terça-feira, 29 de maio de 2012

Divagando ... 9

Adoro pessoas apaixonadas, são positivas, trazem o peito cheio de esperança, estão incondicionalmente felizes e caminham leves, pisando nuvens de algodão. As pessoas apaixonadas são felizes e não perdem um segundo. Quando correspondidas emanam luz e conseguem ir à lua e voltar para alimentar o seu estado. Adoro estar rodeada de pessoas assim e facilito ao máximo pois também eu Acredito em contos de Fadas e em grandes amores. Sei que a culpa é minha, facilito tanto que a determinada altura é dado adquirido que a minha disponibilidade é direccionada para colmatar a indisponibilidade dos outros. Estou cansada ao fim de um ano a "facilitar" para que concretizem a sua paixão, esta semana foi a gota de água: sou eu que chego a casa todos os dias às 23h e me levanto às 6h30 e ... a trabalhar. Recusei ficar até mais tarde esta semana, pedi ajuda e que escolhessem. Num segundo passei de bestial a besta. Sobrevivo e espero dormir mais horas ou ter tempo para pastelar numa qualquer esplanada ou para ter conversas de merda ou (vejam só) para ir aos ensaios do teatro. A lição: de boas acções está o inferno cheio.

Há dois meses uma colega convidou-me para co-ajudar numa formação (preparação e apresentação). Aceitei. Ela escolheu o tema e agendou o mês de realização. Foi parir e não voltou. Fiquei sozinha a fazer uma merda que não escolhi. Correu bem e senti-me bem: alimentou-me o ego. O que aprendi: quando queres alguma coisa bem feita faz tu, mesmo que corra mal vale pela tentativa e para a próxima será melhor.

No ano passado as Forças Militarizadas convidaram-me para uma parceria numa acção de informação/ sensibilização numa escola. Aceitei. Fiz a minha parte, eles a deles e enviaram-me, para estar a par do que ia acontecer. Eu dava metade e eles a outra metade. Imediatamente antes de começar ligaram-me a dizer que não podiam comparecer mas foram muito simpáticos: "já que tem a nossa apresentação, se não se importasse dava também a nossa parte para não termos que desmarcar" - Claro que não me importo, adoro andar no arame e saltar no precipicio. Correu bem. Voltaram a convidar-me. O que aprendi: quem muito se baixa o cu lhe aparece. Quanto menos souberes fazer menos te chateiam.

Começo a sentir a existência de um padrão. Ser Workaholic está a esmagar-me e como qualquer viciado nem dou por aumentar as doses. Alimento-me disso e estou obesa.

Trabalhar com núcleos muito restritos tem muito que se lhe diga. Estas pessoas funcionam como uma especie de maçonaria e quantas mais mulheres existem maior é a baixaria. Eu habituadinha a uma equipa só de gajas em que toda a gente se respeitava e não havia cusquice ou má lingua sobre a vida umas das outras, aliás raramente se falava de algo mais pessoal, agora cai no Hades da má formação e da bregeirice e estou espantada e envergonhada. Nem na adolescência me comportava assim. Não sou púdica ou moralista mas acredito que a "privacidade deve ser privada" e que devemos respeitar-nos e respeitar os outros e os locais de trabalho. Aqui o que aprendi foi: nas costas dos outros vês as tuas e se não queres ser agarrada na espiral de maldicência, corre para bem longe e não olhes para trás, aliás ... não olhes para lado nenhum. Pareço parola e dá-me jeito ... afinal não preciso que me assobiem para beber àgua!


Sinceramente, o ano do Carma está a ser cá um Carma ... FDX!!!!


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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Coisas que me fazem sentir bem



Sempre achei que Bruce Springsteen e Billy Idol eram subestimados ... gosto mesmo ... ouvir isto faz-me sentir bem ... partilho!

