Resumo:
Eis que passei mais um aniversário incólume.
Agarro sempre uma mosca imediatamente antes, que não me consigo aturar, nem aturar ninguém - apetece-me fazer como a avestruz e enterrar a cabeça na areia até passar. A cada ano o humor depressivo intensifica-se: olhar para trás e apenas sentir vazio, só dá mais vazio. Sentir que nunca parei mas nunca acertei. Tentar perceber o que faço de errado e transformar, tentar compreender onde estão as falhas e emendar-me: a racionalização é inconclusiva e o emocional uma merda porque turva o pensamento.
Sentir-me contra corrente, ver as margens ao longe e perceber que os carneiros que nos rodeiam escondem pele de lobo - que cansativo lidar com a arrogância e a insegurança.
Concluir que se a estagnação tivesse uma imagem seria a minha. Finalizando, com o autismo, de Acreditar que o amanhã vai ser melhor, que o que foi não volta a ser - não passamos pela mesma coisa duas vezes ... talvez similar - que a aprendizagem tenha sido feita.
As coisas são o que são e não o que queríamos ou gostaríamos - apenas o que são. Esforço-me por me adaptar - ainda não consegui - o tempo ajuda à pacificação, ficará mais fácil. Acredito.
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