quinta-feira, 29 de maio de 2014

Queria dizer-te o que não ouves ... escrevo-te:

"As janelas que dão para o mundo tem as persianas corridas faz tempo. Por mais que o sol brilhe não tem força suficiente para as descerrar. Esse sotão atulhado e atolado de merda que só te faz mal. Queima essa merda toda, deita fora, larga. 
Dizes que é difícil subir degraus, que os teus joelhos não aguentam mais cicatrizes, e eu compreendo. Tenta fazer um esforço, tenta perceber o quanto subiste em vez do quanto falta subir. Sei-te sem forças, desmotivada, desorganizada e pior: descrente. 
Se te disser que és o teu pior inimigo, com certeza compro uma briga mas não quero saber: fosses para ti o que és para os outros e acredita que te seria menos esgotante, mais pacificador. A culpa é tua. Só tua. E agora? O que é que pensas fazer?
Nada. 
Acobarda-te e deixa-te no quentinho, por ora, sentes-te leve, protegida e em paz.
Poderás ficar para sempre?
Não.
És tão melhor a lidar com as merdas dos outros. Não entendo o porquê desse desanimo e frustração quando as cenas são contigo. 
Pensas-te imortal. 
Não és. Sê humilde e permite-te chorar, gritar, sofrer e ser frágil. Quem sabe não te surpreendes e alguém por ai te desenrasca....
...eu sei ... não acreditas.
Preciso que faças um esforço, que dispas o negro e vistas vermelho. Comprometes-te. Não baixes a fasquia , mesmo que não chegues à meta, chegarás um pouco mais perto ... de ti."

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Talvez...

Estou como o tempo: calor e vento. Uma discrepância que me deixa com enzelo, nem sei se estou bem, assim-assim, ou mal. É um estado de alma que não consigo descrever, que se prolonga, e parece não ter solução. A velha história: não é a vida que nos desilude são as minhas expectativas que são elevadas. Já deveria saber controlar as minhas expectativas, os prazos que me dou e os sonhos que tenho mas não sei. continuo tão ingénua (ignorante) como quando tinha 16 anos. 
Há algum tempo disseram-me: "a determinada altura da vida começamos a conformar-nos com a vida"
Lamento mas não me consigo conformar. É loucura, tacanhez ou recusa em aceitar, talvez o sinta como uma espécie de rendição, não sei. 

O que mais quero é conformar-me. Talvez um dia o aprenda a fazer. Talvez um dia a queda seja tão violenta que não me consiga reerguer, e talvez nessa altura o conformismo surja como um processo natural. 
Talvez.

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(Des)conversa 81

Eu - Desenha-me uma família imaginária.
Ele (13 anos) - Uma família imaginaria? Não conheço nenhuma dessas...
Eu - É uma família inventada por ti, da tua imaginação.
Ele - Ah! Já sei mas pode ser uma qualquer? Não sei desenhar famílias..
Eu - Sabes, é como tu quiseres, és tu que inventas essa família.

Começa a desenhar e faz unicamente uma figura no centro da folha.

Eu - Queres falar-me dessa família?
Ele - Então é um rapaz e os pais dele morreram por isso não tem irmãos e o resto da família vive longe, morreram ou brigaram todos e não se falam.
Eu - Isso foi mesmo preguiça não foi?
Ele - Então os órfãos  não são família deles mesmos ?

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