As coisas nem sempre são o que parecem...
...com tanta reportagem e pedido de ajuda para o Haiti, não sei porquê mas senti um apelo de ajudar e que melhor ajuda do que a minha própria pessoa. Fisica e tecnicamente.
Senti que me devia envolver na causa desde o principio, devia acompanhar o seu meio e se possível, ficar até ao fim: quando a reconstrução fosse uma realidade apenas dependente de pormenores que só o humanismo de quem lá vai ficar/ habitar pode fazer, conseguir e dar.
Pela primeira vez resolvi colocar a minha vida, como até agora a conheci em stand by e aventurar-me em algo que seria mais que a reconstrução de um país e de vidas que se cruzariam com a minha: seria a minha própria reconstrução, o largar doo seguro e conhecido para algo de uma grandeza e sofrimento que apenas estando lá poderia avaliar a real dimensão. Não da tragédia mas das vidas que lá estão a co-habitar, dos que ajudam e dos que querem ser ajudados. Procurei, Médicos Sem Fronteiras, AMI...as ajudas humanitárias que considero de confiança e rapidamente percebi que as filas de voluntárias/os, com e sem, capacidades técnicas são imensas. Percebi que a ajuda humanitária no imediato são bens e dinheiro que compre esses bens. Fiquei desiludida. Não porque pensa-se em ir numa de Madre Teresa de Calcutá, ou tivesse o delírio de marcar o mundo fazendo uma diferença dantesca na resolução ou ajuda de resolução da situação, mas porque este apelo foi quase uma epifânia, foi algo que não sei explicar e se tenta-se sairia num tom que não era o que queria, porque foi simplesmente um Click...e esses sempre Acreditei que são as tais mensagens que devemos cumprir. E uma vez que não há coincidências é porque ainda não era a minha vez de ir. Não é ali que faço falta. Há-de chegar.
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