quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Reflexão # 3

Não me apetece escrever ou falar. Ponho em questão se continuo a saber ler. O raciocínio limita-se ao rotineiro e essencial.
Quantas vezes penso em vir aqui, em não deixar morrer esta pequeníssima parte de mim, forçar-me a manter determinados hábitos, por mais ridículos ou vazios que sejam. Não me apetece. Na verdade não me apetece nada. Houvera alguém com poderes para me conceder três desejos e não saberia o que pedir.
Já não me controlo, não domino este estado permanente de ansiedade, a sensação de não ter mais forças, de estar no limite e não saber recuar. Sei que tenho de recuar. Sei que, tal como em outras fases, se não me cuidar ninguém o fará.  
O Natal, supostamente, dá-me algum tempo para respirar e recuperar algumas das forças que esgotei mas como não podia deixar de ser: "porque é que sempre que paro adoeço?" - vá lá saber-se porquê, quem sabe é apenas a velha máxima "quando não páras a  vida pára-te" - talvez seja isso.
Por ora estou semi imobilizada pois a teimosia ganha à necessidade de repouso, e o que há para fazer não me permite exercer este direito tão banal, que é o da inércia satisfatória e necessária.

Verdade seja dita que este ano deixou cicatrizes por todo o lado - profundas e feias mas também tem sido um ano de aprendizagem extrema, de todos os dias batalhar e batalhar-me para seguir em frente. Terei conseguido?
Não sei. Sinceramente, já nem sei se me interessa saber para que lado rodo, nem quais os planos metas e objectivos que supostamente deveria traçar: Não faças planos para a vida pois não sabes quais os planos que a vida tem para ti - e na maioria das vezes são incompatíveis.

Não posso queixar-me da sorte, da Fé ou do quão Abençoada sou, pois caso contrário não teria aguentado ser a "trave mestra" que tenho sido e mantenho. Não me nego: preciso de ser "alimentada", preciso de “viver” e não apenas de “sobreviver”. Talvez o seja e talvez não.  
Vamos ver.

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