Coisas que não percebo II
Ainda há um sem número de coisas que não percebo. O que obviamente me deixa contente, pois é sinal que ainda me falta conhecer e aprender muito e que talvez essas aprendizagens sejam a chave para a compreensão das mesmas. No entanto, também há coisas que acho que nunca vou perceber ou me recuso até a querer percebe-las, sinto-as muito à frente para mim e uma dessas coisas são as coisas "fast" e "self", como em: fastfood, fastdrink, fastservice, selfservice e o raio que os parta a todos! Todas essas coisas do "faça você mesmo" cada vez me parecem menos rápidas e consequentemente, menos vantajosas, porque nunca são mais baratas, apenas me dão mais trabalho a mim e desemprego aos outros. Criam-se modas estúpidas que o Português adere no imediato, como sinal de modernidade e nem sequer perde um segundo a considerar todas as consequências das mesmas, nomeadamente as justificações para despedimentos por "extinção de postos de trabalho".
Ora, afinal, de que me queixo eu?
Coisa absurda e básica, como ter de levantar a minha própria mesa , onde o inicio da coisa se deu comigo a ir ao balcão buscar o almoço e lá ficaram 6€50, não...não foi mais barato ou mais rápido, porque no restaurantezinho onde almoço, o almoço com café incluído e alguém a por e a levantar mesas são 5h50 e uma hora chega-me perfeitamente para almoçar e ainda vejo montras...o que não me acontece quando vou à fastfood.
Outra coisa parva que me aborrece logo de manhã é querer beber um café e ainda ter de estar diariamente a explicar que a água dos jarros self-service está parada, logo acumula todo o pó e bactérias que andam no ar e os 0,65 são sempre os mesmos quer me sirva ou me sirvam da porra do copo de água.
Todas estas coisinhas que danam mas o meu cúmulo são mesmo as bombas de gasolina selfservice, moderníssimas e onde todos vão mostrar os seus dotes de gasolineiros, gajos e gajas, fazendo daquele acto de encher o depósito uma demonstração de conhecimento e da mais pura destreza e no final ainda se dirigem ao caixa para pagar o gasóleo e o serviço prestado aos mesmos e se pensarem beber café lá voltam à bomba usada, tiram o carrito, arrumam-no mais adiante e lá voltam repimpados para beber o cafezito de inicio de dia. Porra, só de pensar nisto até fico irritada, porque se há sítios que valem o trabalho apenas pelos cêntimos que se poupam nos combustíveis, outros há que o preço é o mesmo ou mais ainda, como as estações de serviço e o cliente tem todo o trabalho e ainda exibe o orgulho de um acto que era o emprego de outrem que foi dispensado para poupar um ordenado, mas os preços não foram ajustados à realização do mesmo pelo cliente e muito sinceramente, eu, que tou a borrifar-me para se me chamam comodista ou não, discordo em absoluto com isso, e não tenho qualquer interesse em ir para as bombas mostrar que sei encher um depósito, ver o ar dos pneus e pagar na portinhola, porque não gosto de ficar a cheirar a gasóleo e não gosto do trabalho que seria muito mais bem executado por quem de direito, a modos que evito até ao limite o conceito de selfservice, se o preço é o mesmo poupa-me tempo deixar o depósito a encher e ir tranquilamente beber o café da manhã e pagar e voltar e seguir o meu caminho com o mesmo cheiro com que saí de casa.
Bolas, qualquer dia inventam um franchising, em que o cliente vai ao frigorífico escolhe o que quer, cozinha mediante receita exposta no ecrã, chamam-lhe cozinha do autor, (que neste caso é o próprio) e paga um balúrdio na máquina tipo parquímetro à saída e fica tudo muito contente porque pagou para fazer o que não faz em casa!!!!
São coisas que não percebo, por agora, não quero perceber e que por hoje me chatearam!
2 comentários:
gostei otimo raciocinio kkk
liga as coisas numa facilidade parece que agente entra na cabeça ou ta conversando descontraidamente em algum lugar fico bom de ler e refletir sobre o assunto XD
Vituu,
Bem vindo a esta rocha e obrigado pela partilha ;)
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