domingo, 30 de maio de 2010

O que nunca foi... jamais será!!

A vida é feita de caminhos, percursos que se vão alterando, modificando e ganhando novas rotas à medida que avançamos nos mesmos. Pelo caminho, somos acompanhados por outros caminhantes que percorrem a mesma estrada num espaço de tempo coincidente ao nosso. Apesar de viajarmos juntos, nem todos os companheiros de viagem o são realmente, alguns são apenas transeuntes que por acaso ali estão também. Mal ou bem, gostando ou não, temos de nos respeitar e tornar a convivência diária em algo, senão agradável, pelo menos suportável. E nestes "entretantos", o tempo vai passando e as pessoas vão criando, relações entre si, estabelecem-se laços de amizade, de companheirismo e alguns até de amor amoroso, mas a maioria dos laços são somente fios de seda.

A determinada altura a caminhada chega ao fim. Existe nostalgia neste terminus e por uma qualquer razão fazem-se promessas de manter contactos, em nome, de uma determinada época, de acontecimentos que forçaram essas pessoas a caminharem juntas e até na antecipação de um eventual saudosismo. Somos animais de hábitos e rotinas e tal é a necessidade das mesmas que chegamos a sentir falta de alguém de quem nunca gostamos realmente, ou de um trabalho que nos desagradou. A memória é traiçoeira e as memórias ecrã autónomas no surgimento.
A determinada altura e apenas porque sim, alguém mais saudoso de épocas passadas e momentos que na verdade nunca o foram, resolve marcar encontro, normalmente um jantar de grupo "para reviver os velhos tempos". Lá é marcada a reunião e no dia combinado todos comparecem, as expectativas caiem: mais do mesmo. Formam-se os mesmos grupos de antigamente, porque tendencialmente já éramos mais próximos dos mesmos e isto nota-se logo nos cumprimentos e nas posições à mesa. Às vezes até tenho a sensação que estas reuniões servem somente para aplanar o intimo de quem teve a ideia, para uns verem como está a vida dos outros e se emagreceram ou engordaram, se se divorciaram ou casaram...e os outros, como eu, vão apenas para estar com aquela meia dúzia com quem mantém contacto regular.
São de seda os fios que unem estas gentes, quebradiços e instáveis. Passa-se o tempo a ser cerimonioso, cauteloso e cortês, porque no fundo não há nada em comum, nada que nos ligue ou mantenha em contacto, a não ser reminiscências de um passado, que como o nome indica: passou!

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

(Des)conversa 24

Eu - Oi tudo bem? Vais ao jantar da faculdade?
Ele - Não sei. Porquê?
Eu - Para se marcar lugar, não?
Ele - Não sei sinceramente se este jantar não me empurrará para uma derrapagem alcoólica.Doze passos são grandes de se dar.Mas pronto, vou e se recair alevantem-me. Levo o meu padrinho e os meus pais.Não poderei beber sumos de lata ou derivados.Não poderei fumar cachuchos ou lá o que lhes chamam essas milícias papais.Levarei ao peito a estátua do santo papa e mais duas caixas para vos oferecer duas a cada um.Espero que compreendam e que me acompanhem com este pendor ao peito.
Eu - Foda-se A., isso é tudo deveras poético mas não guarda lugar. É de resposta simples: sim ou não?
Ele - A. se for come. Não ficas sem resposta, agora 'tou é com pressa. Mas sabes como gosto de ti e dessa tua arte rufia. Beijos e adeus!

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(Des)conversa 23

(Reencontro expôntaneo com uma colega do Liceu)

Ela - Olá, não te via há imenso tempo. Está tudo bem?
Eu - Olá. Comigo está e contigo?
Ela - Também está tudo bem. Tão simpático o bebé. É teu filho?
Eu - Não. É meu afilhado.
Ela - Pois eu vi logo, a minha já tem 7 anos, e tu com essa vida não podias ter um filho dessa idade.

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(Des)conversa 22

Eu - Então, aquela boneca é a tua nova namorada?
Ele - Não, é a amante velha do P..

