Decisões
Algumas coisas sucedem-se a um ritmo vertiginoso, normalmente, são as que não antecipamos, as que nos desagradam e poderiam andar à velocidade do caracol que ninguém se importava - eu pelo menos não.
Só nos desiludimos porque temos expectativas, e se pensamos que em algumas situações isso seria impossível, rapidamente, a montanha nos acerta na cabeça e deixa prostrados, quase em respiração artificial. A recuperação é lenta, dolorosa, com avanços e recuos e sabendo o que sei - quem sou e como sou - provavelmente nunca mais será restaurada. Sofro mas aguento, afinal, parece ser a ordem natural da vida. Esta é a fase em que percebo que todas as relações são efémeras mesmo as que parecem pertencerem-nos por direito de nascimento - não pertencem porque não pertencemos a ninguém - fingimos que somos similares, que temos de conviver ao longo da vida mas é mentira. Todos os outros animais seguem rumos diferentes e juntam-se ou formam novas manadas e nós também deveríamos parar de ser hipócritas. Antes julgava que haviam pessoas escolhidas por nós para fazerem parte da nossa vida, hoje sei que não - todas sem excepção - trazem prazo de validade.
Não sei se ando bem ou mal, sei somente que ando, que não gosto desta pessoa que sou mas não admiro por ai além a que me tornei e começo a ter dúvidas que vá tornar-me em alguém menos imperfeito. As minhas qualidades em fase de melhoramento, pelos vistos precisam de mais melhoramentos do que os que estavam orçamentados, logo não existe capital de investimento. Pedi ajuda para me render, não veio, logo teve de existir outra tomada de decisão - vou eu tornar-me o paciente. Depois conto!
0 comentários:
Enviar um comentário