segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Divagando ... 22

Tenho o peito tão cheio de um vazio tóxico que me deixa impotente. Dizem que ninguém está para sempre a descer mas isso não é verdade, ainda não parei de me afundar. As coisas boas que nos fazem bem, que nos ajudam a aguentar momentos menos positivos, são tão poucas, e nos últimos tempos quase imperceptíveis, no entanto Agradeço-As e agarro-me a elas como bóias salva-vidas - não tenho alternativa.
Todos os dias me questiono sobre como é possível "viver" assim e se aguentarei mais um dia ... e a resposta é afirmativa, rastejo, não tenho brilho, vontade ou objectivos mas sigo em frente e lido com o que há para lidar, mesmo que isso me destrua completamente. Sou o meu próprio apoio, suporte, amiga e conselheira. Não o lamento pois ninguém conseguiria ter esse papel na minha vida melhor que eu, não aguentariam ter de me dar o suporte e apoio necessário neste tsunami em que os dias se tornaram. Comigo não há coisas boas, há dias menos maus, e compreendo que os outros não tenham de "levar" com isso ... engulo o que consigo, a vida ensinou-me a disfarçar, no limite, choro e escrevo.
Não durmo como devia, estou estourada de um acumular de anos em que raramente deixei o campo de batalha fosse por aquilo que fosse que surgia (e surge) e que é preciso resolver ... estou tão cansada mas tão cansada que se pudesse dormia, e só acordava daqui a dois anos.

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