Definitivamente...
... cenas definitivas, não são para mim. Ou melhor, eu gostava que fossem (?!?) mas há qualquer coisa que activa uma especie de gatilho interno e me leva "dali" para fora a correr sem olhar para trás.
A minha cabeça é como um armazém atafulhado de informação desnecessária e que apenas me consome: memória paranóide (fodido!). No entanto, tanto desperdicio de actividade neuronal, de quando em vez, traz os seus beneficios, poderia era ter estas epifanias mais frequentemente e menos espaçadas ... poupava-me a uma serie de maçadas ... mas é o que há e enquanto não me mentalizar que tenho de arranjar tempo para meditar, apenas ouço a minha intuição quando ela grita que nem louca ensurdecendo-me. Aconteceu-me esta semana.
Não sei bem como, a meio de uma conversa, a minha colega ouvia e falava, eu idem aspas, até que ... PLIM!!!!! ... fez-se luz, mais uma epifânia, deixei de ouvir o que ela dizia e na minha cabeça começaram a surgir de geração espontânea um sem número de imagens representativas de coisas da minha vida que nunca liguei até esse momento: sempre que se me apresentaram coisas que senti como decisões ou situações, que fossem permanentes ou definitivas, mudei o meu rumo numa fuga estúpida e infantil, porque nem sei se realmente eram permanentes ou definitivas ... aliás não existem coisas definitivas: existem coisas que são definitivas enquanto duram. Enquanto queremos que elas durem, nada mais que isso. Agora vejo resultados, sinto que finalmente passei a linha.
E porque as conversas são como as cerejas, comecei a conversar sobre contratos de trabalho e acabei a perceber (escandalizada) que tenho uma atitude defensiva/ repulsiva com tudo o que me soe a "definitivo" ... eis que foi um pequeno passo para o Homem, um salto gigante para mim: Foda-se! Estou mesmo a crescer!
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