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(Des)conversa 21

Ele - Tenho-me lembrado muito de ti...aliás tenho falado muito em ti.
Eu - Sério? Porquê?
Ele - Aquela história das caravelas e da ilha deserta não me sai da cabeça.
Eu - ahhhh... boa...mas quais caravelas e qual ilha?
Ele - Aquela de estar perdido na ilha deserta e das caravelas passarem e morrer por não apanhar nenhuma.
Eu - ahhhh...isso é porreiro...pena que as caravelas sejam botes salva vidas e a ilha, o telhado de uma casa submerso pelas cheias.
Ele - Foda-se! Tenho de deixar de beber!

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Há dias assim...

... uns melhores, outros piores. Parece que o mau humor é sempre mais notório que o bom humor...ou quando não há simplesmente humor. Tudo está bem, sentes-te bem. Nada assinalar, nada assinalas: sem stresses de maior, sem cenas parecidas ou aproximadas a problemas. Vives um dia de cada vez, tudo se resolve e sabes isso.

Se sabes isso, porque continuas "isso"?
Estarás a tornar-te naquilo que mais detestas? Será isso auto-comiseração? Onde te está a levar?
Cuidado!
Libertares-te não te será pior. Às vezes (sempre) acho que és o teu maior carrasco.
Nota mental: As coisas são exactamente aquilo que fizeres delas!

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pensamentos soltos.

"Quando temos de parar para pensar se ainda gostamos de alguém, é porque há muito deixámos de o sentir."

In: A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón)
Quando perdemos a admiração pelo outro, o amor sumiu e com ele o respeito. Ténue a linha que nos separa do querer muito ao não querer nada. Somos animais racionais que mais atitudes irracionais adopta: "choramos sobre o leite derramado", adiamos o que mais gostamos, dizemos o que não queremos, defendemos o que já não sentimos. Todos os dias nos traímos um bocadinho mais, todos os dias nos magoamos um pouco mais. Corremos atrás do que nos parece ser o adequado a nós, ao que idealizámos um dia e a nosso lado passam "barcos" que devíamos apanhar, que devíamos sentir. Adiamos o inadiável e todos os dias morremos mais um pouco, todos os dias definhamos sem nos apercebermos.
Cada dia é um dia e cada momento (tento que seja) o meu momento, acomodo-me sem saber bem porquê, ou talvez saiba. Terá de ser expôntaneo, simples mas verdadeiro. Eterno. Sim, Acredito no Eterno.
Caminho... cada passo será estrada percorrida: viagem encurtada.

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sábado, 22 de maio de 2010

Desvarios VI


(...)
So many times, it happens too fast
You change your passion for glory
Don't lose your grip on the dreams of the past
You must fight just to keep them alive

It's the eye of the tiger, it's the cream of the fight
Risin' up to the challenge of our rival
And the last known survivor stalks his prey in the night
And he's watchin' us all in the eye of the tiger

(...)

Tantas vezes temos vontade de baixar os braços, mas antes de o fazermos e sem percebermos muito bem porquê, baixamos as defesas. Odiamos estar/ ser vulneráveis mas quantas vezes, sem darmos por isso nos expomos. Damos, simplesmente porque precisamos de dar, nada expectamos, nada queremos e nada recebemos. O alivio de um "copo" que está cheio é transbordar o suficiente par se manter estável. Assim somos nós, assim sou eu: por vezes o meu "copo" está a transbordar e preciso de "entornar" o suficiente, nem mais, nem menos...apenas o suficiente.

É-nos mais fácil erguer quando ajoelha-mos. É mais fácil sorrir depois de secar as lágrimas, e também é mais fácil valorizar depois de perder. Estou cansada de complexidade, cansada de jogos vivenciais, cansada de labirintos e Minotauros. Seria tão simples se fosse simples: as palavras e actos certos, nos tempos certos. Procuramos sempre mais...mais do que o que temos, do que o que conseguimos...apenas mais. Às vezes nem sabemos bem o quê, mas uma certeza é certa: é aquilo que não temos. Não importa se já tivemos ou se ainda não está na altura de termos, queremos e pronto! Acreditamos sinceramente que é nesse querer e hipotético obter que reside a chave da nossa felicidade. Somos tão frágeis, tacanhos e pequeninos , que arcaico seria rudimentar para nos descrever.