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(Des)conversa 52

Ela 1 - o vosso colega novo é muita giro ... alguém anda a dar voltinhas?
Ela 2 - mete-te na fila que ele já tem um harém. também queres ser mais uma, é
Ela 1 - e porque não, quero deixar o meu namorado, se ele alinhar até dava umas voltinhas (risos)
Ela 2 - (aborrecida) desculpa lá mas o meu casamento também está uma merda e eu é que levo com ele todos os dias, por isso, tenho prioridade.
Ela 1 - já viste isto? Quem diria que uma gaja casada há anos estava a competir comigo ... e tu? o que é queres, qual é a tua posição?
Eu - estou no banco ...
Elas - heim ??!!! 
Eu - com tanta gente a atacar parece-me bem estar fora do jogo ... mas ele quer andar com alguma de vocês?
Ela 2 - quer quer, só que ainda não sabe. Isto de ter um marido em casa assusta os putos novos ...

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Divagando ... 8

As minhas fases de criticas começam a aborrecer-me: estão a passar de pontuais a crónicas.
É difícil aguentar-me a mim própria "houvera" garantias de lobotomia bem sucedida e seria voluntária. Tenho pensamentos recorrentes e nada benéficos, tenho sentimentos que não entendo e nem percebo o porquê e que começam a incomodar-me. Surgem emoções  totalmente desfasadas da realidade e não sei que lhes fazer. Que raio de pessoa sou? Não estou a gostar e preciso de soluções para ontem: alivio imediato e não doloroso. Salto a parte da dor porque estou dormente.
Sinto-me uma merda para ser mais exacta. 

Olho e volto a olhar mas não vejo uma puta de uma janela aberta ou sequer uma fresta.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Segunda-feira ...

... até ao fim da semana.
Parece que agora todos os dias me são segunda-feira - não me apetece fazer nada e ando só a adiar o inadiável - vou lixar-me e sei ... e deixo.

Quinta-feira é feriado e sei que posso dormir - ando a ressacar dormir já há 15 dias - quando posso não aproveito e deito-me tarde - tenho um problema com as manhãs, sempre tive. Devia haver um feriado por semana, a quarta-feira parece-me um dia ideal - o meio da semana para ganhar animo - será positivo se para o ano tiver o Natal e o Ano Novo mas por mim também podem ficar com eles que é dinheiro que se poupa já que é a quadra mais cara do ano.

Se eu fosse este Governo (Graças a Deus não sou) mandava toda a gente trabalhar 24h sobre 24h e abolia feriados e fins-de-semana, será uma forma menos dolorosa de praticar estes homicideos lentos a que vamos assistindo.
Estou a passar-me com os suicidios tenho os putos virados do avesso e a enlouquecerem-me a mim.

Esta é a época em que nem sei se ando bem ou mal pois deixei de pensar.
O nosso cerebro é deveras fantástico quando sente que há sobrecarga "desliga-se" numa especie de corte de corrente, protegendo-nos de nós próprios.

Esta é a fase que tenho pouca coisa a chatear-me a cabeça mas cada uma delas é gigante e para nenhuma tenho ou detenho o poder de solução/ resolução. Caminho para o precipício e tenho de deixar-me ir aproveitando o melhor da viagem.

Resolvi deixar-me ir sem pensar no que me incomoda, assumindo o compromiso comigo própria de aceitar tudo aquilo que surgir no meu caminho. em determinados assuntos a aceitação não é entusiástica mas a constatação da minha pequenez.

Desde Março que "cresço" desmesuradamente: pareço uma bola de berlim sem creme,  com 2 palitos a fazerem de tornezelos.
Sei que não devia deixar-me dominar mas também não estou a conseguir ser eu a dominar - só por causa disso tenho ido comer caracoís quase todos os dias - se tudo o mais falhar ... logo se vê.

Existem noticias que nos deixam deveras bem dispostos e até arrisco dizer felizes - dão-nos esperanças no futuro ainda que não seja o nosso futuro mas quando gostamos das pessoas "suas alegrias minhas alegrias!!"

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Reencontros

Ontem encontrei um colega do secundário, era um dos meus melhores amigos, embora ninguém percebesse porquê e sinceramente, nem eu. Não podíamos ser mais opostos, ele o típico menino certinho que estava ali para ir às aulas e estudar e entrar na faculdade mal terminasse. Eu - a desequilibrada maníaca com aspirações de Che Guevara, sempre em confusões e com o culto da tristeza infinita e mágica da adolescência: fã de culto de The doors, Janis Joplin e The Ramones - respirava-os. Embora tenha tentado algumas vezes desencaminhá-lo, nunca fui bem sucedida mas como lhe dizia "alguém tem de ir às aulas e tirar os apontamentos" - ele fazia-o exemplarmente, enquanto eu ia jogar snooker ou beber minis a jogar ao "sobe e desce" na Casa de Pasto. Os meus "amigos" não curtiam lá muito a presença dele era "marrão" e suspeitavam sempre que delatasse a malta - Eu acreditava que não e hoje (ontem) percebi que funcionava como uma espécie de suporte e também "escudo" - o secundário é fodido para alguns.

