Coisas ...
Adoro estes almoços mensais, que se iniciam às 12h e terminam às 18h. Sinto sempre que o tempo voa, falou-se de tanta coisa e ficou outra tanta por falar. Estava sol, o que em conjunto com o vinho tinto, amacia a alma e embala o coração - que moleza me deu - a hora da cobra - se era grande e se enrolou apertadinha.
Desta vez foi diferente. Houve a introdução das crianças, e o ritmo das mesmas comandou - gostei e admirei.
Gosto de fazer parte destes Universos tão restritos e tão descontraídos, em que uma pega, enquanto a outra fuma um cigarro ou dá um gole de néctar Dionisíaco mas é também nestas alturas que vem a nostalgia, que me sinto triste por mim, parada no mesmo sítio, a conviver com o que nunca terei. Recorda-me os pontos fracos que finjo não me incomodarem e me esquivo das conversas sobre coisas dolorosas, que sei não terem solução, mais triste, se tivessem continuavam a não me servir para nada.
Fico fodida, quando tenho pena de mim própria, quando sei que as situações fui eu que as criei, e que chorar sobre o leite derramado não me vai levar a lado nenhum - é-me inevitável sentir isto.
Algum dia terei de fazer o luto. Um destes dias vou ter de "pegar o touro pelos cornos" - ainda não é hoje - mas até lá finjo que está tudo bem, que não me incomoda, que são pormenores. Apenas isso - pormenores.
(existem dias em que gostava mesmo de acreditar em mim e nas tretas que me conto - suspiro)
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