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"Podes sempre escolher, rezar para que seja o (mais) acertado, perceber que erraste, e voltar a escolher, na esperança de acertar. Sabes que todos temos a opção de olhar para o espelho ou para a janela. A maioria escolhe a janela - é mais fácil - tu nunca a viste - focada no espelho. Narciso mirou-se e contemplou-se até perecer, digo-te: olha para a janela, contempla a imagem, perde-te na paisagem, ignora-te e mima-te.
Nessa estrada infinita, não antecipes as encruzilhadas, evita racionalizar - segue a tua intuição e talvez o resultado seja diferente, pára, olha e vê, principalmente vê. Falas muito e demais, experimenta estar calada ou procura ajuda, quando falas de ti e da tua vida, sinto queixume e auto-comiseração, noutras alturas roças a falsa modéstia. Entendo-te: num espectáculo a solo pouco resta. Atreves-te a pensar (antes de assumir) que os afectos fazem falta? Desafio-te a assumir que o medo supera o querer - eis a diferença entre querer e ter vontade - ausência de concretização. Informo-te que o mundo continua a girar, mesmo que morras, poderá lentificar-se e dar-te um luto mas recupera o seu ritmo, antes de desceres à terra. Olho-te e não sei que pessoa és: uns dias leão, outros antílope. Sabes quem és? Ou o que és? É esse o teu verdadeiro ser?
Digo-te: não és o centro do teu ser, esqueces-te de ser "sabiamente egoísta" e a estagnação lembra águas paradas - contaminadas e putrefactas.
Não te lamento, não tenho compaixão ou complacência - aceita (te) e segue em frente, se não conseguires, aguenta-te: Pára, escuta e olha - já agora experimenta sentir, também!"
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