domingo, 26 de setembro de 2010

Coisas que não percebo III

Existe um sem número de coisas que não percebo e número igual ou superior de coisas que não sei. Relativamente às segundas, todos os dias me esforço por saber mais qualquer coisa ou até mesmo para modificar/ alterar o meu sistema de crenças e valores, pois se eu não sou estática, estes também não podem ser. No que concerne às primeiras, as coisas que não percebo, logo dificilmente as chegarei a compreender, o caso é bem diferente: se algumas dessas coisas têm, unicamente, a ver com questões internas e bases educacionais e culturais, outras há, que me parecem estupidamente ridículas, uma espécie de "atirar areia para os olhos" e que à posteriori, demonstram o velhinho conceito de "País à beira mar plantado de brandos costumes", e que me parece que enquanto Portugueses já devíamos ter ultrapassado. Importamos tanta merda do "estrangeiro", ele é Leis Educativas e não só, é hábitos, é gadjets, é orçamentos, arquitecturas de Parques escolares e outros. No entanto para a implementação em território nacional da maioria destas merdas nem estudos se realizaram para aferição dos mesmos à população portuguesa. Ao fim de 10 anos lá há um génio que descobre que está tudo mal que não se pode aplicar, por exemplo, a mesma Lei Orçamental a Portugal que funcionou espetacularmente bem na Finlândia. Até à "descoberta da pólvora" já alombamos e nos enterrámos mais 1/2 metro.
Agora o que pergunto é porque é que com tanta "importação", nunca importámos hábitos como: surge um qualquer escândalo no Governo, o alvo no dia a seguir demite-se. Nós por cá não. Partimos do pressuposto que é uma cabala, uma tentativa de denegrir a imagem. Então se assim é não devia a "mesma perspectiva de justiça" ser aplicada a todo o cidadão??? Provavelmente o Srº Gervásio também não estava a fugir ao fisco apenas se esqueceu de pagar aquele ano às finanças e a Dona Idalina não aceitou qualquer suborno para passar "à frente" a matricula do Luisinho, "eram uns dinheiros" que os papás do Luisinho lhe deviam e que por um acaso infortuno, lá coincidiu com a entrada do processo de matricula do menino no 1º Maio. O que não teria sucedido se a Dona Idalina não fosse profissional empenhada, trabalhando domingos e feriados.
Se todas estas situações que a comunicação social traz a público tem justificações, perfeitamente, plausíveis (?!?) e os seus protagonistas mantêm os seus trabalhos e vencimentos incólumes, alguém me pode explicar porque é que todos os casos mediáticos que envolveram investigações da Policia Judiciária, levaram ao afastamento (despedimento e reformas compulsivas) dos inspectores que lideravam as investigações? Alguém me explica, como se eu fosse realmente muito burra, porque é que os alvos das ditas investigações se transformaram em mártires e os ditos inspectores acabam com o papel de inquisidores e carrascos?

Provavelmente ainda não "cresci" o suficiente. Provavelmente não me interesso o suficiente pelas "politicas" do País para "perceber" não sei quantos porquês que "à vista desarmada" me parecem insuficientes, apedeutas e tentativas de enviesar uma opinião pública, que infelizmente, na realidade, se está a cagar ... ou não fossemos nós, "aquele País à beira mar plantado, de brandos costumes e pessoas singelas"... (?!?)

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