Sou aquilo que critico, talvez. Sigo o rebanho para não me sentir ainda mais só, talvez. Sou arcaica no sentir e rudimentar no agir, talvez. Sou arisca e assustadiça por medo, talvez. Sou o que sou, apenas porque dá trabalho ser aquilo que deveria ser, talvez.... O que é certo é que não me conformo, não assimilo e não acomodo em rigidificação. O melhor da luta, é a própria luta: avanços e recuos, o oponente e opositor, "one "o" one", a destreza, a perspicácia... objectivo e objecto, tudo na procura de um só. Sempre a mesma merda: sem paixão, sem amor, não se cortam/ alcançam metas. O fogo que nos move dita o resultado da luta. A queda pressupõem mão amiga na subida, directa ou indirectamente.

E tudo isto ligado por fios - Principio da Co-responsabilidade - as minhas acções, afectam as tuas acções que afectam as nossas acções e o conjunto dita os nossos resultados. Fodidos???? Talvez não.

Poderia ser tão simples, então porque raio é tão complicado???????

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Dias de 24h que parecem 48h - (2)

Existem dias tão longos mas tãaaao Loooongos que quando chega ao fim do dia tenho a sensação de estar numa semana nova e sem direito a fim de semana.
Estes dias extra longos começam mal me levanto da cama, ou porque não ouvi o despertador a tempo e horas, ou porque faltou o gás ou porque a água não tem pressão ou porque o meu sobrinho está de birra e não pára de melgar.... ou porque ...ou porque...hoje foi um dia de porque!!!

Acordei numa terça-feira a pensar que era quarta e saí de casa organizada como tal: não fui dar uma formação mas compareci numa reunião...QUE É SÓ AMANHÃ!!!
Como se não basta-se o meu grau de desorientação, o ar de louca com que cheguei e o facto de já ir atrasada, ainda tive de andar a gramar os meus doutos colegas um dia inteiro a gozar-me... Foi fodido!

O dia rendeu e muito, mas cresceu até se tornar interminável, a sensação de dia errado e hora errada não me largou todo o dia: parecia formatada....mas na parvoíce. Por mais que me concentra-se (tenta-se) não consegui organizar o pensamento, estava hiperactiva e a fumar que nem uma besta. Só me apetecia suspirar (suspiro...) e gritar bem alto, seguido de uma fuga para bem longe: onde não me conhecem-se e de preferência em outro planeta (suspiro...), no meio deste dia ainda percebi que em estado de loucura sofro de dislexia verbal arreigada ao pensamento que parece controlar-me (suspiro...).
Acabadinha de chegar, com o cerebro ainda a fumegar decidi: vou fazer qualquer de útil (suspiro...como se não tivesse feito nada todo o dia...bahhh)...mentaliza-te Lagarta e patrulha a tua Rocha....amanhã é outro dia!

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sonhos

Não conseguia perceber mas cada vez se sentia mais perturbada. Milhares de pensamentos a pairar na sua cabeça mas o pior eram os sonhos que a invadiam. Estes não eram pacíficos, antes pelo contrário: profundos, estranhos e perturbadores.
Na sua ignorância procurava atribuir-lhes significado, precisava de os sentir como externos e alheios a si e à sua vivência diária: um renascimento, talvez. Dormir começava a tornar-se uma ansiedade agridoce: saber mais ou não saber. Controlamos os pensamentos diurnos, controlamos quase todas as funções fisiológicas mas os sonhos, esses são indomáveis e imprevisíveis. Algo está para acontecer. Mudança, transformação?
Seja o que for, não a assusta. Será positivo e construtivo. Sorte construída, realizada e merecida. Acredita.

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domingo, 16 de maio de 2010

" Sou Rico" - Xano

"Vem dar-me um beijo

oh oh oh

ai eu te amo

oh oh oh

vem dar-me um beijo

oh oh oh

ai eu te adoro"

Nada esquecido, nada adiado...com orgulho sempre lembrado... Portugal...Eu...a minha alma e calor... Hoje e sempre... amado!!!

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sábado, 15 de maio de 2010

Presos numa selva moderna...


