segunda-feira, 14 de março de 2011

Coisas absurdas ...

... ditas, publicadas e feitas como se fossem coerentes.
Sou apolitica, desisti há muito tempo de tentar perceber quais as ideologias em que melhor se enquadram os meus valores, porque a determinada altura percebi que os Programas Eleitorais, são isso mesmo: programas eleitorais. Algo similares às telenovelas da TVI que apesar de durarem um par de meses, o conteúdo é vazio e para perceber o essencial bastavam três episódios: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Ambos são utópicos a diferença é que uma telenovela é anunciada como ficcional e puro entretenimento por mais estúpida que seja e as decisões que os políticos tomam para "bem da nação", infelizmente são reais e na maioria das vezes transmitidas com a devida condescendência a um povo (considerado) apedeuto. Foi o que senti hoje.
Há já alguns anos que me enquadro naquele circulo alargado de trabalhadores independentes que apesar de realizarem o seu trabalho para uma única entidade não têm direito a qualquer beneficio fiscal ou de segurança social vulgo trabalhadores precários em condições precárias, dependentes da "boa vontade".
No início deste ano os "recibos verdes" sofreram alterações que visam pressionar as entidades laborais a regularizarem as situações. No entanto, o que (nos) aconteceu foi exactamente o contrário: a prestação à Segurança Social passou para 29,6%, o que deu uma subida de escalão mas direito a ter "protecção na doença" (?!?); a retenção na fonte passou para 21,5% e o IVA a 23%. Juntando ainda a taxa de 5% que falaciosamente as entidades patronais "passam a pagar" por cada colaborador a "recibos verdes". O que no meu caso veio acrescentar-se à minha lista de "pagamentos ao Estado". No entanto, (pensando à Portuguesa) sou uma abençoada por ter trabalho. Apesar de quase pagar para o exercer!
A verborreia de hoje nasce da incredulidade perante a noticia relativa aos campos de golfe ver AQUI !!!. Numa tentativa de revitalizar a economia nacional o P.M. Engº "Sócrates foi sensível a argumentos do sector. Praticantes poderão pagar apenas 6% de imposto, em vez dos 23% actuais."

Mantenha-se e aumente-se o preço do pão e do gasóleo, dos medicamentos e cuidados de saúde, permita-se a precaridade laboral e o aumento das taxas de desemprego mas ... "Deus nos livre e guarde" de aumentar as taxas e custos das "diversões" de um circulo social afunilado e favorecido.
O que tem a sua lógica: a classe operária é em maior número conseguindo mais facilmente suportar todos estes aumentos do que a "meia dúzia" que tem jactos privados e joga golfe para descomprimir do stress do dia-a-dia (?!?).

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