quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tristeza ... ou talvez não

A tristeza chega de mansinho e sem avisar enrola-se em laço apertado até sufocar. Podemos mentir e afirmar desconhecer os seus porquês ou lidar com a mesma e gritar-lhe que sabemos o porquê da sua vinda, que sabemos que se prende com algum tipo de materialismo em coisa que não conseguimos ter no imediato ou em determinado tipo de determinação emocional falhada. Em ambas somos confrontados com a nossa impotência, com a pequenez do nosso querer. Resta-nos olhar para dentro e minimizar os seus estragos: reconhecer que não temos o poder resolutivo de tudo. Perceber que se temos timmings ou tempos próprios, que se temos um determinado nível de vibração energética, as coisas ou pessoas também o têm. Não adianta acelerar o processo porque o único resultado será o aumento da frustração. Tristeza - resolve-se, resolvendo vivê-la em todo o seu esplendor e riqueza. Percebendo que o tempo não é exclusivamente nosso e não o mandamos, recebemos. Nestas alturas é preciso chorar: lamentarmo-nos e termos pena de nós próprios e depois ... depois redefinimos objectivos, respeitamos as nossas metas e principalmente as dos outros e reconstruímo-nos.

É bom acordar, sentir o quentinho dos lençóis e perceber o nevoeiro a emoldurar o dia: Gosto de manhãs de nevoeiro, gosto do seu cheiro, da cor que confere aos campos e da humidade que deixa no cabelo e na roupa. O nevoeiro é místico e lava as tristezas da alma ... e as outras também. Ouçam-no mas principalmente: sintam-no!

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Orgulho

O orgulho é um dos sete pecados mortais, eu sei. São tantas as coisas das quais tenho orgulho, sendo a principal quem sou, os meus princípios e valores. Nunca avancei para nada sem ter a minha cabeça resolvida, não camuflo coisas, pessoas ou situações com outras coisas, pessoas ou situações. Existem coisas que sinto merecerem a pena serem confrontadas, explicitadas e resolvidas e outras, que pura e simplesmente, devem ser descartadas, pois dar-lhes atenção é apenas prolongar a sua toxicidade e consequentemente nocividade. É dar poder a quem não o tem, pior, não tem capacidade para o ter. Acredito, que os objectivos são mutáveis e evolutivos, se não somos estanques ou não deveríamos ser, logo a teimosia é o receio do avanço, a "verdade absoluta" pregada por certos indivíduos é o seu medo de perda de controlo, da realidade mas principalmente da perda do pseudo controlo, que julgam exercer no outro. Se bem, que até pode ser verdade durante um determinado período de tempo, esse tem tendência a extinguir-se. É apenas uma questão de pensar: uma pessoa manipulável, que conseguimos influênciar e até de certo modo dominar, só o será até perder interesse por nós e se deixar manipular/ influenciar por outros/as. E se por por medo, receio ou comodismo se acomodam a esse modo de funcionamento, devemos ter a noção das inverdades, das acções paralelas que executam numa vingançazinha infantil de quem não tem colhões para inverter a situação, seja por que razão for.


Não sou orgulhosa mas tenho orgulho no meu percurso, nas minhas pequenas conquistas, que para mim são gigantes. Orgulho-me de ter a capacidade de persistência, de ser por vezes, teimosa mas reconhecê-lo. Orgulho-me da capacidade de aprendizagem com o erro, a cicatriz ou a inverdade. Orgulho-me, principalmente, de ter a capacidade de "dar o braço a torcer" e de saber parar. Esperar.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Deambulando pela minha cabeça

A minha fase bélica terminou com um dedo decepado e a estatelar-me ao comprido no pátio de uma escola. O resultado não foi animador mas deu-me para rir e dissipou a parvoíce que se havia acumulado. Concordo.




Por mais chapadas que leve na cara não perco este mau hábito de acreditar nas pessoas, de confiar nelas. Sempre que penso que desta vez aprendi, mais à frente descubro que voltei ao mesmo. Não estou chateada, e a mágoa já me passou. Acredito que este é um processo inerente e necessário a lidar com gente. Sim, gente porque as pessoas não reagem assim. Parecem sinceras, justas e até demonstram capacidades empáticas e mantém essa capacidade até que algo não lhes corre ao umbigo. Sempre me indaguei o porquê de "dispararem em todas as direcções" ao invés de olharem para dentro, de tentarem perceber que se houve equidade nos processos ou nas relações as hipóteses de ambos serem bem sucedidos eram simétricas. Claro, que não vou negar a minha incredulidade perante e até tristeza perante o sucedido mas após olhar de fora, percebi o empurrão que me deu: larga o velho, o ultrapassado. Devolve a consideração que te deram, não na mesma moeda mas sem esforços adicionais: o básico necessário à manutenção de relações pacificas. Aprendo.




