sábado, 6 de março de 2010

Klepht «Embora Doa»

"É a dúvida que resta,

que me leva a perguntar...

Qual papel será o meu?

O de quem nada faz?"

É difícil tentar mudar as coisas, fazer a diferença. Que não se mude tudo, um já mostra que vale a pena o esforço. "Embora doa" atenua-se com o tempo ou morreria todos os dias mais um pouco. Aprende-se a viver na escuridão e a aproveitar todo o raio de sol para "mostrar" que existe amanhã, e esse poderá ser diferente do ontem. Aprende-se e ensina-se a viver o hoje e o amanhã, sem permitir que o passado interfira. Se existem alguns que são arrolados na situação, que a herdam como um qualquer prenúncio de morte anunciada, outros há que adoptam como estilo de vida por meio de um facilitismo proporcionado pelos senhores da guerra. Mudar o sistema exige uma reforma estrutural completa: de cima para baixo. Será a única forma de se terminar com os vícios sociais, os lobbys, sacos azuis e cargos públicos que passaram a ser património de heranças pessoais. Se é possível sem uma revolução ou uma guerra civil? Não. O polvo tem tentáculos enormes, demasiado espalhados e enraizados, se se visse encurralado, estrangulava todos os que fossem intervenientes nessa mudança. O poder corrompe, apenas porque quem o detém ou consegue, passa a sê-lo e a exercê-lo como forma de respirar, quando a sua função é como a de uma máquina de lavar roupa: é um instrumento de trabalho com uma finalidade própria e não vale a pena tentar-se assar lá rolo de carne, porque não é esse o propósito para a qual foi concebida.

Aprendi a sobreviver, até ao dia em que decidi viver. Dou o melhor, o que sei e consigo e tarde no dia, deito a cabeça e durmo embalada pela tranquilidade de que fiz tudo o que de mim dependia. O balanço é positivo, os resultados também.

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