terça-feira, 16 de agosto de 2011

(Des)conversa 41

(por sms)


Ela - Queres vir jantar cá a casa?

Eu - Não sei se posso porque tenho cenas para fazer. Se calhar apareço só para café mas digo depois, pode ser?

Ela - Pensa ... estamos de férias e vou fazer Carl para o jantar.

Eu - Carl? O que é isso? Acho que nunca comi (?!?)

Ela - Caril.

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Quais as probabilidades ...

... de no mesmo dia passar quatro vezes nos corredores do estacionamento do Dolce Vita, sem lá conseguir entrar, não encontrar o caminho para o IKEA Loures e no fim da noite ir parar a Almada?




a seco, eu diria poucas ... no acto diria: óbvio.


E ainda tive de me manter calada porque há 3 anos ofereceram-me um GPS todo XPTO (e com o qual não sei trabalhar), com a seguinte instrução: A PARTIR DE HOJE NUNCA MAIS ME PERGUNTES NADA!




Resta-me a consolação de ser UM GAJO que ia a conduzir ... Grande H.P., eu não faria melhor :P

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...




"Lá porque cai uma folha, não quer dizer que seja um sinal. Pode ser apenas outono"




Queremos saber sempre tanta coisa, queremos mais do que o que temos e não descansamos, nem damos descanso com tanto porquê. Uns dias acordamos com o cu virado para a lua e tudo é fácil, ajustado e pacifico e outros dias é a lua que nos vira o cu e parece que o sol não brilha, que é difícil acordar, mexer um dedo, pensar ou qualquer outra coisa. As expectativas e metas que estabelecemos no dia antes começam a desvanecer-se e a deixar um aperto no coração, uma angústia de distancia percorrida mas insatisfeita. Vivemos na beira do precipício e há dias que é tão difícil manter o equilíbrio e outros que saltar é o mais fácil. Procuramos respostas a perguntas que não existem e sinais utópicos que nos tranquilizem no caminho que levamos - vimos o que queremos ver ou o que precisamos de ver?


Estar com o humor deprimido não é simples, nem facilita a tarefa diária, real ou imaginária, pois somos expectantes em sintonia com o humor. Estar feliz, alegre, tranquilo é meta a alcançar, no entanto, o medo de não merecermos, de ser de mais, do seu término ou a espera do "que será que ainda ai vem" intranquiliza-nos, deixando-nos defensivos e preparados para o der e vier. Não sei o que é o correcto. Não sei em que lado devemos permanecer, ou até se devemos permanecer. Nada esperar será, sem dúvida, o melhor: evita as expectativas, as metas e as variações de humor entre o melancólico e o maníaco.


Já me aconteceu ter "certezas absolutas", daquelas que vem do estômago, e no fim sair tudo ao contrário da minha "certeza absoluta" e isso frustra-me e deixa-me aborrecida e sem vontade para empreender, seja o que for. Desmotivo e levo tempo a dar a volta e no fim, arrumo na prateleira porque já não me apetece mais passar novamente pela desilusão do não alcançado, já não me apetece mais ser "forcado da cara", apetece-me ser desistente e oca. Outrora encarava tudo o que se apresentava como um desafio a mim própria, como quando estive hospitalizada, de futuro incerto e resolvi, no imediato, que seria o guerreiro que vence a guerra e não o soldado que perece na batalha. Assim fiz. E voltei a fazer todas as vezes que me senti ameaçada ou impotente ou magoada ... e continuo a fazê-lo "against all the odds" e para quê? Para ter o orgulho ignóbil de auto-suficiência, de tudo o que sou, faço ou tenho, se dever única e exclusivamente a mim? De ninguém poder opinar sobre a minha vida porque em nada contribuiu?


Grande merda ... agora quero o contrário ... a dependência ... a ajuda ... a partilha ...




... só me resta aprender. Rendo-me.

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

(Des)conversa 40

Eu - Que grande merda, ando cheia de dores nos joelhos e tenho as pernas cheia de nódoas negras ... nem sei como é que faço isto ...


Mano - Eu sei ... é pela mesma razão que nunca achaste dinheiro ...


Eu - Não percebi a analogia (?!?)


Mano - Se andasses como às pessoas normais e de vez em quando olhasses para o chão, já não te esgalhavas toda ... e podia ser que ainda achasses qualquer coisa ...

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(Des)conversa 39

Há um mês ...


Ela - Preciso que me ajudes a encontrar casa.

Eu - Então? O que é que se passa agora?

Ela - Vou-me divorciar. Está decidido. Tenho 20 anos desta merda, não aguento mais.

Eu - Ok, mas pensaste bem nisso?

Ela - Claro, ontem, decidi que era o melhor para mim e para os meus filhos e até para ele.

Eu - Então vamos lá ver isso, se souber de alguma coisa digo.



Há 3 semanas...

Eu - Queres ir este fim-de-semana jantar fora e beber um copo?

