Eis que passa mais uma semana...e faltam tantas ainda...
Mais uma semana que se afigura difícil: principio, meio e fim. O relatório ainda não está nem perto do fim, o desgaste é notório, bem como a desmotivação. O ambiente é pesado e incomodativo. As noticias não são as melhores e a chefe é autista. Preciso de férias, de descanso, de sol e dolce faire niente. Preciso de ler a pilha de livros que acumulei este ano: sinto-me estupidificada. O relógio continua a girar num ritmo muito próprio e as horas confundem-se com os dias: passam num ápice e são tão curtos para finalizar no prazo o que é necessário para manter o motor a andar. O tempo é brincalhão e eu salto nas suas prolepses e analepses, sem qualquer controlo ou vontade própria. Gostava de falar com adultos, com pessoas que sabem conversar e possam servir como treino de uma informação antes sabida, gostada e apreciada e hoje olvidada e toldada por uma qualquer tarefa interminável e extenuante devido ao infinito do não querer. Cansada de me sentir castigada, de estar constantemente a reclamar do que não muda, de falar e de ouvir as queixas de uma insatisfação que está em espiral descendente. Cansada de estar cansada e cada vez mais aborrecida de me aborrecerem. A vida pode e deve ser encarada como uma loja de doces: provamos e gostamos ou não, mas ficamos com um sorriso meio parvo só de lá entrarmos, somos miúdos novamente. Neste momento, (que já dura há muito tempo, demasiado), não o consigo fazer e isso começa a preocupar-me: Terei perdido a capacidade de valorizar e deleitar-me com o simples? Onde anda a minha praticicidade?
Odeio queixar-me, detesto ser conivente com fragilidades e mesquinharias. Roda de hamester. Que fazer??? Que fazer????
Descuro o que deveria ser prioritario na minha vida, não tenho capacidade de avançar neste momento. Estou a gastar as minhas reservas de energia. A luz acendeu há muito tempo, o depósito está seco.
Temo as próximas semanas.
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