(Des)conversa 70
Ele - LK sabes o que sempre me intrigou em ti mas também me faz admirar-te?
Eu - O quê?
Ele - O facto de termos sido melhores amigos anos a fio, dormires e comeres na minha casa e nunca te teres interessado por mim. Se não me tivesse acontecido a mim, ainda hoje se me perguntassem se era possível um homem e uma mulher serem amigos uma vida inteira, sem mais nada, eu diria que não. Que a determinada altura há curiosidade e as coisas se confundem.
Eu - Nunca achei isso e sempre tive consciência que eras demasiado mesquinho para mim, não me apetecia ter de lidar contigo a outro nível.
Ele - Pois ... é justo e ainda bem que te segues tão à risca mas isso preocupa-me por ti.
Eu - Então?
Ele - Toda a gente pensa que andaste com o X. e tenho a certeza que não, que mantiveste as coisas no plano da amizade, mais que não seja, numa onda platónica mas também sei que em determinada altura ele quis mais que isso.
Eu - Não acho nada disso, sempre o incentivei e apoiei nas escolhas, partilhei com ele as minhas cenas intimas e sempre fiz a manutenção da amizade sem nada mais que isso. Acho que estás errado e isso é a mente masculina perversa a emitir opiniões.
Ele - Garanto-te que não, tu é que fizeste o que fazes sempre.
Eu - E eu acho que estás errado.
Ele - E eu acho que não estou porque a determinada altura aconteceu-me a mim.
Eu - O quê?
Ele - Querer ter mais alguma coisa contigo e tu não dares saída.
Eu - Sério? Nem reparei.
Ele - Eu sei ... queres reparar agora? Tou a brincar.
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