segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

À Descoberta de MiM

Há imensos anos que não acontecia. Não programado ... ou melhor programado mas sem guião. A confirmação que o simples e inexpectável é por vezes o que nos deixa de alma cheia. As expectativas moldam-nos a direcção, as atitudes, actos, e por vezes até o pensamento. A racionalidade é sobrevalorizada. Não se aprende nos bancos da escola, que a antecipação, a rotação espacial e a elaboração, nem sempre são benéficas.

Apesar de tudo, iniciei o ano doente, de cama mesmo. Não consegui ir trabalhar. Segundo uma amiga, foi mais uma das lições Divinas: pára, nem que para isso te parem. Esse aspecto, ainda não sei se aprendi, o que penso, ter aprendido, foi o viver um dia de cada vez. Com todas estas epifânias, resolvi voltar à faculdade, apetece-me estudar. Desde que decidi gostar de estudar e me entreguei, percebi-me feliz, ao faze-lo. Claro, que a reclamar e a questionar a minha própria competência ao limite. Sinto que é esse desafio do novo que me faz sempre voltar. Há muito que pensava voltar, há muito que adiava. As condições continuam a não ser as favoráveis mas será que alguma vez são?

Não sei o que o futuro me reserva, apenas sei que este é o meu ano IX, e aqui estou qual tábua rasa, que aguarda inscrições, instruções ou apenas símbolos partilhados. Este ano que passou também confirmei ou solidifiquei a aprendizagem iniciada: não existe durabilidade temporal ou espacial, quando não se admira o outro; não existe um nós quando não há amizade e partilha, não interessa quão especiais, desejados, príncipes ou princesas, nos façam sentir, se não nos fizerem sentir capazes. Apenas isso. Saber que digamos o que dissermos não seremos julgados mas sim compreendidos, que o nosso desconhecimento não servirá para que se superiorizem ou nos infantilizem e vice-versa. Percebi, que um Amor, é apenas uma grande amizade, o que a distingue das outras são as borboletas que nascem de seus casulos há medida que estão maturas, é um bem estar de estar bem, quando se fala com o outro e percebemos que não há julgamento na sua palavra, no seu rosto mas acima de tudo, no seu olhar. Está ali para o que der e vier, não apenas, para o que convier. Segurança. É a comunhão de duas vontades, dois quereres, um respeito pela liberdade e individualidade, que culmina com uma solução partilhada. Uma construção livre: Eu, Tu e Nós.


As idealizações deixaram de existir. Cada degrau é um degrau. Mudam-se os paradigmas, mudam-se as mentalidades e as vontades. Muda-se a energia e algures por ai, alguém vibra na mesma frequência.

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