domingo, 20 de novembro de 2011

Divagando ... 6

Quando estou internamente desorganizada, isso nota-se no exterior. Marte em trânsito astral também não facilita, torna-me bélica ou melhor, deixa-me irritadiça e impaciente, o que invariavelmente me deixa uma besta, levando a magoar os que me são próximos de forma completamente gratuita. Arrependo-me e começo a ter a humildade de pedir desculpa, no entanto, o que é certo, é que a palavra atirada jamais é recuperada e rasga como um punhal de dupla lamina. Olhando agora, vejo como sou injusta e como devo aprender a controlar a minha impulsividade, porque sei que eles estão sempre que preciso e que são as pessoas que mais me amam ou não tolerariam esta agressividade e arremesso de palavras. Erro e percebo-o. Corrijo e tento que não se repita mas sei que é uma eterna aprendizagem. Que como bom Touro que sou, levo tempo a ruminar mas quando desato a marrar é uma chatice e acabo sempre prejudicada, pois não posso voltar atrás, acabo culpabilizada porque sei que fui injusta e no fundo acabo a reconhecer que não falo, que os meus problemas ou stresses não interessam e "engulo-os", até que os mesmos me invadem e começam a surgir em pequenas explosões, quais Geisers, até descambarem numa destrutiva erupção vulcânica. Tenho consciência que devo alterar esta faceta perversa que tudo contamina. É meu objectivo mudar o que não gosto em mim, corrigir estas qualidades que roçam defeitos de uma magnitude indesejada. Sei que ao consegui-lo mudo a minha energia e a vibração da mesma. Talvez seja esta face negra que leva a que me digam algo que nunca compreendi: "és demasiado intensa" - Sei que, por feitio, vivo nos extremos, no preto ou no branco mas também sei que tenho feito um esforço para abraçar o cinzento. É um processo lento e moroso mas sei que os resultados são os que ambiciono, pois este velho padrão comportamental não me deu o que ambicionava e só me frustrava. Durante esta batalha, lentamente, sinto as peças do puzzle a encaixarem-se no sitio. Não tenho pressa - o que parece uma ironia quando sempre me "queixei do tempo que não passa" - desfruto desta viagem tranquilamente e deixo-me envolver pela paz que a transformação me proporciona, e que por mais violenta que seja sei que vou gostar - seja o que for e como for - é e será diferente. Recebo.

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