segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cenas ...

... estou num beco sem saída: não sei o que quero. Não sei se quero. As dúvidas não são lógicas e irrefutáveis, são preconceito e estereótipo.

Sinto-me insegura. Não te consigo ler. Devo fugir para longe mas por qualquer razão (que ainda não descobri) ainda aqui estou. (suspiro)


Parece-me que sou burra e gosto!

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

As coisas que eu descubro ...

As pessoas inconvenientes que se auto-denominam de "muito assertivas" aborrecem-me: ñormalmente a "assertividade" não é bi-direccional e quando reverte: "A culpa é deles - dos outros - sempre"


irrita-me solenemente a opinião a soldo sobre tudo e sobre nada, mal intencionada e sempre com uma ponta de invejazinha à espreita:

- o teu cabelo hoje está estranho.
- estás com cara de quem não dormiu.
- estás gorda.
- estás magra.
- que borbulha gigante.
- esses sapatos tem cara de caros.
- estás cheia de rugas já pensaste em fazer um enchimento (?!?)
- Há dias que estás mais gira.
- porque é que escreves sempre com essa caneta.
- Outro cigarro? Ainda há bocado fumaste!
- Outro café? Não tinhas já bebido?
- Um bolo?
 - Com fome outra vez?
- Vais tantas vezes à casa de banho.

Quando quiserem comentar em mau olhem-se ao espelho e treinem um monólogo,assim talvez se recordem o que sentem quando são o alvo: Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti - Regra Básica da Boa Educação.

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quais as probabilidades ...

A única vez dos últimos meses em que quase me apetece fazer qualquer coisa, o Universo manda-me estar sossegada (que é onde sou realmente boa).

Ando novamente com uma daquela fúrias alimentares, até podia pensar que tenho um Distúrbio Alimentar e isso deixava-me contente, porque havia um nome pomposo para a coisa, assim só posso chamar-lhe gula. Deste modo, as minhas fúrias, mais uma vez não tiveram como alvo saladas, frutas, seitã ou qualquer outra coisa sem qualquer tipo de sabor mas sim gordura com força e desta vez até uns docitos (tive duas fúrias de m&m's com amendoim e não, não falo daqueles saquitos dos cafés). Ora pois bem, numa tentativa (claramente falhada) de acalmar a minha sofridão por comida, enchi-me de (uma quase)  vontade e resolvi cozinhar assim um daqueles pratos fabulásticos com natas e muitos condimentos, a motivação era antecipar ao que me ia saber. Lá ponho as massas ao lume, eis quando reparo que não tenho cebolas. E agora? Ligo para a vizinha para me dar uma cebola. Claro que consegui acertar na hora em que a vizinha não estava em casa. Desespero a roçar a irritação - ligo para a minha mãezinha, que óbvio não me atende o telefone e ao que parece também não está em casa. A minha necessidade de ter uma cebola era tanta que começo a ponderar ir pedir à vizinha nova ... eis que de repente olho para o fogão e magia: acabou-se o gás - foda-se!
Agarro em toda a panóplia de tachos e ingredientes e vou para casa da minha mãe - fantástico consegui terminar o meu tabuleiro que tem um aspecto magnifico (a gula melhora a visão, garanto) eis que quando as coloco no forno - Meu Deus - não acende, quais as probabilidades de estar entupido nesta hora - todas pelos vistos - após tentar desesperadamente fazê-lo acender-se (sem sucesso) pego no meu rico tabuleiro com as minhas esplêndidas massas e vou a casa dos vizinhos pedir-lhes encarecidamente que me deixem usar o forno.
Deixaram e as minhas massas cheiravam maravilhosamente bem, não se tivesse dado o caso de me terem convidado para lanche/ jantar e aposto que me tinham sabido estrondosamente bem.

Não lhes toquei (pena) mas o meu mano e a sua assertividade agressiva disseram "andas a esmerar-te, ao tempo que não fazias umas massas destas, tão um espectáculo, o que é que queres?" - corroborado pela mãe, afilhado e até pai - eu acredito neles visto que só lhes vi a cor -  (mano do meu coração adoro-te e não quero nada SÓ QUE ME MUDES A MERDA DA LÂMPADA "QUE é TÃO BÁSICO E QUALQUER ESTÚPIDO CONSEGUE" - MAS AINDA NÃO CONSEGUISTE!)

Será este o castigo pelo pecado da Gula?

