sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Despir ... 2010 ...


Eis que passaram mais 365 dias: para acertar e para errar, para aprender e para ensinar, para chorar e para rir. Foram 365 dias para amar e ser amado, para estar feliz e para estar triste. Para partilhar e para ser egoísta, para ser e para não ser e ainda aqueles para estar assim-assim.
Tal como referido Aqui... este foi um ano iniciado sem expectativas, vivido sem esperas e terminado como se iniciou: sem desilusões porque não haviam ilusões. Se foi fácil? Claro que não ... mas também não foi impossível. Foi e está a ser, uma grande viagem interior, onde as mudanças operadas, nem sempre foram fáceis de gerir e operar.
Este foi o ano em que aprendi que cada dia vivido é como uma qualquer peça de roupa: as que gostamos mais, as que gostamos menos, as nossas preferidas, as que nem sabemos porque temos e ainda aquelas para os dias que amanhecem de nevoeiro e arrebatam a nossa alma. Curiosamente todas nos são precisas, até as que sabemos não nos ficarem assim tão bem: são quem somos naquele dia especifico. A determinada altura, cansamo-nos e fazemos uma limpeza geral no armário: vai tudo para o lixo ... tudo não, a nossa camisola favorita (que não usamos desde os 16 anos) fica ... não vá ser precisa! Somos humanos e racionais, como tal apegados ao velho, usado mas conhecido e reconhecido. É-nos dificil deixar espaço para o novo, é-nos difícil largar o que conhecemos e até quando viramos costas a tudo, apenas de mochila às costas (e multibanco no bolso) carregamos connosco um qualquer objecto transitivo: a segurança. Projecto. Eu sou assim: racional prática, às vezes racional complicada e outras racional - emocional. Ando toda trocada, o certo seria: emocional prática, emocional complicada e às vezes emocional - racional. O certo. A lição.
Foram inúmeros os momentos em que me senti "rapariga piquena", em que me apeteceu enfiar a cabeça na areia e desistir, momentos de eremita onde as dúvidas eram a única companhia. Momentos de vulnerabilidade em que fui capaz de me questionar desde as unhas dos pés aos cabelos e aí aprendi a chorar, comecei a aprender a ter ou dar pequenos saltos de fé (os quais necessitam de aperfeiçoamento em 2011 e 2012 e ... provavelmente por aí fora?!?).
No plano físico, 2010, não tem nada a assinalar de maior: não troquei de casa, nem de carro ou sequer de trabalho, também não fui aumentada e mantenho a precaridade dos recibos verdes, não me casei e não tive filhos, no entanto, houve assim um sem número de pequenos pormenores que me trouxeram paz de espírito, afinal, são muitos grãos de areia que constroem um deserto: aprendo que com a vida também é assim. A meio do ano tive uma recaída, daquelas em que me dou ao trabalho de fazer projectos a médio prazo e acabo (invariavelmente) por não cumprir nada, logo: não emagreci, não fui para o ginásio, não aprendi a meditar, não fui para o Yoga e não voltei à Universidade, não poupei, não deixei de comprar sapatos, não passei a cumprir horários e (felizmente) não me propus a deixar de fumar. Fiz tudo o resto que me apeteceu e algumas coisas que não me apeteciam, também.
Termino este 2010 tranquila, tive duas excelentes semanas, que me lembraram a grandeza de estar vivo e viver: o simples e fácil às vezes é plenitude e magnitude. Resta-me Agradecer todas as bênçãos com que fui brindada ao longo do ano.
Faltam algumas horas para o inicio de um novo ano civil que pretendo receber despojada dos enviesamentos mundanos, onde espero ser Agraciada pelas bênçãos do Universo: que este, em 2011, me ensine a "ouvir" o Silêncio, permitindo-me ponderar a grandeza da minha existência e o verdadeiro Poder e Amor sem fim que eu tenho dentro de mim.
Acredito. Este é o ano das concretizações: Feliz 2011!!!!

