domingo, 28 de fevereiro de 2010

Constatações parvas...

...a doença podia ter tido algum efeito benéfico como por exemplo, ter estado estes cinco dias a sofrer em lume brando quieta e a aproveitar para recompor sonos com anos de atraso. Mas não. Pelo vistos para além do estômago e outras partes menos bonitas de serem referidas, deu-me para dissertar. O que não seria mau, uma vez que está provado que as discussões salutares e argumentativas são evolutivas para ambos os intervenientes, mesmo que nenhum abdique do seu ponto de vista e caso ( e só mesmo em caso) de ambos possuírem um nível similar de maturidade para a coisa. Pois, mas não foi o caso. Apesar disso ainda bem que assim foi, porque pelos menos (eu) aprendi alguma coisa, mais que não seja o tema deste post.

As quatro maneiras mais frequentes dos adultos (?!?) terminarem discussões para as quais não têm, não querem ou não podem argumentar (as últimas duas considero-as simpáticas e de mente aberta, porque só acredito na primeira e a segunda é a resposta alternativa à primeira.):

  1. Vai à merda! (pressupõem excesso de confiança ou ausência de cerimónia ou o perfeito desconhecimento do outro interlocutor).
  2. Cala-te. Não sabes do que falas. (continua a pressupor confiança em excesso entre ambos e uma clara projecção, sobre quem não sabe do que fala.)
  3. Quem manda aqui sou eu e EU estou a dizer que não é assim. (argumento irrefutável que resolve qualquer argumentação lógica, ilógica ou assim- assim, no entanto continuamos sem perceber se o outro sabe ao menos do que estamos a falar...mas ficamos com a clara certeza de quem tem razão (?!?) ou pelo menos de quem manda. Tem de se valer de alguma coisa, certo??)
  4. Sai porta fora e ainda bate com a porta enquanto se queixa de que é alvo de uma cabala. (A minha preferida sem dúvida. Um efeito dramático potentissimo e normalmente revelador de grande maturidade, bem como digno de um Óscar.)

Tive o prazer de ser alvo da quarta forma mais comum de terminar uma conversa sobre um tema banal e em voga. Ainda hoje me brilha na mente aquele quadro dramático com laivos trágico-cómicos...Enfim mais uma vez se prova que a relação causa-efeito entre idade e maturidade não é assim tão directa como se pensa. Ou então conheço pessoas muito estranhas (?!?).

Deixo a porta aberta a todos quantos queiram partilhar as formas mais parvas pelas quais já passaram durante ou após discussões (saudáveis e com ou sem relevância). Assim podemos ficar estupefactos (ou rir à parva!) em grupo.

3 comentários:

Fernando K. Montenegro 2 de março de 2010 às 19:23  

Uma vez disse a uma pessoa assim: Não te estou para aturar porque não sou o teu pai. Depois saltei da varanda de um primeiro andar para um relvado. Dava muito trabalho ir até à porta...

Fernando K. Montenegro 2 de março de 2010 às 19:23  
Este comentário foi removido pelo autor.
L. K. 2 de março de 2010 às 22:02  

Ehehehehhe...Brutal e original...insólito... fez-me lembrar alguns dos meus terminus mais surreais...

...acho que me tinha esquecido...obrigado ;)

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