Hoje foi greve geral, que não me pude dar ao luxo de fazer devido a alguns constrangimentos pessoais que ainda não estão sanados. No entanto, foi uma experiência agradável olhar para um bando de gente e perceber que aquilo é exactamente o que não sou e Deus me ajude, porque não quero mesmo ser. Se uns quantos exerceram o seu direito à greve, o número não bastou para se encerrarem os serviços e os restantes comilosos que não concordam com a greve, mostraram-se indignados uns com os outros, acusando-se, em brincadeira, claro está, que por causa deles - os outros - os serviços estavam assegurados e tinham mesmo de trabalhar. Estes aproveitadores do sistema, estes anti-grevistas que esperam usufruir do resultado das acções dos outros, estes hipócritas que quando algo muda são os primeiros a bater com a mão no peito e a querer receber o seu quinhão, são a classe operária deste país. A classe que se queixa mas aproveita toda a pintelhice para aliviar e nada fazer. O país está mal, sem dúvidas, mas não seria mais produtivo trabalhar-se em equipa e tentar soluções conjuntas que minimizem a austeridade, em vez de se invejarem uns aos outros e se apontarem como vítimas isoladas de uma qualquer calamidade. Enfim: gente.




Em resumo:


cada vez me é menos suportável a vitimização, os coitadinhos que gostam de o ser e aproveitam essa faceta para subversivamente instalar o caos e manipular os outros. Não suporto que tentem manipular.me pelo emocional, dá-me quebras e leva-me a julgamentos precipitados: toda a acção, palavra, atitude ou discurso que advenha dessa gente tem um lado muito negro que vai chamuscar o alvo. Porque eles, quando se fartam ou atingem o objectivo, mudam de sítio ou de pessoas. Querem palco, façam figuração nos "morangos com acuçar", querem chamar a atenção, comprem um pirilampo, com sirene incluída e andem com ela na cabeça e Foda-se ... se querem ser vitimas telefonem para a APAV!

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Apenas porque me faz sentir bem ;)



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domingo, 20 de novembro de 2011

Divagando ... 6

Quando estou internamente desorganizada, isso nota-se no exterior. Marte em trânsito astral também não facilita, torna-me bélica ou melhor, deixa-me irritadiça e impaciente, o que invariavelmente me deixa uma besta, levando a magoar os que me são próximos de forma completamente gratuita. Arrependo-me e começo a ter a humildade de pedir desculpa, no entanto, o que é certo, é que a palavra atirada jamais é recuperada e rasga como um punhal de dupla lamina. Olhando agora, vejo como sou injusta e como devo aprender a controlar a minha impulsividade, porque sei que eles estão sempre que preciso e que são as pessoas que mais me amam ou não tolerariam esta agressividade e arremesso de palavras. Erro e percebo-o. Corrijo e tento que não se repita mas sei que é uma eterna aprendizagem. Que como bom Touro que sou, levo tempo a ruminar mas quando desato a marrar é uma chatice e acabo sempre prejudicada, pois não posso voltar atrás, acabo culpabilizada porque sei que fui injusta e no fundo acabo a reconhecer que não falo, que os meus problemas ou stresses não interessam e "engulo-os", até que os mesmos me invadem e começam a surgir em pequenas explosões, quais Geisers, até descambarem numa destrutiva erupção vulcânica. Tenho consciência que devo alterar esta faceta perversa que tudo contamina. É meu objectivo mudar o que não gosto em mim, corrigir estas qualidades que roçam defeitos de uma magnitude indesejada. Sei que ao consegui-lo mudo a minha energia e a vibração da mesma. Talvez seja esta face negra que leva a que me digam algo que nunca compreendi: "és demasiado intensa" - Sei que, por feitio, vivo nos extremos, no preto ou no branco mas também sei que tenho feito um esforço para abraçar o cinzento. É um processo lento e moroso mas sei que os resultados são os que ambiciono, pois este velho padrão comportamental não me deu o que ambicionava e só me frustrava. Durante esta batalha, lentamente, sinto as peças do puzzle a encaixarem-se no sitio. Não tenho pressa - o que parece uma ironia quando sempre me "queixei do tempo que não passa" - desfruto desta viagem tranquilamente e deixo-me envolver pela paz que a transformação me proporciona, e que por mais violenta que seja sei que vou gostar - seja o que for e como for - é e será diferente. Recebo.

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(Des)conversa 44

Com o meu irmão.


Eu - Ajudas-me a pôr um espelho, se faz favor?

Ele - Está bem. Vamos lá.





