terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Mecanismos de Defesa

Todos temos. Uns usam mais outros menos. Na dose certa são protectores e defensivos, no excesso são prejudiciais do funcionamento social normativo e no defeito também. Diz o ditado que há quem peque por excesso e outros por defeito: eu peco por parvoíce.


A racionalização, a mania de achar motivos lógicos e racionais para o que é ilógico e irracional deslocando a acção, pensamento ou atitude considerada inaceitável pelo superego para algo que diminua a angústia e justifique plausivamente o meio externo. É um obstáculo ao crescimento, priva o individuo de viver plenamente as emoções associadas a determinado acontecimento. Depois também existe a Formação Reactiva que é excelente, capacita-nos de aliviar a dor e o sofrimento, pois substitui comportamentos e sentimentos diametralmente opostos ao desejo real.


Quando usados em simultâneo defendem-nos, dão-nos a sensação de controle e poder sobre os factores externos e internos, no extremo pode tornar a personalidade, verdadeiramente, inflexivel. Vamos usando cada um deles à medida que somos confrontados com determinadas situações na nossa vida. A determinada altura deixamos de saber voltar para trás, são confortáveis. Ambos camuflam e muito bem os conflitos internos, são aquilo a que podemos chamar uma fuga para a frente.


Agora pergunto: Como se volta atrás? Como se destitui esse juiz castrador e punidor que se barrica, não permitindo deixar nada nem ninguém entrar? Como sabemos o que se sente, o que é suposto sentir-se?


Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei. Não sei ...




Mas quero muito saber...

2 comentários:

L. K. 8 de fevereiro de 2012 às 10:21  

É o que sei, lamentavelmente, porque nem sei quando o faço ou sequer como o faço mas sei também que quero deixar de o fazer ... agora só falta o como?

Como?

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