Ela - Não posso. Vou de férias sexta-feira.

Eu - Vais de férias com os miúdos?

Ela - Sim, vamos todos.

Eu - Todos?

Ela - Ele já tinha marcado casa e é chato estarmos a perder o dinheiro ... mas arranjar casa ainda está de pé. Não desisti ... adiei.

Eu - hum hum ...



Ontem ...

Ela - Não encontraste nenhuma casa, certo?

Eu - Não ... sinceramente, nem pensei mais nisso. Desculpa.

Ela - Não, ainda bem. Já não me vou divorciar.

Eu - As férias fizeram milagres ou é por causa dos miúdos?

Ela - Foram as férias ... porra, eu não o aguento é no dia-a-dia ... chego a odiá-lo ... mas depois fora de casa gosto de estar com ele ... a todos os níveis ... percebes?

Eu - Sim, acho que fazes bem ...

Ela (ar pensativo) - Achas que era muito mau divorciar-me e mantê-lo como amante?

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pessoas

Gostei de falar contigo, de saber que estás onde queres e que estás bem. Disseste-me que a felicidade é uma montanha russa e que é necessário perceber se os loops superam as zonas flat. Haja alguém que domine os segredos do matrimónio. Percebes-te e ainda bem: fico feliz que estejas feliz ou que todos os dias te aproximes um pouco mais. Mereceste. Merecemos todos. Subtilmente chamaste-me a atenção para a minha noção de "espaços": "dás demasiado espaço, o que causa constrangimentos a quem te rodeia pois não se percebe se queres ou não que entrem no teu". Ri-me. Sei que sim que falho nessa partilha. Confesso: não sei o limite e se há quem peque por excesso, fá-lo-ei por defeito. Mensagem recebida.


As escolhas que tiveste de fazer, as decisões que tiveste de tomar fizeram com que a sensatez superasse a insanidade do espontâneo - dizes. Não sei se concordo. Creio que a sensatez surge das aprendizagens, do acumular de informação em nós que não conseguimos, simplesmente, colocar no lixo, como um qualquer traste inútil. Talvez também surja da necessidade ou simplesmente é inerente à maturidade que adquirimos, mesmo sem nos apercebermos, ou querermos. Infelizes dos que lutam contra a sensatez proveniente de lição aprendida, perdem-se em si próprios, criam um desfasamento interno na adequação ao real e ao outro. Falar contigo faz-me sempre divagar, coisa fácil em mim, provocas para me ouvir, e eu não me importo - sei que o precisas. Talvez to deva.


Sei que não voltaremos a falar tão breve porque é verão e depois porque é outono e depois o inverno e no Natal trocamos mensagens estereotipadas e passa mais um ano e quando houver novo interregno no silêncio, voltas a dizer-me que estou igual. Confesso: não estou.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fácil? O que é isso?

fácil
adj. 2 g.
1. Que não custa a fazer.
2. Que se consegue sem grande trabalho.
3. Claro.
4. Simples, natural.
5. Provável.
6. Brando, dócil.
7. Acessível.
8. Precipitado, que reflecte pouco.
9. Complacente.
10. Muito susceptível.



Ora aí está um adjectivo que não se incorpora em mim e na minha vida. Sempre que alguém me diz que determinada coisa, situação, ambição ou objectivo foram "fáceis de concretizar", sinto que sou leiga perante o conceito de "fácil". O que é isso: fácil?


O que é difícil para uns será o fácil de outros? Serei exigente e considerarei tudo dantesco? Não sei ... mas se há coisa que esta "viagem" não tem sido é fácil. Nada que não consiga ou tenha conseguido ultrapassar mas gostava de saber o que é conseguir algo de forma "fácil". Pelo menos uma vez apetecia-me ter "o cu virado para a lua". Ficaria espantada e render-me-ia às evidências ... se as houvessem. Estarei eu apta a acreditar na dita "facilidade"? Dizem que o esforçado trás o saber da vitória umas vezes é verdade, outras estou demasiado cansada para o sentir: sangue, suor e lágrimas. Habituei-me a sentir "a dificuldade" como "a lição" que tenho de aprender no momento e se tenho aprendido, (Bolas!!!).


Sou abençoada e Peço que quando me necessário tenha o discernimento de saber aplicar de forma justa e correcta tudo o que aprendi nas quedas e no erguer-me.




Encontro-me em mais um momento de aprendizagem, em que me volto a questionar: serei demasiado exigente?


Sacrifico-me em consciência, são as consequências das minhas acções e decisões: eu sabia isso. Saltei. Precisava e preciso. Não duvido que alcançarei os resultados que ambiciono mas ...




... Foda-se! se para os outros é sempre tudo tão "fácil" porque é que acho e sinto tudo tão difícil. É sempre o cabrão do tempo ... leva tempo ... tenho-o: a bem ou a mal.

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Valeu a pena ...



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