sábado, 3 de julho de 2010

Wake up call...

O Universo às vezes prega-nos partidas.
Há 25 anos os seus desígnios levaram-me a secar as lágrimas que tinha em mim. Desde esse tempo, senti que tinha de crescer e ser cuidadora e guardadora. Foi a altura em que aprendi, às minhas custas, que nada é garantido. Perdi cedo o conceito de imortalidade. Guardo um medo fininho e manhoso na alma, que de quando em vez, ameaça acordar ... acordou. Mais forte que nunca e as lágrimas voltaram tão de repente como no dia em que partiram: dolorosas, imparáveis e gélidas. Senti-me impotente e cobarde: o primeiro por não haver nada que possa fazer e o segundo porque fui fraca.

Deus não nos dá mais do que aquilo que conseguimos carregar.

4 comentários:

Trabalhador das Obras 3 de julho de 2010 às 16:35  

Quer dizer-me porque é que foi fraca? Aqui, ou ali ao lado?

L. K. 3 de julho de 2010 às 17:11  

Não estive a altura das circunstâncias, apenas isso :)

Lorenzo 3 de julho de 2010 às 18:06  

Às vezes achamos que estivemos. Se calhar até estivemos, mas para além de Deus, também somos capazes de nos "dar" a sensação que carregamos peso a mais do que suportamos. Na maioria das situações, colocamos demasiadas expectativas em nós, e quando as coisas falham, são esses os sentimentos que nos ficam: desilusão e impotência. Talvez, possas aproveitar a oportunidade, e aprenderes a lidar com situações futuras semelhantes de outra forma...

L. K. 3 de julho de 2010 às 18:10  

Talvez...Lourenço

o primeiro impacto é sempre o de implosão, depois virá a explosão. Ainda é cedo para saber o que carrego ... mas garanto-te que seja aquilo que for, estou de pedra e cal :)

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