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Divagando ... 14

Parece que fui picada pela mosca Tsé Tsé: quanto mais durmo mais vontade tenho de dormir. Estar acordada faz-me pensar e eu não me apetece pensar . Não quero. No entanto, parece que os meus pensamentos tem vida própria e invadem-me para me darem cabo da cabeça. Cedi e depois de comer um sem número de porcarias porque me sentia insatisfeita e vazia, lá lhe dei um pouco de atenção. Não sei se percebi o que ela - a minha cabeça - me queria dizer mas hoje até fez um certo sentido. Já assumi um sem número de merdas que me são intrínsecas, estas também mas até assumir ao mundo ainda vai levar algum tempo - são tão ridículas que me envergonham e levam direitinha ao segundo ponto: Resistência.


resistência 
s. f.
1. Força por meio da qual um corpo reage contra a acção. de outro corpo.
2. Defesa contra o ataque.
3. Oposição.
4. Delito que comete aquele que não obedece à intimação da autoridade.
 
Não é consciente, sou Terra, que dizer? Que noto uma certa teimosia à qual insisto em chamar persistência? Talvez note mas vou chamar-lhe "convicções". Se me levam a algum lado? A praticamente todo mas até lá chegar parece uma escalada ao Evereste descalça e sem agasalho e sim, no fim fico muita contente porque consegui e bato palmas e dou-me palmadinhas nas costas - tenho um défice cognitivo? Às vezes já nem me lembro porque embarquei em tal jornada mas de certeza que foi para contrariar alguma coisa que me aborreceu - é muito adulto este funcionamento, Perturbação Desafio-oposição (?!?). Também notei que a maneira mais rápida de amuar é mandarem ou meterem-se no que estou a fazer com comentários de merda - muito maturo, também - Perturbação do Comportamento?
 
Agora o grande insight foi perceber que a conjunção de tudo isto dá que este ser brilhante, fixa-se, e isto sim, meus caros, é cá de uma evolução, pffffff - realmente a obstinação tem-me servido de muito, é uma excelente qualidade mas talvez a deva rever, talvez não deva pensar tanto sobre o que não tem nada para pensar (mas que eu encontre - sou Asperger?) talvez deva largar as conjunturas e reflexões e parar de desejar uma "bola de cristal" ... talvez deva mesmo viver um dia de cada vez (descobri  a pólvora!) e talvez deva ser mais assertiva nas minhas emoções e de quando em vez expor-me ao expô-las (?!?)
 
Apesar de seres um parvalhão intrometido, e inconveniente, tens razão: eram meias verdades mas tu não aguentavas a verdade inteira (e eu também não -  parece que ainda não estou assim tão evoluída)
 
Vou dormir!

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As coisas que eu descubro ....

sou parva e gosto!

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mudanças... Mudanças ... Mudanças ... Mudanças


Desde o ano passado que não paro com as mudanças, umas melhores outras menos más, no fundo sair da zona de conforto. Confesso-me: ando a precisar de alguma estabilidade, alguma constância. Sei que nada é permanente ou imutável, tudo é evolutivo mas preciso de paz, de respirar e ganhar fôlego - sinto-me de gatas há demasiado tempo, precisava de me erguer e caminhar.
estou novamente em fase de transição, no meio de mudanças profundas que me deixam apreensiva, não me dão qualquer perspectiva positiva de projecção no futuro. sei que nesta fase tenho o raciocínio enviesado, sei que ainda não elaborei e também sei que o hei-de fazer.
Às vezes sinto-me ingrata, filha de um Deus menor, que me ampara para que eu não esfole o queixo até ao osso mas que não me deixa sair do limbo, que me pede constantemente que Acredite nele e siga em frente, que sacuda o pó, limpe os joelhos e esboce um sorriso. São inúmeras as conquistas permitidas mas tal é o preço do Carma que estou sempre em divida, estou sempre a trepar arame farpado e quando alcanço estou exausta e falta-me a força do regozijo, falta-me a entrega prazeirosa e vitoriosa.
Nunca pedi nada de "mão beijada", tenho, até, sérias dificuldades em receber, sou daquelas pessoas que é bem melhor a dar e a partilhar, sou daqueles seres que acha sempre que "quando a esmola é grande o pobre desconfia", claro que sei de onde vem este mecanismo de defesa - demasiados anos a conviver com uma pessoa que me cobrava tudo e mais alguma coisa, que tentava dominar a minha vida materialmente   - ficou o núcleo persecutório que aliado a um certo orgulho mesquinho não ajuda. Será que é o que tenho de restaurar em mim? Será que tenho de me dar e receber de braços abertos e sorriso na cara? Acredito que sim, pois só assim a energia circula e não fica presa - dar e receber.
Estou cansada de mudanças, estou cansada de não estar descansada, preciso de alguma paz, de tranquilidade, de construção, de um caminhar lento, seguro e confiante, preciso de me sentir, de sentir, de me reconstruir numa versão light e despreocupada. Pensei que seria diferente desta vez, confiei, investi - foi o que quis Acreditar ou talvez o que precisava - um bom julgador por si se julga. Já percebi que as expectativas estavam altas e que sonhava acordada - não há chão, sinto-me insegura. Qualquer dia sofro de alexitimia e nesse dia as coisas e as pessoas passam por mim e eu por elas e ser-me-ão totalmente indiferentes. Aguardo ansiosamente esse dia - a idade do gelo.

