segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Atípico



Eis que se inicia uma nova jornada, esta dá pelo nome de 2011 e representa o início de um novo decénio. Se é ou vai ser importante para mim: com certeza que sim! Se me traz, ou dá, o que me atribuo como merecido, ganho ou conquistado - isso não sei e sinceramente não me parece relevante: vamos ver!

A saída foi tardia, a viagem longa mas tranquila: ninguém estava com pressa ou maníaco em relação à noite que se avizinhava. No caminho parou-se para cafés e apresentações. Quebra-gelo. As pessoas que integravam aquele grupo não podiam ser mais distintas e díspares. Não as conhecia, à excepção de uma. Uma inovação que me dividia entre o ansioso e o curioso: ganharam ambos. Gostei. Uma chegada alegórica sem ser folclórica: a ideal. A noite, essa, já ia avançada, uma lua foliona e sorridente escondia-se atrás de um céu estrelado, mostrando-se apenas quando o nevoeiro abria clareiras: quis Acreditar que eram pequenas janelas para o novo ano. E eram. O espaçamento entre as suas aberturas recordava que é necessário o Tempo, que este é diferente do ser e do nosso querer, como tantas vezes afirmo e tão poucas (ainda) uso. Que a perseverança e a temperança são aliadas na conquista. No tardio da nossa chegada, era notória a antecipação do bater do relógio: expectativas controladas. Medo. É irremediável esta vontade de o ver passado e chegado: Não aconteceu. Ele manda: o que quer, quando quer e quando acha que deve ser.

A tentativa de reagir como um outro qualquer dia, uma outra qualquer noite foi de tal modo executada a preceito que ninguém se apercebeu que tinha chegado o novo ano. Desilusão. Constatámos como somos dependentes das novas tecnologias: quando estas não existem para nos alertar, o tempo corre em nós e no próprio tempo, num silêncio muito próprio, numa tranquilidade apreciada e sem fusos ou limites espácio-temporais. Vivemos em cada célula que possuímos. Verdadeiramente.

Após se dissiparem aqueles breves momentos de incredulidade percebemos e sentimos a atipicidade do momento. Gostei e senti. Assimilei e acomodei. Silêncio: escuta-te. Sê leve.

Agora vou aproveitar cada momento do meu "novo ano atípico". Afinal, talvez as surpresas nem sempre sejam más!

Vamos ver!!

3 comentários:

L. K. 12 de janeiro de 2011 às 18:52  

Paulo,

Obrigado e votos de um bom Ano também!!

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