(...)




Ele - Então mas esta merda é preciso fazer buracos?


Eu - Óbvio, senão para que é que precisava de ajuda. Então mas o que é que trouxeste?

Ele - Um busca-pólos.

Eu - (?!?)

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

(Des)conversa 43

Ao telefone:

(...)


Ela- Que embirração, arranja lá um Facebook.



Eu - Para quê?



Ela - Para podermos falar mais vezes e dizer coisas uma à outra.



Eu - (?!?) rindo - Nós falamos muitas vezes e sem Facebook. Estamos a falar, não estamos?



Ela - Epá, é diferente. Ali conversas com muita gente, sabes muita coisa e é de borla. Podes falar mais com a T.



Eu - (suspiro) Vou ponderar ...



Ela - Olha mas não faças já porque eu preciso de conversar contigo mas tem de ser pessoalmente.



Eu - (?!?)

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Divagando ... 5

As mudanças são sempre complicadas mas não o deviam ser. Sair da zona de conforto é por si só uma melhoria, obriga-nos a rever-nos, a procurar informação que antes não tínhamos e a perceber como usá-la funcionalmente. Pedir ajuda não é vergonha, é humildade, é ter a consciência que não somos omnipotentes, que estamos longe de possuir todo o conhecimento do mundo e dos mundos de outros. Algumas vezes, perante o início deste processo, temos tendência a aderir facilmente às fugas para a frente ... e para trás ou para os lados e quando parece não resultar, lá passa alguém que serve exactamente para o papel de bode expiatório. Parar também não é fácil, deixar que os fantasmas se libertem do sótão e existem alturas que o saltar de "solução em solução" até parece funcionar. No entanto durante o processo, assim de mansinho, sem espectáculo, sem aviso, qual estearina a nossa auto-estima, o nosso auto-conceito vão ardendo até se extinguirem por completo. Num processo tão moroso e complexo é-nos fácil renegar que o estejamos a passar, esforçamo-nos para ser boas companhias para os outros mas não os sabemos conter, eles não podem ter "problemas" porque não lhes vamos saber proporcionar o colo emocional que necessitam e então, corremos e corremos, saltamos de flor em flor apenas tentando extrair o melhor néctar, apenas tentando absorver e viver o que os outros têm de melhor, sugamo-los até que num esforço sobre humano, já perto da extinção, eles gritam e fogem. Quando isso acontece, lá volta a vontade de olhar para dentro e achar o fio da meada. Desatar o nó. Quando não somos boa companhia para nós próprios como podemos ser para os outros?

Ninguém quer carregar ninguém. Encontrar a maturidade emocional e relacional, não é tarefa fácil mas também não é impossível. No fim, garanto que valeu a pena, porque afinal: Quando eu me transformo, tudo à minha volta se transforma também.

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Razão Vs Emoção = Conclusão

Quando nós não vamos a vida empurra-nos - nunca esta frase me fez tanto sentido como agora.

Num momento estamos aqui e seja porque razão for - confesso-me - temos uma crise de Fé e nesse instante, sem saber muito bem como ou porquê a vida dá uma de 180º. Ainda me estou a recuperar e a habituar.


Não recordo ter-me acontecido algo de bom de um dia para o outro. Durante toda a minha vida as coisas boas foram sempre tiradas a ferros, de tal modo dolorosas, que quando atingia ou realizava os meus objectivos já não tinha forças internas ou externas para as usufruir - para ficar feliz. No espaço de dois dias fiquei do avesso, tenho uma pedra de sono que me leva a loucura mas como me sabe bem esta loucura. As minhas emoções têm estado ao rubro, sofro de angustia de separação, no entanto com a consciência que as portas ficaram abertas de par em par, não apenas encostadas ou entre-abertas. Chorei como "uma Madalena", os afectos são poderosos e só tomamos consciência do seu poder quando os perdemos ou temos de os perder. Este também é um luto - sou uma merda com o luto - que tenho de realizar e aceitar sabendo que sempre que olhar para trás estão a sorrir-me e a acenar-me, num desejo de "Boa Viagem Lizard".


Venceu a Razão.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Razão Vs Emoção

Sempre me considerei uma pessoa mais racional que emocional, no entanto, questiono-me: tenho um dilema entre emoção e razão. Expresso-me apaixonadamente quando as coisas, pessoas ou situações me estão ou são intrínsecas por alguma razão e desligo facilmente quando não me interessam, tenho a capacidade de manter o "gado todo reunido" no meio do caos. Talvez ao contrário do penso, tenho forçado a racionalidade a prevalecer em detrimento da emoção. E agora?

Sei o que preciso de fazer no entanto a afectividade tolda-me o julgamento.

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