Terminado o tempo regular de secundário, ele terminou em grande estilo, concorreu à faculdade e finalmente ia concretizar o sonho de alguém que não o seu: ia ser engenheiro - Eu fiquei com a matemática de 12º ano em atraso e sem grandes planos para o futuro imediato, excepto, a certeza de que antes iria trabalhar, já o fazia e gostava do dinheiro. andei assim durante uns anos, até que um dia resolvi que ia para a faculdade e tal como o decidi, assim o fiz mas com um espírito académico completamente diferente ou seja, sem nenhum - estava ali para tirar uma formação superior e ia fazê-lo. deixei os excessos e a loucura no secundário - aqui não me admitia falhas ou atrasos - mais uma daquelas cenas que transformei em orgulho, ponto de honra e cavalo de batalha - não chumbei cadeiras, não fiz exames e terminei no previsto.

Ontem perguntou-me se tinha chegado a acabar a matemática. Respondi que sim. Admirou-se quando lhe confirmei que tinha ido para a faculdade e disse-me que nunca imaginou pois "eras mais do tipo rebelde" e finalmente contou-me que andou 12 anos a tentar concluir a bem dita "ingenharia" até que finalmente - os outros - aqueles que o ambicionavam perceberam que nunca iam ter "um filho inginheiro" - "LK, nem imaginas como odiei aquilo, se no 1º ano detestei a partir daí foi sempre a odiar. Acho que ainda hoje odeio até o pensamento da coisa". Lamentou não ter ido jogar snooker e nunca ter alinhado nas "maratonas de sobe e desce" e outras coisas esquesitas que fazias e que até hoje nunca fiz ..." No fim perguntou-me "lembras-te de em 96 (?!?) me teres convidado para ir beber uns copos e apanhar uma bebedeira? Achas que ainda vou a tempo?".

Não sei se vais a tempo, nem sei se há um tempo mas sei que há coisas que apenas faziam sentido naquela altura e naquele contexto. Hoje seriam inexpressivas e deixariam um amargo de boca porque é impossível recriar o passado.

Ontem tive saudades de mim.

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Chorar apenas porque ... faz falta (?!?)

Não me lembro de chorar na infância, não porque não me castigassem ou me magoasse mas de acordo com a minha mãe porque era "torta". Com o passar dos anos e alguns acontecimentos menos positivos as lágrimas secaram, senti-as e entendi-as como um sinal de fraqueza, e o que eu precisava era de ser forte e sobreviver à montanha russa em que se transformava a minha vida. As minhas lágrimas começaram apenas a surgir em situações de luto efectivo e nessas alturas eram catárticas, como se estivessem acumuladas à espera de sair e esta razão as justificasse. Não chorava porque rapidamente transformava a tristeza e a dor em raiva e porque achava o choro ausência de clareza e resolução ... também porque feria o meu orgulho e faziam sentir fraca e impotente. Durante anos senti repulsa pelas pessoas de lágrima fácil, sempre o senti como teatro tendo em vista a manipulação e eu detesto sentir-me manipulada ou melhor mal manipulada pois conheci algumas pessoas que sem lágrimas me manipulavam inteligentemente. Não me lembro de chorar à frente de ninguém, inclusivé quando tive o acidente, apenas chorei quando estava já no S.O. e me apercebi de quais poderiam ser as consequências. A partir desse momento chorei ininterruptamente, às lágrimas não secavam e não as conseguia controlar - representavam a minha finitude e a impotência de me valer a mim própria - ali não mandava nada e não podia nada.

