Tristeza ... ou talvez não
A tristeza chega de mansinho e sem avisar enrola-se em laço apertado até sufocar. Podemos mentir e afirmar desconhecer os seus porquês ou lidar com a mesma e gritar-lhe que sabemos o porquê da sua vinda, que sabemos que se prende com algum tipo de materialismo em coisa que não conseguimos ter no imediato ou em determinado tipo de determinação emocional falhada. Em ambas somos confrontados com a nossa impotência, com a pequenez do nosso querer. Resta-nos olhar para dentro e minimizar os seus estragos: reconhecer que não temos o poder resolutivo de tudo. Perceber que se temos timmings ou tempos próprios, que se temos um determinado nível de vibração energética, as coisas ou pessoas também o têm. Não adianta acelerar o processo porque o único resultado será o aumento da frustração. Tristeza - resolve-se, resolvendo vivê-la em todo o seu esplendor e riqueza. Percebendo que o tempo não é exclusivamente nosso e não o mandamos, recebemos. Nestas alturas é preciso chorar: lamentarmo-nos e termos pena de nós próprios e depois ... depois redefinimos objectivos, respeitamos as nossas metas e principalmente as dos outros e reconstruímo-nos.
É bom acordar, sentir o quentinho dos lençóis e perceber o nevoeiro a emoldurar o dia: Gosto de manhãs de nevoeiro, gosto do seu cheiro, da cor que confere aos campos e da humidade que deixa no cabelo e na roupa. O nevoeiro é místico e lava as tristezas da alma ... e as outras também. Ouçam-no mas principalmente: sintam-no!
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