sábado, 15 de agosto de 2009

Férias!!!!!!

Este espaço encontra-se encerrado para férias de 15 de Agosto de 2009 a 15 de Setembro de 2009.
Quaisquer incursões ao mesmo serão meramente pontuais e estão sujeitas às eventuais crises de tédio que (de vez em quando) possam assolar devido à inércia total inerente a quem está de férias.
Após meio ano algo atribulado, nunca as férias me foram sentidas como tão imprescindiveis como no presente ano. Mais que o corpo, que anda folgado, a mente precisa de um momento catártico e de exorcismo de excessos racionais e preocupações estapafurdias.
Este ano, estas férias desejo passa-las apenas com as emoções, a estupidificar-me em prolongados banhos de sol, nevoeiro, lua ou aguaceiros desde que qualquer um dos estados temporais não me faça ter de usar qualquer faculdade cognitiva prestável.
Auguro um regresso tranquilo e reabastecido de energias positivas e guerreiras para desfrutar o que se segue. Vamos ver....até lá...Um volto já.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Nada

Nada, simplesmente nada. Poderá o "Nada", ser o tudo ambicionado? Poderá o "Nada" ser o alimento de uma mente perturbada?

Sentado naquela rocha tecia considerações sobre o que significava realmente o ter, ser, ver nada. Seria somente o vazio, o vácuo e a ausência de um qualquer materialismo desejado na ânsia de preencher a área lacunar das emoções? Não acreditava nisso, não podia. Quantas vezes o nada, era preferível a umas quaisquer palavras moribundas e desprovidas de significado real; quantas vezes o não fazer ou não nos fazerem nada, era o elo dourado de uma corrente que tolhe movimentos e sentimentos. Agora, ali sentado, observava o sol que iniciava a sua descida. Já tinha sido feliz ali. Um marco geodésico para Portugal e um marco na sua vida “Onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto III). Ali, naquele sitio, o fazer nada, o decidir nada tinha marcado o rumo da sua vida. Não lamentava. Com o sol a bater-lhe na cara, as recordações eram calorosas e surgiam como um nada, suave e tranquilo. Gostava de ali ir, de imaginar como tinham sido as partidas nos Descobrimentos, como teria sido dobrar aquele mar que apenas permitia avistar um nada: o fim do mar e o inicio de um céu. Que mistérios estariam do lado de lá. Como se venceria o medo? Seriam suficientes a coragem e a audácia? A alma de aventureiros e o desejo de novas conquistas, permitia que o nada fosse um tudo que alimentava a esperança e a audácia.

Há muitos anos que não ia aquele sitio, estava como o recordava. Ou estaria como o queria recordar? Não interessava nada tais ruminações sobre um real alternativo que a existir partiria de um pressuposto de pensamento contrafactual. Preferia não pensar em nada. Quaisquer teses ou premonições assentavam em inconsistências de factos palpáveis, apenas no nada. Sabia agora que nada pode ser muito, pode ser tudo: pode ser o silêncio que se precisa quando as lágrimas teimam em sair; pode ser a tão necessitada ausência de acção da parte do outro que nos dá o calor e aconchego necessitado; pode ser o tempo que se têm em harmonia perfeita com o nosso intimo. Afinal, o nada podia ser aquilo que ele senti-se como tal, a paz de espírito, o sorriso que surge sem motivo aparente ou o bem estar interior de quem se sabe consigo e para si.

O sol já tinha entrado na sua casa, o céu era agora iluminado por uma lua, brilhante e redonda que em nada, fica atrás do seu companheiro diurno. Estava na altura de partir. Afinal não estava ali a fazer nada.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Verão, Sardinhas, Pão e Vinho...Toiros e Toureiros...Minis e Festas...

Lembro-me da adolescência e do que os Verões significavam. Altura das festas populares, o tempo era para e com os amigos, comemorava-se um mês inteiro: com o culminar da festa o verão entristecia, como se nada mais houvesse a esperar. O fim da festa lembrava que a escola estava para breve. Os dias tornavam-se mais curtos e os entardeceres findavam mergulhados em calmaria. O contraste entre o pré e pós festa. Os 4 dias de festa colavam-se e inexplicavelmente pareciam um só, não havia tempo para destrinçar manhãs, tardes e noites: apenas "A" festa. O nascer e por do sol mais bonitos que se podem ver - sensação de alma cheia, peito preenchido por algo maior que aquela bola incandescente que acena de cada vez que nos atravessa - sublimes eram os dias e as noites. Senti-os assim, talvez fossem apenas banais e a exacerbação estivesse em mim.
A minha terra nunca viveu de imigrantes, emigrantes ou migrantes: da terra para a terra. Com tradições culturais muito vincadas, é preciso ser-se apaixonado ou aficcionado para perceber/sentir o prazer das largadas de toiros, das esperas, da noite de sardinha assada e tardes dedicadas ao religioso: somos uma mistura de pagão e religioso, bem ao jeito de Nuestros Hermanos...afinal somos o Ribatejo.
Todos os anos "sinto" a festa menos um bocadinho e todos os anos ela me sente a mim menos um bocadinho também. Faz parte do processo natural de crescer e amadurecer, talvez. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, talvez. Posso pensar em inúmeras (tentativas) explicações para justificar algo, quando bem no meu intimo, sei que nada tem a ver com a idade, maturidade e outras coisas que tais: tem sim a ver, com o meu intimo, com o meu olhar que deixou de captar as emoções associadas às festas. Os amigos partiram, fizeram o seu caminho e as festas perderam com as suas partidas, talvez de algum modo, eu também tenha partido sem sair daqui. Talvez me recuse a ver, a aceitar que o meu contexto já não é este, talvez não queira largar reminescências de um passado, talvez....
As festas estão à porta, não as antecipo ou sequer desejo. Não tivesse o Universo conspirado e partiria antes do seu começo: ter a experiência de passar um ano longe das mesmas e avaliar o que sentia. Não foi possível. Ficarei e vamos ver!

