sábado, 18 de fevereiro de 2012

Saudades????





Saudades?


Não sei se são saudades ou apenas nostalgia de um lugar comum. A lembrança do fácil, uma zona de conforto que sempre foi desconfortável mas no entanto, conhecida. Simples de lidar, simples de antever e mais simples ainda de resolver. É um íman poderoso aquele que nos liga, sempre foi, nunca o percebi e talvez continue a perder tempo de vida a tentar encontrar uma lógica para o ilógico - lá porque cai uma folha não quer dizer que seja um sinal, pode ser apenas outono - mas é inverno e nada mudou, o gelo continua a acordar e a deitar os dias, nos entretantos, a alma tenta aquecer como pode e quando pode. A recordação do fácil talvez contribua para este estado nostálgico ou então é apenas a altura do mês - um forte TPM - que te fez voltar a brilhar nas minhas retinas mas é um brilho que encandeia e cega em vez um pacificador e puro. Nada há dizer, nada há a resolver ou a fazer, resta-me seguir em frente, resta-me libertar deste pensamento contrafactual que me traz à lembrança um monte de "ses" aos quais atribuo e procuro significante e significado: resta o nada, às vezes uma pedra é apenas isso, uma pedra e quando nos acerta não é para lembrar nada, é tão somente uma cabeça partida.


Dentro do meu coração gira um diamante em bruto, um diamante poderoso atestado de energia, de afectos, emoções e amor, essa é a minha energia, que por ora, parece mal direccionada pois volta sempre ao seguro que é uma escarpa de lava incendiada, onde me queimo de todas as vezes. Às vezes parece que procuro ferir-me, que é mais fácil lidar com o sangue e a dor do que comigo. Tenho de aprender a mudar a minha energia, torná-la um íman de coisas e pessoas construtivas não destrutivas, lamento imenso, mas não são saudades, é apenas a nostalgia de um futuro que nunca foi passado e jamais será presente.

2 comentários:

Fernando K. Montenegro 19 de fevereiro de 2012 às 14:31  

Brutal, L.K. Brutal. Mas se calhar são mesmo saudades. Agora de quê?

L. K. 20 de fevereiro de 2012 às 13:34  

De algo que nunca foi verdade (?!?)

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