Os meus Pilares estão caídos ou tombados, todos, os tempos que se avizinham são de luta, de lágrimas e incertezas. Confesso-me:  estou há demasiado tempo entre batalhas e guerras sem pausas - não sei se vou aguentar (me).

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Gosto (muito) disto ...

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terça-feira, 3 de julho de 2012

Divagando ... 13

Não sei como ando. São alturas que nos movemos ao ritmo de uma qualquer brisa, sem qualquer direcção anunciada ou planeada. Talvez já não me conheça, fruto de desilusões e outras lições que fui aprendendo de modos menos benéficos ao restauro da credibilidade no outro. São meias verdades o que digo porque a verdade completa não a sei. Não a quero dizer por achar que há coisas que não se dizem, são coisas que fazem parte do nosso báu, são intimas, privadas e fazem-nos sentir efémeros e fragilizados. Tento controlar esta urgência de estar, de sentir e de me dar, nem sempre sou bem sucedida. A falta de atenção às vezes é prejudicial e baralha mais do que esclarece: podes repetir?
Não recordo ter dito certas coisas que pareces saber, não recordo ser a autora de certos acontecimentos que teimas em reter. Há muita coisa que me confunde. Há muita coisa sobre a qual não quero pensar, outras tantas que não quero fazer e outras ainda que temo por não controlar. Deixo-me ir: o futuro é uma incógnita, o presente é  única coisa que vale a pena arriscar e o passado não dita a regra - será a excepção porque assim o desejo.

Ando muito cansada e desinvestida, o retorno das minhas acções não é o que esperava, nem o respeito ou a consideração - ainda sou uma crente na raça humana. Não esperava nenhuma medalha ou um louvor mas sim a retribuição do meu trabalho, se quando me pedem esforço-me por cumprir quando peço não me adiem ou ignorem - queixo-me de orgulho ferido e porque tenho de dar razão ao meu mano "Quem muito se baixa o cu lhe aparece" - (in)felizmente sou isto e pareço não aprender.

Tenho a cara cheia de borbulhas e posso dar uma de inocente e atribuir às hormonas mas desta vez as desgraçadas estão inocentes. As bebidas fermentadas aumentam-me a barriga e as ancas, já para não falar das borbulhas pela cara toda mas é época de caracóis e sou uma fraca: umas quantas bejecas animam tardes soalheiras de boa conversa e bom petisco.

Se por vezes me queixo que sonho de mais, outras há que receio a extinção da minha vida onírica. Será que me estou a precipitar ou dei 10 passos atrás? Insegurança - muita. Há coisas na vida que não trazem formulas ou livros de instrução, cada um faz o que lhe parece ou sente como correcto - mas deviam. Era tão mais fácil e se se vendem-se na net ou nos hipermercados então, a coisa estava simplificadissíma - quem sabe um dia fico "normal".

Não sei o que sinto; não sei o que quero; não sei o que espero por isso não perguntes. A minha imaturidade é proporcional às vontades. Não faço experiências, não sou nenhum laboratório. É uma vontade, uma escolha, um arriscar. Lamento a minha insegurança, a minha presunção e a minha incapacidade de resistir à frustração e ao adiamento da gratificação - ainda não percebi qual o equilíbrio. Não gosto de me sentir subjugada, não gosto que mandem em mim - faz-me sentir impotente - não gosto que estejam sempre a confrontar-me, e sim é um problema.

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