... Uma selva com contornos diferentes do que o National Geografic nos acostumou. Uma selva habitada por três espécies apenas: predadores, parasitas e obreiras.
Esta selva divide as suas espécies num esquema piramidal, sendo assim, no topo encontramos as aves de rapina, seguidas de perto por animais pequenos e sugadores e em terceiro lugar, lá bem atrás, temos os tótós. Na pele de hospedeiro temos esses distintos seres, que estão sempre à espreita, que rezam para que hajam quedas e para profanarem os cadáveres, são os chamados homicidas lentos, vão lá por exaustão e no fim abrem às asas e gritam "a culpa não foi minha, eles é que queriam festa"... São necrofágos auto-intitulados, apenas reagem a cabalas, vitimas auto-intituladas. A seu lado sempre prontos a acudir a qualquer justiça que haja, estão os seus pseudo-benfeitores, grupo parasitário, qual carraça ou lombriga que vivem na sombra e chupam o sangue até ao tutano dos abutres e da classe obreira. Estão sempre na sombra, nada sabem do que se passa e vivem das falhas e pseudo-falhas do sistema, como quem diz: das caçadas e jogadas dos abutres.
Milhas atrás, temos a terceira parte deste conjunto piramidal, ou seja, a suportar todo o peso e todo o lixo, a resolver, a solucionar, a juntar, amealhar e a trabalhar temos esse animal fascinante, resistente e capaz: A Formiga. Esta última apenas está presente na forma de operária, é responsável por fazer a manutenção dos "túneis", são respónsaveis pela limpeza, por arranjar comida e tomar conta das "crias"...

... ou seja independentemente do que se passe ou aconteça, nos vértices da pirâmide estas últimas tem apenas como função e dever: Trabalhar, Trabalhar, Trabalhar, sem cantorias ou alegrias que a vida não anda para festas!

Abutres e carraças, bem como as lombrigas são alheios a todo este labor, vivem à grande, gastam à grande e gozam à grande. Há que apertar o cinto ...mas apenas no formigueiro, pois esse é a base do sustento, a base da pirâmide.

E perante o olhar compassivo e lascivo de suas excelências, (abutres, carraças e lombrigas), as formiguinhas resignadas lá vão alombando. Caladas, caladinhas que antes assim que pior, ou não têm o exemplo das primas da Grécia!

Isto senhores, é o retrato da Assembleia da República. Um retrato de família alargado, pois somos governados por abutres, excelentemente ladeados por parasitas e todos aguardam pacientemente que as formigas, essas dignas operárias, caiam e fiquem putrefactas, para de seguida se regozijarem e alambazarem com o sacrifício que "todos os Portugueses devem fazer".

Todos não. Apenas os que ocupam a base da pirâmide, apenas aqueles que estão no meio da selva. Os das clareiras estão a salvo. Bem Haja!!!??


Hey leave them kids alone .... Hey leave us alone!!!!

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Um salto de Fé...

... como quem diz: às vezes é preciso saltar no vazio e esperar pelo melhor. Não se transmite, mas aprende-se e ensina-se, mais importante: sente-se, vem de dentro.
Na ventura a Fé é inabalável, na desventura algumas pessoas questionam-se e abrandam ou até param o seu exercício de Fé.
Ter Fé, não se resume a Acreditar em Deus, em Buda, Alá, ou em qualquer outra entidade, dizer que era apenas isso, seria rudimentar. Acho que a Fé é um sentimento, uma maneira de estar ou até uma filosofia de vida. É pessoal e intransmissivel e por vezes inexplicável, mas está lá. Às vezes precisamos de ver para além do manifesto, ler nas entrelinhas do expresso.
Para mim Fé, é um Acreditar, um acto de Amor, Empatia e um "ser sabiamente egoísta". É partilha e união, são sorrisos mas também lágrimas, é a generosidade, a misericórdia e o perdão. É sermos sábios, estáveis mas não acomodados, é sentirmo-nos seguros mas não amorfos, é sermos amados mas não sufocados. É sermos simples, pacíficos e entusiastas. Altruísmo e verdade. É ter a capacidade de no meio da tempestade ver o sol a brilhar e saber que o que temos hoje é suficiente, nem mais, nem menos, apenas o que precisamos.