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pessoas Precisam-se!!!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

Não mudam nada. Apenas se tornam generalistas e formatadas, o que lhes subscreve o epíteto de "normais". São modernos, pensam-se modernos, adeptos da multi e inter-culturalidade. Uma perfeita capa construída de slogans altruístas e de apelos à liberdade de expressão. Dizem-se bloquistas, mas não sabem quem é Louçã. Nos bonés pins de Guevara, que pensam como um alguém que foi muito importante - a explicação que mais vezes me foi dada - "foi um grande cantor dos hippies que morreu novo"...Oh meu Deus tende piedade de uma geração formatada em Windows, Messenger, Facebook e HI5, que vai demarcando o estatuto "cool" com o melhor Ipod,Mp3 ou 4, telemóvel e playstation. Cultura é Morangos com Açúcar.

A minha geração é a última fornada daquela que em 1994 Vicente Jorge Silva, no Público, designou por "Geração Rasca" é a dos extremos. Vingou-se. Para contrariar a nomenclatura, temos uma geração de workaholics, materialistas. Fornadas de Universitários rebelados contra o sistema - matou-se a PGA e mantem-se o aumento das propinas - não se pode ter tudo! Dessa fornada saiu também uma geração de idealistas, sonhadores ligados às artes: em full-time, em part-time ou somente como hobby terapêutico de quem não investiu no palco mas também não perdeu o amor ao mesmo. Encontro-me no último grupo.

Adoro o cheiro da sala, dos camarins, o som dos aplausos e as longas noites de ensaios. A adrenalina da estreia e de todas as outras estreias que se seguem: cada espetaculo, mesmo tendo ido a cena 1000 vezes para aquele público é sempre a primeira. E porque cada público é um público, que reage de maneira diferente ao que assiste. Vive connosco cada personagem, incorpora e torce como se alguma daquelas personagens fosse um amigo...ou o próprio. Preciso do palco para me manter no lado da sanidade - ali é tudo real...seja isso o que for.

Quando comecei éramos muitos, entre homens e mulheres estava equilibrado. Alturas houve em que éramos tantos que para todos poderem ter papeis de texto fazíamos revistas à portuguesa: uma por ano e chegaram a ser duas. Com o passar dos anos muitas das pessoas seguiram o seu caminho e esse, já não passava pelo teatro. Outros houve que paralelo ao seu caminho, alimentaram o "bicho" do teatro. Hoje sobramos cinco do elenco original. Vem adolescentes "fazer caminho" para o sonho de ser um "Morango com Açúcar", mas não ficam. Ambicionam a projecção, a fama e o estrelato da Rita Pereira ou do Isaac Alfaiate. Cinco minutos de fama, cinco minutos em que sentem que são alguém. Ali, naquele palco não o conseguem. Ali a fama está em cada um e na vontade e carinho que dedica ao seu vilão, mendigo ou morgado. Ali somos quem quisermos longe de uma câmara de televisão, de um exaustivo tratamento de imagem e edição da mesma...apenas com pessoas bonitas.

Temos pessoas que pisam o palco, não investem, mas estão lá. No entanto as mulheres continuam a ser a maioria. Temos falta de homens para fazerem de homens. O estigma, os estereótipo continua vivo nestas gerações e mesmo a estudarem em Lisboa e outras cidades a mente é a da Santa Terrinha. Modernos se dizem, nas vestes as cores da emancipação, nas palavras a ausência de respeito pela ignorância do que ainda têm a aprender, no fim são vazios, seres ocos que sonham viver na sombra de um qualquer estrelato fastfood e não lembram: "que os sonhos têm de ser esforçados para se poder ter o mérito da conquista"*

*Augusto Cury

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domingo, 2 de agosto de 2009

Miguel Sousa Tavares (In Expresso)


"Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa.
Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

- É sempre assim, esta auto-estrada?

- Assim, como?

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

- É, é sempre assim.

- Todos os dias?

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

- Mas, se não há trânsito, por que a fizeram?

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

- E têm mais auto-estradas destas?

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.

- E, já agora, por que é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

- Porque assim não pagam portagem.

- E por que são quase todos espanhóis?

- Vêm trazer-nos comida.

- Mas vocês não têm agricultura?

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

- Mas para os espanhóis é?

- Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

- Mas por que não investem antes no comboio?

- Investimos, mas não resultou.

- Não resultou, como?

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

- Mas porquê?

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

- E gastaram nisso uma fortuna?

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

- Estás a brincar comigo!

- Não, estou a falar a sério!

- E o que fizeram a esses incompetentes?

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

- Isso mesmo.

- E como entra em Lisboa?

- Por uma nova ponte que vão fazer.

- Uma ponte ferroviária?

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

- Pois é.

- E, então?

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

- Não, não vai ter.

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

- E vocês não despedem o Governo?

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

- Não me pareceu nada...

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

- Mas, então, por que não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

- E tu acreditas nisso?

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

- Um lago enorme! Extraordinário!

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

- Praticamente zero.

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por essemundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém! "


Miguel Sousa Tavares

(in /EXPRESSO/, 29 de Junho de 2009)

Não resisti a deixar aqui na integra esta associação de ideias que transmite eloquentemente um retrato do país de aparências em que vivemos. Doidos??? Não somos doidos apenas quem governa o país o faz como gere a sua própria vida: primeiro os bens fúteis de 1ª necessidade (?!?) e com o que sobra, se sobrar, se investe no essêncial que mantém a casa limpa e arrumada, sem luxos mas confortável e de cabeça erguida.

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