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um Natal Diferente

Quando era criança lembro-me da ansiedade que me perseguia até à tão desejada noite de Natal. Cá em casa não se esperava um Pai Natal, pançudo e bonacheirão mas sim um Menino Jesus atento a todas as tropelias praticadas durante o ano.
Recordo alguns Natais de ficar boquiaberta com a generosidade desse Menino Jesus atento aos desejos mais secretos de uma criança, mas também lembro um Natal triste e preocupado, cuja resolução não estava ao alcance de uma criança. Talvez tenha sido essa fase que me distanciou da magia Natalícia.
Uns anos mais tarde, esta quadra passou a ter um sabor agridoce, que sinto, manter-se até aos dias de hoje: curiosamente as crianças da minha família sempre tiveram mais 20 anos que eu. Hoje mantêm a postura de eternas crianças insatisfeitas e mal educadas. Já me importei ... deixei de me importar ... voltei a dar importância e agora concluo que a minha paciência esgotou: Estou cansada de ser a adulta, face a essas pessoas, desde que eu era ... pequena. No entanto: Aceito-as. Percebo que não muda, não irá mudar: perderam essa capacidade. Esta compreensão faz com que aprecie outras particularidades da quadra Natalícia. Este foi um ano diferente: magia.
Não está nas coisas, nos presentes, numa mesa farta ou nas pessoas: está em mim. Percebi, assimilei e aceitei. Num periodo em que sou um ponto de interrogação, também cheguei a algumas conclusões, talvez óbvias ou nem tanto, mas são as minhas.
Começo a Acreditar que cresci: o que quero agora é diferente do que alguma vez pensei querer. O que peço é simples, sem ser simplório, é prático, sem ser banal, no entanto, olho para a minha lista e assusto-me, por ser assolada pela incapacidade de resolução ... pela incapacidade de decisão. No entanto, sei que chego lá. Vou arriscar.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dúvida razoável.

Sinto tantas dúvidas nesta fase da minha vida, que concluo, ser Eu a própria dúvida.
Todas as perguntas me parecem sem resposta e todas as respostas me conduzem a novas questões. O centro deste oxímoro sou eu e sei que também sou a resposta, no entanto, a lógica revela-se ilógica e o racional céptico.
Questiono-me vezes sem conta ao longo do dia, desde sempre o fiz. Essa capacidade de me por no limbo, é a mesma que me faz avançar no caminho, no conhecimento e no ser, mas ... as dúvidas agora são outras: o que antes era bom, agora parece-me mau, onde antes estava confortável, agora causa-me desconforto, o que antes tolerava, agora aceito e sigo. É uma espécie de desconforto confortável, uma viagem de paragens, cujo o destino se revela um amigo desconhecido ... ou que não quero reconhecer.

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

(Des)conversa 28

Numa festa de Bandas Rock que tocam covers, passa por mim e pela minha colega, um fulano que tresandava a perfume:
Eu - Epá caiu no frasco ... parece uma daquelas cenas tipo Axe ou Old Spice.
Ela - Pois, eu não sei porque nunca gostei muito deste tipo de música.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

(Des)conversa 27

(Uma visita não convidada em minha casa)


Ela - Olá posso entrar?
Eu - Podes. Está tudo bem?
Ela - Sim. E tu? Tens uma carpete nova?
Eu - Sim.
Ela - Tem uma cor gira mas gostava mais se fosse de arraiolos.
Eu - Pois ...
Ela - Não estou a dizer que não gosto ... mas que preferia de arraiolos.
Eu - Pois ...
Ela - O que é que estás a ver?
Eu - O filme da Sic.
Ela - Ahh ... eu estava a ver a novela da Tvi ...
Eu - Pois ...
(...)
Ela - Não queres mudar? Queria ver o fim da novela ...
Eu - Não. Estou a ver o filme e nem sei que novela é. Amanhã vês o resto que não deves ter perdido muito.
Ela - Estás mal disposta?
Eu - Não ... estou apenas a ver o filme. Queres um chá? Fiz agora.
Ela - Pode ser.
(gritando para a cozinha)
Olha espero que não seja chá verde.
Eu - Não, é de manga.
Ela - Também não gosto desse ... não tens lúcia - lima ou camomila?
Eu - Não, além disso acabei de fazer 2l de chá. Queres ou não?
Ela - Pode ser, se não há outro. Estava agora a reparar na tua televisão e a ver que não é Panasonic.
Eu - Não, não é. Porquê?
Ela - Por nada ... mas são as melhores ...
Eu - A tua é Panasonic?
Ela - Não, não tinha dinheiro para comprar uma ... mas é a melhor marca, devias ter comprado antes dessa.
Eu - Pois.
Ela - Não é que esta não tenha uma imagem porreira, mas não é tão boa.
Eu - Pois.
Ela - Bem vou-me embora que já vi que hoje não se pode falar contigo. Até logo.
Eu - Até logo.

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sábado, 4 de dezembro de 2010

Keep It Simple...

... Keep it plain!

Às vezes as coisas mais simples da vida, as mais praizeirosas e as menos inesperadas...surgem de repente, quando menos as esperamos, quando menos estamos preparados ... são assim: simples, prazeirosas e verdadeiras.

Às vezes não é preciso muito, nem pouco, nem assim- assim: basta abrir a alma e receber. Falamos muito em Karma e pouco em Dharma: vou usar o último. Hoje é um bom dia: um excelente dia. Abri os braços, abri o espírito ... e recebi. Apenas isso.

Convido-te a vires, convido-te a arriscar, convido-te a viver ... convido-te a ser ... apenas isso ... a ser. Arriscas????

Keep it simple ... Keep it Plain ... Be Free ... Be You ...

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