No fundo é ser Maior e Mais, sem sair de nós próprios.

Tenho Fé.

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domingo, 9 de maio de 2010

Divagando (6)

´`Às vezes precisava de viajar no tempo.
Às vezes precisava de ter um botão para me desligar.

O consciente prega-me partidas, coloca-me ratoeiras nas quais caio redondinha. A queda remete-me ao vazio e à impotência: penso que subi degraus e concluo que os desci. A situação faz-me recolher ao meu eremitismo, algo que me esforço todos os dias para extinguir. O ser desprendida do amanhã, o não ter ou fazer planos de futuro são objectivo primário, mas sempre que penso que enterrei o passado e o futuro, algo me lembra que não estou no presente de coração e alma limpos. Não sei qual é a solução, sei que não a saber e não pensar na mesma é a resposta. Educo a minha mente, dou-lhe lições. Dou atenção às necessidades do meu ser mas nem sempre o satisfaço, porque e porque. Nada mudava, não há arrependimentos, ressentimentos ou sentimentos, apenas passagens doces e amargas que ladeiam um caminho percorrido.

O hoje é sementeira, tem de ser olhado e tratado de acordo com o clima que se faz sentir no agora. Não podemos tratar a sementeira à espera da chuva que virá na próxima semana. A vida também é assim: não podemos viver à espera do sol do próximo mês ou da chuva que chegará daqui a três. Não se pode acordar e limitar o dia na prevenção de que ocorra um tsunami, um furacão ou dilúvio.

Não podemos deixar de ser felizes no agora, de ser hedonistas no aqui, não se podem adiar sorrisos porque o ontem foi menos bom e o amanhã poderá ser pior.

Aprendo.

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sábado, 8 de maio de 2010

Desvarios V

Resolvi todos os problemas da minha vida!!!

Misturei:





com:














Agora ... tô cagando e andando!!!"

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Divagando (5)



Existem dias, muitos ultimamente, que penso que tenho vivido sempre entre sonhos. São dias que sinto que passo pouco tempo a pensar no concreto, a viver no concreto, apesar de achar que pertenço ao grupo dos seres hiper mega racionais. Contra senso? Talvez...

Talvez os meus sonhos sejam mais uma espécie de desejos, ou de ambições. Talvez idealize de mais o meu futuro. Aos 30 anos desejo e quero tanto como aos 15, apenas o faço de uma maneira diferente: contabilizo os gastos e alucino mais e melhor.

Às vezes olho em volta e escuto com ouvidos de ouvir e percebo que as palavras estão banalizadas. Gastas. Usam-se expressões de afecto em discursos condescendentes e não se usa nada quando se devia. As palavras perderam o valor pela vulgaridade do uso: dizer o que não se pensa para não nos expormos e guardar bem fundo, o que realmente se sente e pensa. Talvez haja medo de ser visto ou sentido como fraco/a. O sótão começa a acumular esqueletos mas até lá, o corpo vai apodrecendo e libertando gazes tóxicos, quando se apercebem estão presos na teia que criaram. Talvez o orgulho os impeça de voltar atrás. Reconsiderar.

Talvez as pessoas estejam exaustas de si mesmas e eu exausta delas.

Vou continuar a idealizar, sonhar ou projectar anseios no amanhã. No meu amanhã. O dia hoje foi estupendo, a semana foi estupenda, hà imenso tempo que não me sentia assim: preenchida, realizada e tranquila. Foi uma semana de loucos e com muita gente no fim de loucura à mistura, no entanto, uma paz que se respira.

Hoy dice el periodico que ha muerto una mujer que conoci

que ha perdido en su campo el atletiy que ha amanecido nevando en paris

Que han pillado un alijo de cocaque a piscis y acuario les toca

el vinagre y la hiel

que aprobo el parlamento europeo

una ley a favor de abolir el deseo

,que falló la vacuna anti sida

que un golpe de estado ha triunfado en la luna y movidas asi.

Pero nada decia la prensa de hoy

de esta sucia pasión

de este lunes marrón,

del obsceno sabor a cubatade ron de tu piel

De olor a colonia barata del amanecer

Hoy, amor, como siempre

el diario no hablaba de ti, ni de mi

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