, aproveitando todos os tempos livres e também mentia se te dissesse que ela fez bem em despedir a mulher a dias ... continuo sem te perceber ... talvez não seja para perceber.

No domingo perguntaram-me porque é que tinha deixado de cantar ... já nem me lembrava que era meu hábito andar sempre a trautear uma qualquer coisa. Não sei cantar, nunca foi ambição saber ou concorrer ao Ídolos ou similares mas acho que era sinal de despreocupação e até de bem estar. Às vezes esqueço-me de quem sou ou de quem um dia fui ... estou cheia de nada.

Perguntaste-me "então que andas a fazer? que tens feito?" - nesse momento tive consciência de que não ando a fazer nada e nada tenho para contar. Não se passa nada na minha vida, é assim um grande vazio cheio de uma rotina que há muito deixei de pensar. Vivo passo a passo, um dia de cada vez e sem planos de futuro porque neste momento nem sei se amanhã tenho um prato de sopa. Sim, é isto que se passa na minha vida: sou refém de nada mas preciso deste nada para sobreviver. Há muito tempo que não vivo e se há dias que sinto ganas de partir e ~nunca mais olhar para trás outros há que me conformei que não consigo, não sou mais do que isto e se é o meu Carma, tenho de o aceitar e viver com ele o melhor que consigo. Usufruir do que tenho até mesmo quando não tenho. Não me lamento já percebi que não adianta, não me resigno ou rendo - aceito, sinto ser a maneira menos dolorosa ... não se passa nada, por muito que quisesse dar a ideia de uma vida venturosa e interessante, ela não existe - acho que sou invisível - porque me sinto assim.

Assumo que não me tens saído da cabeça. Assumo que fiquei com água na boca e queria que me dedicasses mais tempo. Assumo que tenho vontade de voltar a sair contigo. Assumo que és muito errado, em tudo. Assumo que me aborrece essa secura, essa ausência de romantismo, de atenção e de mimos mas gosto que tomes a iniciativa, que tentes resolver. Assumo que não gosto que te lamentes, sobre carregas-me. Assumo que não volto a dizer-te nada. Defendo-me. Fui.

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Divagando ... 11

Nada posso fazer para aliviar essa tristeza. Os fins são dolorosos e desesperançosos mas também a oportunidade de novos inícios, sejam eles quais forem. Vocês são excelentes e admiro-as - o mais importante.
Gostaria de ter outras tantas certezas como a convicção que tenho neste meu lado lunar - é paixão e prazer.
Mal-direccionado - para variar.

Talvez tenhas razão e eu esteja sempre em fuga. As fugas para a frente são fáceis, continua-se ininterruptamente e nunca se olha para trás ou para os lados. Acho sinceramente que vai correr tudo bem e aconteça o que acontecer, pelo menos tentaste.

Não acredito quando me dizes que estou novamente a ficar "escanzelada", sei que tens apreço por mim e julgas ser o melhor mas és como a minha mãe - dizem sempre algo para me fazer sentir bem. Vale pela tentativa mas tenho olhos na cara e mais importante: espelhos.
Não me valorizo ou defino pelo fisíco mas quando deixo de estar confortável na roupa é sinal de alerta - e sim - não estou a conseguir dominar-me mas sempre disse que não nasci para anoréctica - falta-me a disciplina obsessiva-compulsiva.
Mais uma ...

Ando bem disposta. Gosto de palco.



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terça-feira, 5 de junho de 2012

Divagando ... 10

Voltei a sonhar de mais, não são insónias é um sono agitado que me faz levantar com a sensação de ter sido atropelada por um comboio. Normalmente sou assolada por sonhos perturbadores, que atribuo à elaboração da ansiedade mas desta vez mais que perturbadores, posso mesmo classificá-los como pesadelos e nada simpáticos.

Estive a fazer um workshop sobre Drogas  e dirigida a encarregados de educação e conclui que realmente os putos são normais, tendo em consideração os pais. Alguns pais concluíram que uma forma eficaz de prevenção é os professores mudarem a sua conduta (?!?) a sugestão foi: os professores não deviam fumar, não deviam beber café e não deviam engravidar pois é suscitar a curiosidade dos alunos e levá-los a adoptar os mesmos comportamentos (?!?) Felizmente um dos encarregados de educação contrapôs questionando qual é então o papel dos pais. Pergunto-me o mesmo várias vezes ao dia.

