quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Corpo é que Paga!!

Tenho o mau hábito de "procurar" padrões de comportamentos, atitudes, acções ou circunstâncias. Não sei quando o adquiri, não sei como o faço ou sequer porque o faço, no entanto, faço-o e até com bastante frequência (mais do que o que desejaria).
Há uns anos que mantenho um registo de acontecimentos, quase diários, da minha existência, "um espaço" a que carinhosamente chamo "o meu blogue fisíco". O que me levou a reparar que de há uns anos a esta parte, os primeiros três meses do ano civil me são sempre debéis, em termos de saúde fisíca. Quase sempre relacionado com a garganta ou o pescoço mas sempre algo que surge de repente e me leva "de charola" para o hospital. Esta semana aconteceu e da maneira mais estúpida que possa existir: a ligar um aquecedor a uma tomada de chão e eis que ouço um "clic" e quedo-me imóvel. Não me posso queixar, no entanto, uma vez que os restantes 9 meses são passados a abusar.
Invariavelmente o diagnóstico é o mesmo: abuso de mim até ao limite, ou seja, "quando a cabeça não tem juízo, quando te esforças mais do que é preciso, o corpo é que paga...".

Todos nós abusamos, inevitavelmente, puxamo-nos até ao limite. Uma especie de competição contra nós próprios, talvez o provar que somos sempre capazes de mais. Mas pergunto-me se mais será melhor. Se os limites que me imponho, o ritmo obsessivo e exaustivo em que me mantenho me conduz onde pretendo ir? Terei as prioridades certas ou navego em águas tumultuosas, à deriva, na ilusão de que busco terra, quando já passei pelo meu porto de abrigo e não me concedi tempo de descanso?

Afinal que pretendo? Sempre que "o Universo me obriga" a parar, dá-me tempo de rever o meu percurso e as minhas prioridades, proporcionando-me o tempo para pensar nas lutas e batalhas que travo na persecução de objectivos que me imponho mas será que os quero mesmo? Assim desta forma, à custa de um sem número de coisas que provavelmente me preencheriam muito mais. Sou aquilo que nunca quis ser: 90% de trabalho e 10% de todas as outras merdas que fisiologicamente tenho de cumprir e até essas já tiveram alturas de ser abolidas. Falta prazer na minha vida, falta-me hedonismo - percebi.

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