sexta-feira, 27 de abril de 2012

Feliz Ano Novo!

Determinadas alturas da nossa vida fazem-nos reflectir mais que outras ou porque acontece o imprevisto ou porque o previsto não é o que esperávamos. Pensamos de mais, queremos de mais, exigimos de mais, lutamos de mais. Somos uns exagerados em tudo e só quando confrontados temos consciência da nossa impotência e finitude. Não controlamos tudo, não o podemos fazer, precisamos da espontaneidade do Universo para nos abanar, para lembrarmos o que é importante e também para redefinirmos prioridades. 

Não sei se aprendi alguma coisa, às vezes duvido-me, questiono a "viagem" feita. Há dias em que sinto que estou e sou o que quero, outros que não sei quem sou e o que quero. Uns dias lembro-me o quão Abençoada sou, outros tenho pena de mim. Não estamos sempre iguais, somos moldados e evolutivos. Custa-nos largar velhos padrões pelo conforto que proporcionam ainda que os mesmos nos sejam dolorosos ou apenas desconfortáveis. Olho para trás e orgulho-me do percurso, das conquistas e das lutas. Às vezes queixo-me e lamento-me e depois recordo ou sou recordada que umas foram escolhas minhas outras as peças do puzzle comandado pelo Universo a encaixarem-se. Cheguei à fase em que percebo quais os pontos fracos e quais os pontos fortes mas não sei como os diluir e unificar para chegar onde quero ir. Onde quero estar. Nesta "jornada" esqueci algumas coisas pelo caminho, não as tornei prioritárias e agora quero-as. Não sei como tê-las, desaprendi-as e não sei como recuperar essa lacuna. Dizem que é como andar de bicicleta - quem sabe, sabe sempre - mas a última vez que andei de bicicleta não correu lá muito bem. Se é esse o paralelismo vou ter de cair e partir a cabeça, o que não me apetece. Receio. Espero um dia voltar a confiar, a ter a capacidade de dar e principalmente a de Receber. Será a próxima peça do puzzle? Quem sabe. Lá estou a deitar-me a adivinhar ... porque não sei lidar com isso. Assumo. Sabe-lo-ei quando for atingida ainda que precise de entrar em pânico num primeiro momento e libertar-me num segundo. Assim sou eu.

Este ano que passou apercebi-me que mudei bastante, não há uma data que o assinale, foi gradual e quase imperceptível, às vezes resisti outras rendi-me e afinal bastava aceitar que não mando nada, bastava sentir que a "obra tem de ser   talhada à medida do pano" e não adianta espernear que o "pano" não estica. Houve coisas que pensei querer mas não como são e sim como gostava que fossem, logo, não são para mim. Sei mas não sinto. Não sei ir buscá-las pela mesma razão de sempre "o que for meu às minhas mãos vem parar" - Acredito! e porque não tomo decisões pelos outros, eles sabem onde querem estar e com quem. Não queria que fosse de outra maneira...conscientemente.

Vamos ver o que o "Ano Novo" me reserva, Acredito que a continuação do que realizei até aqui, mas Peço que tenha "ar" suficiente para respirar, que tenha a calma e o discernimento para vestir a "armadura" quando necessário mas para a "despir" seguidamente. Peço Paz e tranquilidade e a sapiência de aceitar as peças deste "puzzle Divino" como elas merecem: desfrutando-as e desfrutando-me. Gosto-me e Gosto-vos.


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