terça-feira, 30 de outubro de 2012

Coisas ...

Estou a fazer uma formação em Violência Doméstica nas relações de intimidade, é para ai a terceira que faço mas esta durou 2 semanas. Segundo a formadora procuro soluções mágicas que não existem - "faz-se o que se pode e o melhor que se pode" (adorei o cliché).

O que esta tem em comum com as outras é ser ministrada por uma "feminista assanhada que à medida que o tempo passa mais feminista fica" - palavras dela. Esta lógica cansa-me porque com tanto "bombardeamento" sobre "igualdade" sinto que cada vez suporto menos esta lógica da "igualdade tão igual" - soa-me a fundamentalismo e porque sempre que se exige "igualdade" esta já está a deixar de existir e a transformar-se numa relação de poder assimétrico - só é igualdade se eu não tiver de exigir que me ajude, que esteja lá para mim. Se eu não delegar tarefas como entidade patronal mas se é um processo natural. (suspiro)

Enfim, sou ABSOLUTAMENTE contra a violência, seja de género ou de outra qualquer espécie - soa-me sempre ao argumento do ignorante mas também começo a ficar enjoada com a esta cena de "igualdade" que parece querer aniquilar o papel do homem e da mulher - não questiono os direitos ou até deveres, estes sim, devem ser, melhor TEM de ser igualitários e já nem devia ser tema de discussão mas sim algo rotineiro.

(suspiro)

Há instituições muito sensibilizadas e com mecanismos de actuação cada vez mais eficazes - nomeadamente a  Policia de Segurança Publica - mas como em tudo na vida existem Profissões menos sensibilizadas como a classe médica e a judicial, o que se considerarmos que são uma das primeiras instâncias de socorro e das últimas, isto ainda é temática muito "atrasada" em termos de resoluções eficazes. Muito se tem feito mas dado que a "austeridade" também deixou a descoberto a prevenção e se se verificar (como em outras épocas de crise) um  aumento dos casos de violência doméstica, com consequências cada vez mais devastadoras, é lamentável que sendo um crime público haja a necessidade de "olhar para o lado" porque após a denúncia não existem mecanismos suficientes de protecção à vitima e para quem não sabe, o após denúncia é um dos factores de maior risco.

(suspiro)

"Faz-se o que se pode, o melhor que se pode!"

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