quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Desamor

É uma película invisível que a veste, um fato de amargura talhado na perda de um amor que julgou eterno. Mentira. Nascido apenas de uma perda não prevista, não antecipada. Um desamor tóxico que exprime o seu narcisismo viscoso e insolente. O roubo, a perda. O não controlar e ser ultrapassada. Amarga. Um verniz que estala no "bom dia" e desaparece no "boa tarde". O remeter à externalidade as acções e as consequências das mesmas. Um viver persecutório aniquilador da vida e vontade do outro, como se este fosse o carrasco. O culpado. A vivência num Locus de culpa externa, um amor materno condicionado pela satisfação primeira dos desejos e do prazer anónimo da gula. A languidez de se atravessar na vida dos outros dissimulada num discurso de "distraída" para justificar a maldade e inveja lactentes num discurso harmonioso de ofensivo. Veste uma máscara que de tanto ser usada começa a estar gasta e a transparecer um mau-estar intimo que é projectado no outro invadindo a sua liberdade. Tanto desamor deixou-a amarga, uma enorme falha narcisica alimentada no sugar da boa energia dos outros. Provoca o desgaste em quem a rodeia pela luta silenciosa de não serem invadidos nos seus territórios pessoais. O seu vestir de fada é tóxico, tem impresso por todo o seu Eu, sentimentos de manipulação: pena, auto-comiseração, "distracção" e maldade gratuita.
Todas as estradas foram escolhidas por si, as consequências são suas e no entanto a realidade circundante é olhada de forma autista: rende-te a mim Mundo, pois sou uma vitima desta sociedade injusta que faz com que os meus filhos prefiram outra à minha pessoa.

Desejo-lhe o melhor, que encontre o seu caminho, seja/esteja feliz e recolha as suas garras, pois nessa altura (quero Acreditar) as pessoas à volta vão ter sossego.

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