terça-feira, 3 de julho de 2012

Divagando ... 13

Não sei como ando. São alturas que nos movemos ao ritmo de uma qualquer brisa, sem qualquer direcção anunciada ou planeada. Talvez já não me conheça, fruto de desilusões e outras lições que fui aprendendo de modos menos benéficos ao restauro da credibilidade no outro. São meias verdades o que digo porque a verdade completa não a sei. Não a quero dizer por achar que há coisas que não se dizem, são coisas que fazem parte do nosso báu, são intimas, privadas e fazem-nos sentir efémeros e fragilizados. Tento controlar esta urgência de estar, de sentir e de me dar, nem sempre sou bem sucedida. A falta de atenção às vezes é prejudicial e baralha mais do que esclarece: podes repetir?
Não recordo ter dito certas coisas que pareces saber, não recordo ser a autora de certos acontecimentos que teimas em reter. Há muita coisa que me confunde. Há muita coisa sobre a qual não quero pensar, outras tantas que não quero fazer e outras ainda que temo por não controlar. Deixo-me ir: o futuro é uma incógnita, o presente é  única coisa que vale a pena arriscar e o passado não dita a regra - será a excepção porque assim o desejo.

Ando muito cansada e desinvestida, o retorno das minhas acções não é o que esperava, nem o respeito ou a consideração - ainda sou uma crente na raça humana. Não esperava nenhuma medalha ou um louvor mas sim a retribuição do meu trabalho, se quando me pedem esforço-me por cumprir quando peço não me adiem ou ignorem - queixo-me de orgulho ferido e porque tenho de dar razão ao meu mano "Quem muito se baixa o cu lhe aparece" - (in)felizmente sou isto e pareço não aprender.

Tenho a cara cheia de borbulhas e posso dar uma de inocente e atribuir às hormonas mas desta vez as desgraçadas estão inocentes. As bebidas fermentadas aumentam-me a barriga e as ancas, já para não falar das borbulhas pela cara toda mas é época de caracóis e sou uma fraca: umas quantas bejecas animam tardes soalheiras de boa conversa e bom petisco.

Se por vezes me queixo que sonho de mais, outras há que receio a extinção da minha vida onírica. Será que me estou a precipitar ou dei 10 passos atrás? Insegurança - muita. Há coisas na vida que não trazem formulas ou livros de instrução, cada um faz o que lhe parece ou sente como correcto - mas deviam. Era tão mais fácil e se se vendem-se na net ou nos hipermercados então, a coisa estava simplificadissíma - quem sabe um dia fico "normal".

Não sei o que sinto; não sei o que quero; não sei o que espero por isso não perguntes. A minha imaturidade é proporcional às vontades. Não faço experiências, não sou nenhum laboratório. É uma vontade, uma escolha, um arriscar. Lamento a minha insegurança, a minha presunção e a minha incapacidade de resistir à frustração e ao adiamento da gratificação - ainda não percebi qual o equilíbrio. Não gosto de me sentir subjugada, não gosto que mandem em mim - faz-me sentir impotente - não gosto que estejam sempre a confrontar-me, e sim é um problema.

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