Não sei o que vai ser a minha vida e após um momento de dramatismo, pânico e loucura total, entrei em estado catatónico. Não consigo pensar nem mais um segundo.

O respeito é uma gira e chega a certa altura que nem sei muito bem o que é que o mesmo significa mas sinto que a definição correcta é: faço aos outros o que não quero que me façam a mim e caso aconteça alguém vai pagar. Queixam-se dos putos, da falta de limites, hierarquias, blá blá blá, respeito, no meu tempo, blá blá blá ... "bardamerda!" reclamam, reclamam mas são os adultos que entram disparados na minha sala sem bater à porta e interrompem os putos para coisas de merda e ainda se queixam que os putos deviam ter abalado que não tiveram respeito e blá blá blá ... cansada de tanta hipocrisia e tantos direitos e nenhum dever. Não sou perfeita (Graças a Deus) mas também não ando para aí apregoar que "no meu tempo blá blá blá" é que era ... não lhes faço o que não lhes admito a miúdos ou graúdos: a minha definição de respeito.

A primavera dá cabo das pessoas e de mim também mas num processo de auto-destruição  e lamurias sobre a minha incompetência e falta de visão para determinadas temáticas. Já nem eu me aguento ou tenho paciência para me aturar e depois consumo-me com o trabalho, não porque esteja "armadona em boa" mas porque é o meu núcleo obsessivo/ compulsivo e sinto sempre que consigo mais e melhor nessa área ... já sei, já sei: serve para diminuir a corrosão interna de áreas lacunares e mal resolvidas. Continuo à espera de "um sinal" para perceber qual é o meu problema e de preferência que "o sinal" já traga instruções - "não vejo um elefante, nem que ele me passe por cima".

Chamaram-me desconfiada, e senti que a intenção era aborrecer-me mas não surtiu o efeito desejado porque assumi que quando "a esmola é grande o pobre desconfia" - tanto elogio, tanto sorriso e tanta graxa começa a deixar-me de pé atrás: dinheiro não é porque não há e tráfico de influências ou interesses ainda menos porque não conheço ninguém importante ou semi importante: a minha "praia" é o povo - tipo eu.

Não suporto pessoas com núcleos histriónicos muito acentuados, sinceramente, envergonham-me. Não fico confortável que falem muito alto em espaço públicos, que riam histericamente e se metam nas conversas de terceiros. Pelos vistos sou púdica e tenho a mania - talvez mas para mim espectáculo só no palco que é o lugar dele.

Novamente a primavera e as "pássaras aos saltos" - adorava sofrer do fenómeno e ficar "cega, surda e muda" - piloto automático alimentado por "um fogo que arde sem se ver, uma ferida que dói sem doer" e ser capaz dos maiores actos de inconsciência - acho que nunca estive verdadeiramente apaixonada (suspiro - o meu superego matava-me antes disso acontecer - suspiro).


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Se eu conseguisse ...

... espelhava emoções
... era um animal social
... seria extrovertida
... era irresponsável
... era aventureira
... era desapegada
... era emocional
... emagrecia
... amava ginásio ou desporto
... tinha ido para a Alemanha
... dizia mais "nãos"
... dizia mais "sins"
... Acreditava mais no pessoal e menos no profissional
... aniquilava este superego castrador e mal humorado

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Se eu pudesse ...

... dormia indeterminadamente
... comia  desalmadamente
... era dondoca
... trabalhava por capricho
... viajava dentro e fora
... dava jantares todos os fins de semana
... tinha um closet só de sapatos e malas
... virava costas e desaparecia
... dava-vos o mundo ou pagava parte dele
... nunca lavava louça/ roupa
... não precisava de costelas de fada do lar

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Disseram-me ...

podes sempre tentar e não acho que o facto de nehum querer sair de sua  casa seja problemático ... é só café ou continuas com medo de mim?

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