sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Divagando ...15

Hoje estou para aqui virada. Não me apetece pensar - o que parece ser  comum nos últimos tempos. Para me apaziguar, digo-me "não tenho nada para fazer e nada para pensar" - não me alivia tanto como deveria mas treino-me no bom funcionamento da coisa. Por qualquer razão que a razão desconhece ando com insónias - estou estupefacta dado que sou pessoa de hipersónias - dizem as pessoas "intendidas" que me rodeiam, que está no inconsciente o que me tira o sono. Talvez. Elas lá sabem.

Há quatro anos que estou estagnada, pago as mesmas contas, os mesmos empréstimos, visto a mesma roupa, ouço (maioritariamente) a mesma música, vou aos mesmos sítios, falo com as mesmas pessoas, gosto da mesma comida e nada mais que isto. Começo a desconfiar que tenho um problema (mais um entre muitos).

Não sei se ando bem ou mal disposta, se estou triste ou contente, o que me alegrava ou deixava igual. Estive na merda, fui ao fundo e estou a meio das paredes do poço, em sentido ascendente, não sei para onde vou, nem como vai ser o dia de amanhã. Nem me interessa. Não há formulas apenas desejos, sonhos, ambições e a vontade de concretizar.

Diagnosticaram-me depressão (afinal serve para tudo), egoísmo (é uma pandemia mas não vem no DSM IV), houve quem achasse que era apenas soberba e arrogância e ainda "achaques" de quem não tem chatices. Tou-me a cagar - sou apenas eu a ser eu - tenho dias bons e maus e a duração e intensidade é variável. Não sou fundamentalista mas parece que tendencialmente vivo no preto e no branco - cinzento não liga com o meu tom de pele - meias verdades e meias mentiras deixam-me azul.

Parece (dizem as más línguas, experts  no assunto) que ando assim para o assertivo/ agressivo, e digo tudo o que me vem à cabeça quando as coisas ultrapassam determinado limite - o meu limite - e  assim como as pessoas  insânias  dizem tudo e mais alguma coisa e quando respondemos fazem-se magoadas e dizem "estou a brincar" mas vão aproveitando para ofender e achincalhar, eu também vou "cagando umas postas de pescada" mas agora em mau. A diplomacia anda pelas ruas da amargura.

E assim vai a vidinha - um dia de cada vez - sem promessas ou grandes objectivos mas com sonhos e a certeza que amanhã será melhor ou tão bom como hoje. Começo a gostar desta minha nova dinâmica: menos racional e mais emocional (ou isso ou autismo).
Benefícios? 
São como os descontos do Continente: estão em cartão.

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