Anos mais tarde voltei "a cair e a esfolar os joelhos e a testa", descobri que por mais que fizesse, por mais que tentasse não estava a conseguir alcançar os objectivos a que me tinha proposto - estava na mão de terceiros, dependia deles para a concretização - nesta altura aconteceu-me um fenomeno estranho, pois não consegui parar de chorar, às lágrimas ganharam vida e vontade própria e não as conseguia parar. Não permiti que ninguém testemunhasse esta "fraqueza". Desde então parece que choro mais facilmente, desde então permiti-me chorar e percebi que faz falta, que é preciso, que me acalma e que às vezes preciso de ter pena de mim própria - hoje acho que é um acto de humilddae e coragem, que significa assumir dignamente a minha pequenez e incapacidade perante determinados acontecimentos ou situações. Hoje em dia aceito que preciso de chorar, que devo de o fazer e que não fico mais frágil por fazê-lo. Também sinto que chorar me permite sentir e estar em contacto com as minhas emoções mais profundas. Ainda não é um processo simples ou fácil, ainda necessito de estar a transbordar, ainda não o consigo fazer na presença de terceiros - conhecidos ou desconhecidos, intimos ou não.

Hoje sei que houve determinadas alturas em que me apelidaram de "seca" apenas porque a arrogância não me permitiu verter uma única lágrima em presença, e se fosse hoje talvez voltasse a reagir da mesma forma pois o simples pensamento de que possa suscitar "pena" em alguém é-me doloroso e quase tão intolerável como o acontecimento. A intenção foi sentida como tentativa de me fragilizar e foi alcançada, eu apenas não dei o "prazer" a ninguém de se vangloriar com o meu sofrimento ... mas sofri e também chorei mas também sequei as minhas próprias lágrimas e voltei a erguer-me.

Choro e sabe-me bem. Choro no limite, quando me sinto impotente e zangada ou se a tristeza não é domesticável. Às vezes também choro com pena de mim, outras apenas por mim e outras ainda retrocedo e zango-me com a vontade de chorar pois sei que não resolve nada e tolda-me o discernimento, além do tempo que me faz perder. O que mudou: fui eu. Sei que preciso, que faz falta e que ajuda na viagem e que temos de ir ao fundo para vir ao de cima. Hoje comovo-me com parvoíces, só ainda não percebi se estou mais sensível e mais em contacto com as minhas emoções ou se sem me dar conta sofro de uma Perturbação Distímica (?!?) estou em crer que sim!

Espero um dia entender as lágrimas como outra qualquer necessidade fisiólogica, espero um dia ter a humildade de chorar frente a outros sem com isso me sentir ridicula ou impotente. espero ter a capacidade de chorar de alegria ou apenas porque me faz falta e não porque a tristeza me domina.





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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Disseram-me:

"Porque é que te dás ao trabalho de estar sempre a desculpabilizar as pessoas, elas fazem isso por ti, por acaso?"

"Porra tu também levas com o lixo de toda a gente, não te fartas? Quem leva com o teu?"

"Quantas vezes nos acontece esperarmos algo ou sonharmos com algo e quando concretizamos, não suportamos sequer pensar acerca da situação. Já te aconteceu várias vezes e agora percebo-te."

"Não fales porque não suporto ouvir nada. Ouve-me só (...) então? Não dizes nada? Parece que estou a falar sozinha."

"Preciso de falar contigo tenho umas cenas para te contar mas agora não aguento falar do assunto. Podemos ir jantar para a semana?"

"Vou para os Açores para a semana, queres que te traga um homem ou um cinzeiro?"

"Aparece quando puderes, vem jantar, preciso tanto de falar mas agora não me lembro sobre o quê ... bem fica para a próxima."

"Hoje estou naqueles dias que ainda não cheguei já me apetece ir embora ... então? Já estás despachada? Não quero chegar atrasado."

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(Des)conversa 51

A tarefa é completar frases que vou dizendo de empreitada.
(F.B. - 12 anos)

Eu - A minha mãe é ...
F.B. - Trabalhadora!
Eu - O meu pai é ...
F.B. - Carneiro! Não, espere ... se calhar é telheiro
Eu - Carneiro? 
F.B. - Estou na dúvida se ele é carneiro porque trabalha com carne, né setôra: carne - carneiro ou se ele é telheiro porque trabalha num talho ... qual é?



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