Divagando ... 16
Por maior que seja a minha resistência à mudança, começo a perceber a ausência de sentido de determinadas coisas na minha vida. Parece que a ambivalência é o meu último padrão e isso sim, é uma inovação em mim: o cinzento, as oportunidades das escolhas. Delimitei algumas questões que me têm sido tóxicas no passado, o esforço é não me deixar levar pelo modo de funcionamento conhecido, dado que deixou de ser prazeiroso para me ser doloroso. Já não quero mais. Quero outras coisas, quero dar-me oportunidade de as viver plenamente e a chance, até de as reconhecer e usufruir no imediato.
Sempre sonhei muito, dizem que é a única altura que concedo à minha mente a oportunidade de elaborar o que me acontece no dia a dia ou até o que desejo. Ultimamente, os sonhos intensificaram-se e são, de certa forma, perturbadores, quer pelo realismo, quer pelas mensagens que sinto reconhecer-lhes. São assustadoramente vividos e nunca tinha tido a experiência de "sentir" de modo tão real, o que me deixou marcas de bem estar, algo que gostaria de "provar" na vida real. Não sei se irá acontecer algum dia mas pela primeira vez também não me interessa, aquilo que tiver de ser será e depois logo se vê.
Está na altura de perder a ilusão de controlo do espaço externo e dos acontecimentos, porque com esta idade já entendi que nem o meu próprio desgaste controlei, que o que pensava antecipar e controlar apenas me tornaram ainda mais obsessiva. Sempre soube que não era perfeita mas pelos vistos perdi demasiado tempo a tentar chegar perto e apenas me afastei para mais longe ainda.
L.K. a tua vida é constituída por mais do que uma área e tens mais valências, está na altura de deixares as outras existirem e co-habitarem da forma mais assertiva e positiva que possas - lembra-te disso.
Sim. Quero. Assumo.
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