Divagando ... 2
Um verão, (leia-se: quando entrei de férias), que teve um início inesperado e se manteve durante quatro dias. Há imenso tempo que não me encontrava num estado de dormência, que permitisse aliviar um superego retrógrado e ultrapassado, mesmo assim, o estupor não se "deixa ir em cantigas" e entra em "coma" ... pronto que recalcasse já não era mau. Não, nem um estado comatoso ele alcança, fica mais manso, menos restrito mas é só.
Este foi um ano de vários funerais, o que me arrasa emocionalmente, deixando-me quase prostrada pelos medos que me levanta. Tento dominá-los mas mesmo assim fico reactiva e debilitada emocionalmente, por isso decidi que não volto a ir a funerais, excepto aqueles que tem mesmo de ser e mesmo assim ainda será de ponderar. Sou uma mariquinhas. Que fazer? Viver um dia de cada vez o melhor que posso e sei e rezar por protecção. Rezo.
Por falar em óbitos, esta merda do Facebook começa-me a chatear à séria: Foda-se qual é que é o problema dos meios de comunicação tradicionais? Não falo em sinais de fumo, pombos correios ou telegrafo mas existe alguém que ainda se lembre do telefone, telemóvel, mails, cartas e afins? Como é que é possível que uma amiga tenha de se lembrar que eu não tenho Facebook e me tenha ligado a informar do falecimento do pai de outra amiga, que ela por acaso, teve conhecimento pelo Facebook da lesada (?!?), será que andamos todos doidos e as relações humanas alteraram-se para relações virtuais? "Há distância de um teclado e de um monitor está o mundo: junte-se a nós, faça parte da gigante família virtual. Garantimos que não apanhará qualquer IST, infecto-contagiosas ou até uma simples gripe - Vai ver que o seu organismo agradece ;) " - Foda-se, pelos vistos para "passar a existir" ainda tenho de me render - vou fazer prospecção de prós e contras. (Suspiro x 3)
Felizmente, o balanço do "meu verão" é positivo: alcancei algumas metas pessoais, ou melhor, estou a alcança-las e a adorar. Estou realizada em termos de objectivos estabelecidos até este ponto. Sabia que não ia ser fácil ou simples, o que também me é caracteristico e penso, estar intrinsecamente ligado à impaciência e ao desfazamento entre os meus timings e os do Universo (?!?). Ter alcançado estes objectivos também me fez olhar para trás e perceber alguns erros cometidos - assumo o mea culpa, até reconheço um certo egoísmo - foram escolhas apesar de inconscientes, o que também me demonsrou que apesar de algumas vezes conscientemente fazermos determinados movimentos, a nossa essência está sempre presente na comunicação subliminar ou implicita. Respeito-as.
Não sei porquê sinto este mês de Agosto como um período de transição, talvez de mudança, apesar de não o saber explicitarr ou justificar, é algo de positivo ou eu sinto-o assim, em igual proporção assusta-me. Seja como for, haja o que houver lidarei com isso e procurarei percorrer no maior equilibrio a linha ténue que separa o Yin-Yang, até porque a realidade vivida e percepcionada é fluída e em constante mutação - espero ter a capacidade de caminhar no arame, retirando o melhor de todas as experiências sentidas e vividas. A Espiritualidade. Este é o estado de espirito com que espero regressar ao trabalho: lembrando-me a cada instante que sou apaixonada pelo que faço.
Formam-se na minha mente e alma novos objectivos ...
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